Esofagite de refluxo em crianças: estudo histológico e morfométrico
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de gastroenterologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032002000200011 |
Resumo: | Racional - Refluxo gastroesofágico é afecção relativamente comum na infância e pode causar morbidade, havendo porém poucos estudos histológicos e morfométricos em biopsias esofágicas de crianças. Objetivo - Estudar aspectos histológicos e morfométricos da esofagite de refluxo em crianças. Material e Métodos - Foram analisadas 26 biopsias esofágicas (média de idade de 4,1 ± 3,4 anos), com diagnóstico histológico prévio de esofagite de refluxo. Refluxo gastroesofágico também foi confirmado pela radiologia em 18, pHmetria em 5 e cintilografia em 3 pacientes. O sexo masculino predominou (84,6%); vômitos pós-prandiais (76,9%) e broncopneumonia de repetição foram os sintomas mais freqüentes. O grupo controle constou de sete crianças assintomáticas para refluxo gastroesofágico, cuja causa da morte foi meningococcemia (quatro casos) e cardiopatia congênita (três casos) (média de idade de 2,5 ± 2,3 anos). Utilizaram-se as técnicas histoquímicas hematoxilina-eosina e ácido periódico de Schiff para avaliar infiltrado inflamatório, espessura do epitélio, da camada basal e o comprimento papilar. A morfometria foi feita por meio de sistema digital conectado ao software Pro-Image. Para análise estatística utilizou-se o teste t de Student, teste de Mann-Whitney, exato de Fisher e coeficiente de correlação de Pearson. Resultados - Espessura epitelial e da camada basal, comprimento papilar absoluto e relativo foram significativamente maiores no grupo de crianças com esofagite em relação ao grupo controle. Eosinófilos, neutrófilos e "balloon cells" não foram observados no grupo controle. Capilares intra-epiteliais foram observados em 11 casos de esofagite de refluxo (diâmetro médio de 59 mim), estando ausentes no grupo controle. Conclusão - Na esofagite de refluxo houve aumento da espessura epitelial, da camada basal, do comprimento papilar (em número absoluto e relativo) em relação ao controle. Houve, ainda, correlação linear positiva entre espessura epitelial total, espessura da camada basal e comprimento papilar, denotando maior "turnover" das células epiteliais. Polimorfonucleares eosinófilos, neutrófilos e "balloon cells" estavam presentes somente em biopsias de crianças com esofagite, sendo portanto, indicadores específicos desta afecção. |
id |
IBEPEGE-1_16f5c80778cec402fd6c254cd432aa64 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0004-28032002000200011 |
network_acronym_str |
IBEPEGE-1 |
network_name_str |
Arquivos de gastroenterologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Esofagite de refluxo em crianças: estudo histológico e morfométricoEsofagite pépticaEsôfago/patologiaCriançaRacional - Refluxo gastroesofágico é afecção relativamente comum na infância e pode causar morbidade, havendo porém poucos estudos histológicos e morfométricos em biopsias esofágicas de crianças. Objetivo - Estudar aspectos histológicos e morfométricos da esofagite de refluxo em crianças. Material e Métodos - Foram analisadas 26 biopsias esofágicas (média de idade de 4,1 ± 3,4 anos), com diagnóstico histológico prévio de esofagite de refluxo. Refluxo gastroesofágico também foi confirmado pela radiologia em 18, pHmetria em 5 e cintilografia em 3 pacientes. O sexo masculino predominou (84,6%); vômitos pós-prandiais (76,9%) e broncopneumonia de repetição foram os sintomas mais freqüentes. O grupo controle constou de sete crianças assintomáticas para refluxo gastroesofágico, cuja causa da morte foi meningococcemia (quatro casos) e cardiopatia congênita (três casos) (média de idade de 2,5 ± 2,3 anos). Utilizaram-se as técnicas histoquímicas hematoxilina-eosina e ácido periódico de Schiff para avaliar infiltrado inflamatório, espessura do epitélio, da camada basal e o comprimento papilar. A morfometria foi feita por meio de sistema digital conectado ao software Pro-Image. Para análise estatística utilizou-se o teste t de Student, teste de Mann-Whitney, exato de Fisher e coeficiente de correlação de Pearson. Resultados - Espessura epitelial e da camada basal, comprimento papilar absoluto e relativo foram significativamente maiores no grupo de crianças com esofagite em relação ao grupo controle. Eosinófilos, neutrófilos e "balloon cells" não foram observados no grupo controle. Capilares intra-epiteliais foram observados em 11 casos de esofagite de refluxo (diâmetro médio de 59 mim), estando ausentes no grupo controle. Conclusão - Na esofagite de refluxo houve aumento da espessura epitelial, da camada basal, do comprimento papilar (em número absoluto e relativo) em relação ao controle. Houve, ainda, correlação linear positiva entre espessura epitelial total, espessura da camada basal e comprimento papilar, denotando maior "turnover" das células epiteliais. Polimorfonucleares eosinófilos, neutrófilos e "balloon cells" estavam presentes somente em biopsias de crianças com esofagite, sendo portanto, indicadores específicos desta afecção.Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. 2002-04-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032002000200011Arquivos de Gastroenterologia v.39 n.2 2002reponame:Arquivos de gastroenterologia (Online)instname:Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologiainstacron:IBEPEGE10.1590/S0004-28032002000200011info:eu-repo/semantics/openAccessMADER,Ana Maria A. A.ALVES,Maria Teresa de SeixasKAWAKAMI,ElisabetePATRÍCIO,Francy R. S.por2003-02-19T00:00:00Zoai:scielo:S0004-28032002000200011Revistahttp://www.scielo.br/aghttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||secretariaarqgastr@hospitaligesp.com.br1678-42190004-2803opendoar:2003-02-19T00:00Arquivos de gastroenterologia (Online) - Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Esofagite de refluxo em crianças: estudo histológico e morfométrico |
