Alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado de ratos submetidos a manipulação tímica com células dendríticas
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de gastroenterologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032005000100010 |
Resumo: | RACIONAL: A maior indicação do transplante de pâncreas ou de ilhotas de Langerhans é o diabetes mellitus do tipo I. O processo deve suprir as necessidades de insulina, mantendo os níveis glicêmicos dentro da normalidade. OBJETIVOS: Estudou-se o alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado de ratos Lewis, tendo como doadores de ilhotas ratos Wistar. No grupo controle (n = 8) injetava-se, no timo, solução de Hanks e no grupo de estudo (n = 9), células dendríticas. MATERIAL E MÉTODOS: No grupo controle com o método de separação e purificação das ilhotas de Langerhans obteve-se 3637 ± 783,3 ilhotas com pureza de 85% ± 3,52%. No grupo de estudo obteve-se 3268 ± 378 ilhotas de Langerhans com pureza de 87% ± 4,47% e com o método de isolamento e purificação das células dendríticas do baço obteve-se 3,34 x 105 ± 1,16 células. RESULTADOS: No grupo controle, o transplante de 3637 ± 783,3 ilhotas de Langerhans no fígado, normalizou a glicemia que chegou a 7,21 ± 0,57 mmol/L no segundo pós-operatório (diferença significativa com relação ao pré-operatório). Do pós-operatório imediato até o 8º pós-operatório a glicemia não se elevou significativamente, porém a partir do 10º pós-operatório houve aumento significativo deste parâmetro, o que pode ser compatível com rejeição aguda do enxerto. No grupo de estudo, o transplante de 3258 ± 378 ilhotas de Langerhans no fígado, normalizou a glicemia, que chegou a 9,3 ± 2,85 mmol/L no segundo pós-operatório (diferença significativa com relação ao pré-operatório). Do 4º ao 10º pós-operatório, a glicemia elevou-se significativamente, o que pode ser compatível com quadro de rejeição aguda do enxerto e certamente precoce. CONCLUSÃO: A inoculação de células alogênicas apresentadoras de antígenos (células dendríticas) no timo de ratos imunossuprimidos e diabéticos, antes do alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado, ao contrário de inibir a reação do receptor contra o enxerto, prolongando a sobrevida média das ilhotas e, possivelmente, levando ao estado de tolerância imunológica, induziu ao processo de rejeição aguda precoce. |
id |
IBEPEGE-1_6c39ef6bd1a1d3732fce2803102b8568 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0004-28032005000100010 |
network_acronym_str |
IBEPEGE-1 |
network_name_str |
Arquivos de gastroenterologia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado de ratos submetidos a manipulação tímica com células dendríticasTransplante das ilhotas de LangerhansTransplante homólogoRatosRACIONAL: A maior indicação do transplante de pâncreas ou de ilhotas de Langerhans é o diabetes mellitus do tipo I. O processo deve suprir as necessidades de insulina, mantendo os níveis glicêmicos dentro da normalidade. OBJETIVOS: Estudou-se o alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado de ratos Lewis, tendo como doadores de ilhotas ratos Wistar. No grupo controle (n = 8) injetava-se, no timo, solução de Hanks e no grupo de estudo (n = 9), células dendríticas. MATERIAL E MÉTODOS: No grupo controle com o método de separação e purificação das ilhotas de Langerhans obteve-se 3637 ± 783,3 ilhotas com pureza de 85% ± 3,52%. No grupo de estudo obteve-se 3268 ± 378 ilhotas de Langerhans com pureza de 87% ± 4,47% e com o método de isolamento e purificação das células dendríticas do baço obteve-se 3,34 x 105 ± 1,16 células. RESULTADOS: No grupo controle, o transplante de 3637 ± 783,3 ilhotas de Langerhans no fígado, normalizou a glicemia que chegou a 7,21 ± 0,57 mmol/L no segundo pós-operatório (diferença significativa com relação ao pré-operatório). Do pós-operatório imediato até o 8º pós-operatório a glicemia não se elevou significativamente, porém a partir do 10º pós-operatório houve aumento significativo deste parâmetro, o que pode ser compatível com rejeição aguda do enxerto. No grupo de estudo, o transplante de 3258 ± 378 ilhotas de Langerhans no fígado, normalizou a glicemia, que chegou a 9,3 ± 2,85 mmol/L no segundo pós-operatório (diferença significativa com relação ao pré-operatório). Do 4º ao 10º pós-operatório, a glicemia elevou-se significativamente, o que pode ser compatível com quadro de rejeição aguda do enxerto e certamente precoce. CONCLUSÃO: A inoculação de células alogênicas apresentadoras de antígenos (células dendríticas) no timo de ratos imunossuprimidos e diabéticos, antes do alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado, ao contrário de inibir a reação do receptor contra o enxerto, prolongando a sobrevida média das ilhotas e, possivelmente, levando ao estado de tolerância imunológica, induziu ao processo de rejeição aguda precoce.Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. 2005-03-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032005000100010Arquivos de Gastroenterologia v.42 n.1 2005reponame:Arquivos de gastroenterologia (Online)instname:Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologiainstacron:IBEPEGE10.1590/S0004-28032005000100010info:eu-repo/semantics/openAccessChaib,EleazarPapalois,ApostolosBrons,Ingrid G. M.Calne,Roy Y.por2005-06-22T00:00:00Zoai:scielo:S0004-28032005000100010Revistahttp://www.scielo.br/aghttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||secretariaarqgastr@hospitaligesp.com.br1678-42190004-2803opendoar:2005-06-22T00:00Arquivos de gastroenterologia (Online) - Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologiafalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado de ratos submetidos a manipulação tímica com células dendríticas |
