DOAÇÃO DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTES: IMPASSES SUBJETIVOS DIANTE DA DECISÃO FAMILIAR

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cajado, Maria Constança Velloso
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Franco, Anamélia Lins e Silva
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
Texto Completo: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/2164
Resumo: Apesar dos investimentos no desenvolvimento dos transplantes no estado da Bahia, ainda prevalece um índice de 70% de negativa familiar para doação de órgãos e tecidos para transplantes. Essa realidade motiva inúmeras considerações. O objetivo deste artigo foi revelar os impasses subjetivos intervenientes em familiares e profissionais que participaram do processo de doação de órgãos e tecidos para transplantes. Trata-se de um estudo qualitativo, no qual foram construídos dez casos por meio de entrevistas e diários de campo referentes à observação de familiares e profissionais que participaram do processo de decisão sobre a doação. A análise e discussão demonstrou aspectos relevantes que interferem na escolha familiar sobre a doação: a falta de informação sobre o tema, crenças culturais e religiosas, a maneira como é conduzida a entrevista familiar para doação, dificuldade para compreender a morte encefálica, dentre outros. As considerações finais indicaram que o tempo para a família tomar a decisão é um fator significativo que pode contribuir para o alto índice de negativa familiar para doação. A família precisa ser acolhida desde a abertura do protocolo de morte encefálica e a entrevista familiar para doação deve possibilitar uma dimensão terapêutica que vise a amenizar a dor da família. Palavras-chave: Transplantes. Doação de órgãos e tecidos. Relações profissional-família. Psicanálise.
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