OPINIÕES E ATITUDES DOS MÉDICOS FRENTE ÀS AÇÕES PROMOCIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fiaschetti, Marco Antonio
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Carvalho Mastroianni, Patrícia de, Fernandes Galduróz, José Carlos, Castro Monteiro Loffredo, Leonor de, Man Chin, Chung
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
DOI: 10.22278/2318-2660.2011.v35.n4.a264
Texto Completo: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/264
Resumo: A indústria farmacêutica investe maciçamente na promoção de seus produtos, e estudos sugerem que essas ações influenciam a prescrição médica. O objetivo deste estudo foi analisar as opiniões e atitudes de médicos frente às ações promocionais dos laboratórios. A metodologia adotada foi a investigação de caráter descritivo, transversal e observacional com delineamento do tipo inquérito. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados o questionário, que foi encaminhado aos médicos de Araraquara (SP). A análise dos dados incluiu estudo de associação por meio do teste de qui-quadrado. Os resultados indicaram que os médicos relacionam-se com os propagandistas (98%) por considerá-los úteis (55%), mas não como fonte principal de atualização (86%). Para 62%, suas prescrições não são influenciadas por tais relacionamentos, enquanto 24%, assim como os recém-formados (37%), discordam que os médicos em geral são influenciados. A maioria também discorda que sejam influenciados pelas cortesias (86%) ou pelas amostras grátis (70%), mas apenas 38% acreditam que os colegas não sejam influenciados pelas amostras. Quanto à ética desses recebimentos, 57% consideram ser apropriado quando beneficiam os pacientes, mas somente 32% quando para uso pessoal. Concluiu-se, com base nas evidências dos resultados, que os médicos são vulneráveis às influências do marketing, sendo necessários mecanismos e intervenções para que a prescrição de medicamentos seja pautada unicamente por critérios de eficácia, segurança, conveniência e acessibilidade ao paciente.
id IBICT-3_25722cd0fa7de7d6983300abac6db69d
oai_identifier_str oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/264
network_acronym_str IBICT-3
network_name_str Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
spelling OPINIÕES E ATITUDES DOS MÉDICOS FRENTE ÀS AÇÕES PROMOCIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICAMarketing de serviços de saúdePropagandista de laboratórioPrescrições de medicamentosA indústria farmacêutica investe maciçamente na promoção de seus produtos, e estudos sugerem que essas ações influenciam a prescrição médica. O objetivo deste estudo foi analisar as opiniões e atitudes de médicos frente às ações promocionais dos laboratórios. A metodologia adotada foi a investigação de caráter descritivo, transversal e observacional com delineamento do tipo inquérito. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados o questionário, que foi encaminhado aos médicos de Araraquara (SP). A análise dos dados incluiu estudo de associação por meio do teste de qui-quadrado. Os resultados indicaram que os médicos relacionam-se com os propagandistas (98%) por considerá-los úteis (55%), mas não como fonte principal de atualização (86%). Para 62%, suas prescrições não são influenciadas por tais relacionamentos, enquanto 24%, assim como os recém-formados (37%), discordam que os médicos em geral são influenciados. A maioria também discorda que sejam influenciados pelas cortesias (86%) ou pelas amostras grátis (70%), mas apenas 38% acreditam que os colegas não sejam influenciados pelas amostras. Quanto à ética desses recebimentos, 57% consideram ser apropriado quando beneficiam os pacientes, mas somente 32% quando para uso pessoal. Concluiu-se, com base nas evidências dos resultados, que os médicos são vulneráveis às influências do marketing, sendo necessários mecanismos e intervenções para que a prescrição de medicamentos seja pautada unicamente por critérios de eficácia, segurança, conveniência e acessibilidade ao paciente.SESAB2012-08-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/26410.22278/2318-2660.2011.v35.n4.a264Revista Baiana de Saúde Pública; v. 35 n. 4 (2011); 9322318-26600100-023310.22278/2318-2660.2011.v35.N4reponame:Revista Baiana de Saúde Pública (Online)instname:Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)instacron:IBICTporhttps://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/264/pdf_77Fiaschetti, Marco AntonioCarvalho Mastroianni, Patrícia deFernandes Galduróz, José CarlosCastro Monteiro Loffredo, Leonor deMan Chin, Chunginfo:eu-repo/semantics/openAccess2024-03-06T15:20:42Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/264Revistahttps://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbspPUBhttps://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/oai||saude.revista@saude.ba.gov.br|| rbsp.saude@saude.ba.gov.br2318-26600100-0233opendoar:2024-03-06T12:57:03.540227Revista Baiana de Saúde Pública (Online) - Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)false
