Transplante de intestino delgado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Galvão,Flávio Henrique Ferreira
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Waitzberg,Dan Linetzky, Bacchella,Telesforo, Gama-Rodrigues,Joaquim, Machado,Marcel Cerqueira Cesar
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Arquivos de gastroenterologia (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032003000200011
Resumo: RACIONAL: Avanços da biotecnologia e o desenvolvimento de novas drogas imunossupressoras melhoraram os resultados do transplante de intestino delgado. Esse transplante é atualmente indicado para casos especiais da falência intestinal. OBJETIVO: A presente revisão realça os recentes desenvolvimentos na área do transplante de intestino delgado. MATERIAL E MÉTODO: Mais de 600 publicações de transplante de intestino delgado foram revisadas. O desenvolvimento da pesquisa, novas estratégias de imunossupressão, monitorização do enxerto e do receptor, e avanços na técnica cirúrgica são discutidos. RESULTADOS: Realizaram-se cerca de 700 transplante de intestino delgado em 55 centros: 44% intestino-fígado, 41% enxerto intestinal isolado e 15% transplante multivisceral. Rejeição e infecção são as principais limitações desse transplante. Sobrevida de 5 anos na experiência internacional é de 46% para o transplante de intestino isolado, 43% para o intestino-fígado e de cerca de 30% para o transplante multivisceral. Sobrevidas prolongadas são mais freqüentes nos centros com maior experiência. Em série de 165 transplantes intestinais na Universidade de Pittsburgh, PA, EUA, foi relatada sobrevida do paciente maior do que 75% no primeiro ano, 54% em 5 anos e 42% em 10 anos. Mais de 90% desses pacientes assumem dieta oral irrestrita. CONCLUSÃO: O transplante de intestino delgado evoluiu de estratégia experimental para uma alternativa viável no tratamento da falência intestinal permanente. Promover o refinamento da terapia imunossupressora, do manejo e prevenção de infecções, da técnica cirúrgica e da indicação e seleção adequada dos pacientes é crucial para melhorar a sobrevida desse transplante.
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