title |
Alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado de ratos submetidos a manipulação tímica com células dendríticas |
spellingShingle |
Alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado de ratos submetidos a manipulação tímica com células dendríticas Chaib,Eleazar Transplante das ilhotas de Langerhans Transplante homólogo Ratos |
title_short |
Alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado de ratos submetidos a manipulação tímica com células dendríticas |
title_full |
Alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado de ratos submetidos a manipulação tímica com células dendríticas |
title_fullStr |
Alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado de ratos submetidos a manipulação tímica com células dendríticas |
title_full_unstemmed |
Alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado de ratos submetidos a manipulação tímica com células dendríticas |
title_sort |
Alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado de ratos submetidos a manipulação tímica com células dendríticas |
author |
Chaib,Eleazar |
author_facet |
Chaib,Eleazar Papalois,Apostolos Brons,Ingrid G. M. Calne,Roy Y. |
author_role |
author |
author2 |
Papalois,Apostolos Brons,Ingrid G. M. Calne,Roy Y. |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Chaib,Eleazar Papalois,Apostolos Brons,Ingrid G. M. Calne,Roy Y. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Transplante das ilhotas de Langerhans Transplante homólogo Ratos |
topic |
Transplante das ilhotas de Langerhans Transplante homólogo Ratos |
description |
RACIONAL: A maior indicação do transplante de pâncreas ou de ilhotas de Langerhans é o diabetes mellitus do tipo I. O processo deve suprir as necessidades de insulina, mantendo os níveis glicêmicos dentro da normalidade. OBJETIVOS: Estudou-se o alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado de ratos Lewis, tendo como doadores de ilhotas ratos Wistar. No grupo controle (n = 8) injetava-se, no timo, solução de Hanks e no grupo de estudo (n = 9), células dendríticas. MATERIAL E MÉTODOS: No grupo controle com o método de separação e purificação das ilhotas de Langerhans obteve-se 3637 ± 783,3 ilhotas com pureza de 85% ± 3,52%. No grupo de estudo obteve-se 3268 ± 378 ilhotas de Langerhans com pureza de 87% ± 4,47% e com o método de isolamento e purificação das células dendríticas do baço obteve-se 3,34 x 105 ± 1,16 células. RESULTADOS: No grupo controle, o transplante de 3637 ± 783,3 ilhotas de Langerhans no fígado, normalizou a glicemia que chegou a 7,21 ± 0,57 mmol/L no segundo pós-operatório (diferença significativa com relação ao pré-operatório). Do pós-operatório imediato até o 8º pós-operatório a glicemia não se elevou significativamente, porém a partir do 10º pós-operatório houve aumento significativo deste parâmetro, o que pode ser compatível com rejeição aguda do enxerto. No grupo de estudo, o transplante de 3258 ± 378 ilhotas de Langerhans no fígado, normalizou a glicemia, que chegou a 9,3 ± 2,85 mmol/L no segundo pós-operatório (diferença significativa com relação ao pré-operatório). Do 4º ao 10º pós-operatório, a glicemia elevou-se significativamente, o que pode ser compatível com quadro de rejeição aguda do enxerto e certamente precoce. CONCLUSÃO: A inoculação de células alogênicas apresentadoras de antígenos (células dendríticas) no timo de ratos imunossuprimidos e diabéticos, antes do alotransplante de ilhotas de Langerhans no fígado, ao contrário de inibir a reação do receptor contra o enxerto, prolongando a sobrevida média das ilhotas e, possivelmente, levando ao estado de tolerância imunológica, induziu ao processo de rejeição aguda precoce. |
publishDate |
2005 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2005-03-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032005000100010 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032005000100010 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0004-28032005000100010 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia e Outras Especialidades - IBEPEGE. |
dc.source.none.fl_str_mv |
Arquivos de Gastroenterologia v.42 n.1 2005 reponame:Arquivos de gastroenterologia (Online) instname:Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia instacron:IBEPEGE |
instname_str |
Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia |
instacron_str |
IBEPEGE |
institution |
IBEPEGE |
reponame_str |
Arquivos de gastroenterologia (Online) |
collection |
Arquivos de gastroenterologia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Arquivos de gastroenterologia (Online) - Instituto Brasileiro de Estudos e Pesquisas de Gastroenterologia |
repository.mail.fl_str_mv |
||secretariaarqgastr@hospitaligesp.com.br |
_version_ |
1754193343481380864 |