Ensaios sôbre capação e desbrota do algodoeiro

• Autor(a) principal: Schmidt,W.
• Data de Publicação: 1962
• Outros Autores: Aguiar,H. de Castro, Corrêa,D.M.
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Bragantia
• Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0006-87051962000100026

São estudados 44 resultados anuais de ensaios, realizados durante o período de 1930 a 1942, em diversas localidades do Estado de São Paulo. O objetivo, foi averiguar a influência sôbre a produção e certas características econômicas do produto, que exerce a extirpação do brôto apical do algodoeiro - capação - e também a dos brotos terminais dos ramos monopodiais - desbrota, Essas operações, executadas em diferentes fases do desenvolvimento das plantas - no início, no auge e no declínio do florescimento - foram comparadas com testemunhas (sem extirpação). Os estudos não revelaram melhoria na produção de algodão em caroço por hectare, atribuíveis a essas operações. Ao contrário, quando se procedeu a capação no início do florescimento ou a desbrota em qualquer daquelas fases, a produção tendeu a diminuir. Nenhuma influência foi constatada sôbre o precocidade, porcentagem de fibra, comprimento de fibra, índice de fibra, pêso de 100 sementes e pêso de um capulho (semente + fibra). Essas conclusões concordam com aquelas a que têm chegado os que estudaram o mesmo assunto em outras regiões algodoeiras do mundo. Tais operações monstraram-se desaconselháveis. Elas implicariam em maiores dispêndios de tempo e de dinheiro, sem elevar a produção, podendo mesmo deprimi-la. Indiretamente, agravariam os prejuízos, por demandarem tempo e recursos em detrimento de práticas comprovodamente úteis, provocando, ainda, em virtude dos espaçamentos cerrados que se empregam atualmente, maior entrelaçamento dos galhos nas ruas do algodoal, dificultando os tratos culturais e o combate às pragas.