Resultado do inquérito nacional sobre condutas no acompanhamento e no tratamento da recurrência da hepatite C em portadores de vírus C submetidos a transplante de fígado
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de gastroenterologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032007000100017 |
Resumo: | RACIONAL: A recurrência da hepatite C no período pós-operatório do transplante hepático é um dos principais desafios atualmente enfrentados pela comunidade transplantadora. O tratamento com interferon peguilado e ribavirina tem sido associado à resposta virológica sustentada em 21% a 45% dos casos e constitui a única conduta eficaz, até o momento, para mudar o curso da progressão acelerada da doença no período pós-operatório do transplante hepático, que pode levar à perda do enxerto e à necessidade de retransplante. No entanto, a portaria n° 863 do Ministério da Saúde não disponibiliza esse tratamento para pacientes com recidiva da hepatite C após o transplante hepático. OBJETIVOS: Avaliar as condutas de acompanhamento e tratamento de pacientes com vírus C submetidos a transplante hepático em diferentes centros nacionais. MÉTODOS: Foram enviados questionários à maioria dos centros de transplante hepático nacionais de adultos sobre condutas acerca de acompanhamento e/ou tratamento de pacientes com hepatite C. RESULTADOS: Dezenove centros nacionais que congregam mais de 2 800 pacientes (51% com hepatite C) submetidos a transplante hepático responderam o questionário. A maioria (53%) usa tacrolimus e prednisona como esquema de indução e 32% usam esquemas diferenciados para hepatite C. Treze centros fazem biopsia protocolar para seguimento, sendo empregados diferentes critérios histológicos para diagnóstico de recurrência. Todos os centros indicam tratamento com interferon peguilado e ribavirina apenas na recurrência histológica da hepatite C e 46% empregam estádios de fibrose inferiores a F2 de acordo com a classificação METAVIR, mais leves do que aqueles preconizados para tratamento de pacientes não transplantados. A duração do tratamento é de 1 ano em 32% dos centros, baseada no genótipo em 21% e a la carte em 47%. A maioria dos centros (84%) não interrompe o tratamento na 12ª semana, na ausência de resposta virológica. CONCLUSÕES: A despeito da portaria nº. 863 do Ministério da Saúde, todos os centros estão viabilizando tratamento mediante acordo com secretarias regionais de saúde ou por intermédio de liminares concedidas aos pacientes pela justiça comum. |
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