title |
Esofagite de refluxo em crianças: estudo histológico e morfométrico |
spellingShingle |
Esofagite de refluxo em crianças: estudo histológico e morfométrico MADER,Ana Maria A. A. Esofagite péptica Esôfago/patologia Criança |
title_short |
Esofagite de refluxo em crianças: estudo histológico e morfométrico |
title_full |
Esofagite de refluxo em crianças: estudo histológico e morfométrico |
title_fullStr |
Esofagite de refluxo em crianças: estudo histológico e morfométrico |
title_full_unstemmed |
Esofagite de refluxo em crianças: estudo histológico e morfométrico |
title_sort |
Esofagite de refluxo em crianças: estudo histológico e morfométrico |
author |
MADER,Ana Maria A. A. |
author_facet |
MADER,Ana Maria A. A. ALVES,Maria Teresa de Seixas KAWAKAMI,Elisabete PATRÍCIO,Francy R. S. |
author_role |
author |
author2 |
ALVES,Maria Teresa de Seixas KAWAKAMI,Elisabete PATRÍCIO,Francy R. S. |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
MADER,Ana Maria A. A. ALVES,Maria Teresa de Seixas KAWAKAMI,Elisabete PATRÍCIO,Francy R. S. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Esofagite péptica Esôfago/patologia Criança |
topic |
Esofagite péptica Esôfago/patologia Criança |
description |
Racional - Refluxo gastroesofágico é afecção relativamente comum na infância e pode causar morbidade, havendo porém poucos estudos histológicos e morfométricos em biopsias esofágicas de crianças. Objetivo - Estudar aspectos histológicos e morfométricos da esofagite de refluxo em crianças. Material e Métodos - Foram analisadas 26 biopsias esofágicas (média de idade de 4,1 ± 3,4 anos), com diagnóstico histológico prévio de esofagite de refluxo. Refluxo gastroesofágico também foi confirmado pela radiologia em 18, pHmetria em 5 e cintilografia em 3 pacientes. O sexo masculino predominou (84,6%); vômitos pós-prandiais (76,9%) e broncopneumonia de repetição foram os sintomas mais freqüentes. O grupo controle constou de sete crianças assintomáticas para refluxo gastroesofágico, cuja causa da morte foi meningococcemia (quatro casos) e cardiopatia congênita (três casos) (média de idade de 2,5 ± 2,3 anos). Utilizaram-se as técnicas histoquímicas hematoxilina-eosina e ácido periódico de Schiff para avaliar infiltrado inflamatório, espessura do epitélio, da camada basal e o comprimento papilar. A morfometria foi feita por meio de sistema digital conectado ao software Pro-Image. Para análise estatística utilizou-se o teste t de Student, teste de Mann-Whitney, exato de Fisher e coeficiente de correlação de Pearson. Resultados - Espessura epitelial e da camada basal, comprimento papilar absoluto e relativo foram significativamente maiores no grupo de crianças com esofagite em relação ao grupo controle. Eosinófilos, neutrófilos e "balloon cells" não foram observados no grupo controle. Capilares intra-epiteliais foram observados em 11 casos de esofagite de refluxo (diâmetro médio de 59 mim), estando ausentes no grupo controle. Conclusão - Na esofagite de refluxo houve aumento da espessura epitelial, da camada basal, do comprimento papilar (em número absoluto e relativo) em relação ao controle. Houve, ainda, correlação linear positiva entre espessura epitelial total, espessura da camada basal e comprimento papilar, denotando maior "turnover" das células epiteliais. Polimorfonucleares eosinófilos, neutrófilos e "balloon cells" estavam presentes somente em biopsias de crianças com esofagite, sendo portanto, indicadores específicos desta afecção. |
publishDate |
2002 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2002-04-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032002000200011 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032002000200011 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0004-28032002000200011 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Arquivos de Gastroenterologia v.39 n.2 2002 reponame:Arquivos de gastroenterologia (Online) instname:Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia instacron:IBEPEGE |
instname_str |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia |
instacron_str |
IBEPEGE |
institution |
IBEPEGE |
reponame_str |
Arquivos de gastroenterologia (Online) |
collection |
Arquivos de gastroenterologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Arquivos de gastroenterologia (Online) - Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia |
repository.mail.fl_str_mv |
||secretariaarqgastr@hospitaligesp.com.br |
_version_ |
1754193342712774656 |