Redução da prevalência de úlcera duodenal: um estudo brasileiro (análise retrospectiva na última década: 1996-2005)
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos de gastroenterologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032007000400008 |
Resumo: | RACIONAL: A úlcera duodenal sempre representou uma doença muito prevalente entre as enfermidades digestivas, em qualquer parte do mundo. A prevalência média era de aproximadamente 10% da população mundial. A partir do início dos anos 90, a literatura, tanto européia como norte-americana, passou a demonstrar sua redução gradativa entre seus países. OBJETIVO: Demonstrar, através de análise retrospectiva, a prevalência anual da úlcera duodenal nos últimos 10 anos em um Serviço de Endoscopia Digestiva que é referência para o sistema público de saúde da cidade de Porto Alegre, municípios da Grande Porto Alegre e outras cidades vizinhas da mesma. Os dados analisados são de março de 1996 até dezembro de 2005. MÉTODOS: Estudo retrospectivo transversal, com análise documental de diagnósticos endoscópicos efetuados em endoscopia digestiva alta, no referido Serviço. Foi feita a análise retrospectiva de diagnósticos endoscópicos efetuados em 13.130 pacientes submetidos a endoscopia digestiva alta no período de março de 1996 a dezembro de 2005. A classificação de Sakita foi utilizada para o estádio do grau evolutivo da úlcera duodenal e foi considerado por ela acometido o paciente com a lesão no estágio A1, até o estágio S1, inclusive. Observou-se também a prevalência nos dois sexos, na raça, o percentual médio total nos 10 anos, além da prevalência anual. Para verificar se houve significância estatística dos resultados observados nos diferentes períodos, foi aplicado um teste de regressão linear ("linear regression model"). RESULTADOS: Observou-se decréscimo gradativo dos percentuais de prevalência da úlcera duodenal, ano após ano, iniciando-se em 1996 com 8,6% e se encerrando no final de 2005, com 3,3%. A exceção do período foi observada no ano de 2003 quando houve um acréscimo, comparando-se com o decréscimo gradativo dos 6 anos anteriores. Mas já, a partir do período seguinte (2004), a queda gradativa voltou a ser observada. O valor médio de queda anual, aplicando o teste de regressão linear, foi da ordem de 1,3% ao ano, no período analisado (10 anos). Este teste mostrou também significância estatística. A raça branca representou a maioria, com 78% dos pacientes, em relação a raça negra. O sexo masculino, em todos os períodos analisados, exceto em um (1997), foi o sexo mais acometido, com uma relação final masculino/feminino da ordem de 1.17/1.0. CONCLUSÕES: Observou-se então, neste estudo efetuado no Brasil, também uma redução da prevalência da úlcera duodenal, já apontada pela literatura em outros países. Estudos posteriores devem ser efetuados no sentido de apontar as razões desta importante observação. |
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