Mortalidade por câncer de cólon e reto nas capitais brasileiras no período 1980-1997

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neves,Fabrícia Junqueira das
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Mattos,Inês Echenique, Koifman,Rosalina Jorge
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de gastroenterologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032005000100014
Resumo: RACIONAL: No Brasil, os tumores de cólon e reto estão entre as cinco localizações anatômicas mais importantes em termos de mortalidade, para ambos os sexos. A etiologia dessa neoplasia é complexa e vários fatores estão envolvidos na sua gênese, entre estes os relacionados à dieta. Este país apresenta perfis alimentares heterogêneos nas suas regiões geográficas, que poderiam estar influenciando a distribuição das taxas de mortalidade por esses tumores. OBJETIVO: Descrever o padrão de mortalidade por câncer de cólon e reto nas capitais brasileiras, no período de 1980-1997. MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados os dados de mortalidade do Subsistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde para os anos de 1980 a 1997, para indivíduos de ambos os sexos, residentes nas capitais dos Estados brasileiros, com exceção de Palmas, Tocantins. Foram considerados como óbitos por câncer de cólon e de reto aqueles cuja causa básica havia sido codificada como 153.0 a 153.9, 154.0 e 154.1, segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID) 9, no período 1980-95; C18.0 a C18.9, C19 e C20, segundo a CID 10, no período 1996-97. A tendência das taxas padronizadas de mortalidade por câncer de cólon e reto foi analisada com base em modelos de regressão linear. RESULTADOS: As maiores taxas padronizadas de mortalidade para câncer de cólon/reto foram observadas nas regiões sul e sudeste, variando entre 8,0 e 10,7/100.000 habitantes. Porto Alegre (11,9), São Paulo (10,8) e Rio de Janeiro (9,6) apresentaram as taxas de maior magnitude no período estudado.Na região Sul, Porto Alegre e Florianópolis apresentaram tendência crescente da mortalidade por essa neoplasia, sendo o mesmo comportamento observado para São Paulo e Vitória, na região Sudeste. Brasília e as capitais da região centro-oeste, com exceção de Goiânia, mostraram tendência de crescimento das taxas de mortalidade. Entre as capitais das regiões norte e nordeste, verificou-se tendência crescente da mortalidade em Rio Branco e Fortaleza. A análise isolada das taxas de mortalidade por tumores de cólon e de reto mostrou comportamento semelhante, com valores mais altos para câncer de cólon. CONCLUSÕES: As taxas de mortalidade padronizadas por câncer de cólon/reto apresentaram importantes diferenças regionais e entre as capitais brasileiras, observando-se taxas mais elevadas nas regiões sul e sudeste. Todas as regiões apresentaram tendência de incremento das taxas de mortalidade padronizadas por câncer de cólon/reto, no período 1980-1997.
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