dc.title.none.fl_str_mv OPINIÕES E ATITUDES DOS MÉDICOS FRENTE ÀS AÇÕES PROMOCIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
title OPINIÕES E ATITUDES DOS MÉDICOS FRENTE ÀS AÇÕES PROMOCIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
spellingShingle OPINIÕES E ATITUDES DOS MÉDICOS FRENTE ÀS AÇÕES PROMOCIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
OPINIÕES E ATITUDES DOS MÉDICOS FRENTE ÀS AÇÕES PROMOCIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
Fiaschetti, Marco Antonio
Marketing de serviços de saúde
Propagandista de laboratório
Prescrições de medicamentos
Fiaschetti, Marco Antonio
Marketing de serviços de saúde
Propagandista de laboratório
Prescrições de medicamentos
title_short OPINIÕES E ATITUDES DOS MÉDICOS FRENTE ÀS AÇÕES PROMOCIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
title_full OPINIÕES E ATITUDES DOS MÉDICOS FRENTE ÀS AÇÕES PROMOCIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
title_fullStr OPINIÕES E ATITUDES DOS MÉDICOS FRENTE ÀS AÇÕES PROMOCIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
OPINIÕES E ATITUDES DOS MÉDICOS FRENTE ÀS AÇÕES PROMOCIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
title_full_unstemmed OPINIÕES E ATITUDES DOS MÉDICOS FRENTE ÀS AÇÕES PROMOCIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
OPINIÕES E ATITUDES DOS MÉDICOS FRENTE ÀS AÇÕES PROMOCIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
title_sort OPINIÕES E ATITUDES DOS MÉDICOS FRENTE ÀS AÇÕES PROMOCIONAIS DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA
author Fiaschetti, Marco Antonio
author_facet Fiaschetti, Marco Antonio
Fiaschetti, Marco Antonio
Carvalho Mastroianni, Patrícia de
Fernandes Galduróz, José Carlos
Castro Monteiro Loffredo, Leonor de
Man Chin, Chung
Carvalho Mastroianni, Patrícia de
Fernandes Galduróz, José Carlos
Castro Monteiro Loffredo, Leonor de
Man Chin, Chung
author_role author
author2 Carvalho Mastroianni, Patrícia de
Fernandes Galduróz, José Carlos
Castro Monteiro Loffredo, Leonor de
Man Chin, Chung
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Fiaschetti, Marco Antonio
Carvalho Mastroianni, Patrícia de
Fernandes Galduróz, José Carlos
Castro Monteiro Loffredo, Leonor de
Man Chin, Chung
dc.subject.por.fl_str_mv Marketing de serviços de saúde
Propagandista de laboratório
Prescrições de medicamentos
topic Marketing de serviços de saúde
Propagandista de laboratório
Prescrições de medicamentos
description A indústria farmacêutica investe maciçamente na promoção de seus produtos, e estudos sugerem que essas ações influenciam a prescrição médica. O objetivo deste estudo foi analisar as opiniões e atitudes de médicos frente às ações promocionais dos laboratórios. A metodologia adotada foi a investigação de caráter descritivo, transversal e observacional com delineamento do tipo inquérito. Utilizou-se como instrumento de coleta de dados o questionário, que foi encaminhado aos médicos de Araraquara (SP). A análise dos dados incluiu estudo de associação por meio do teste de qui-quadrado. Os resultados indicaram que os médicos relacionam-se com os propagandistas (98%) por considerá-los úteis (55%), mas não como fonte principal de atualização (86%). Para 62%, suas prescrições não são influenciadas por tais relacionamentos, enquanto 24%, assim como os recém-formados (37%), discordam que os médicos em geral são influenciados. A maioria também discorda que sejam influenciados pelas cortesias (86%) ou pelas amostras grátis (70%), mas apenas 38% acreditam que os colegas não sejam influenciados pelas amostras. Quanto à ética desses recebimentos, 57% consideram ser apropriado quando beneficiam os pacientes, mas somente 32% quando para uso pessoal. Concluiu-se, com base nas evidências dos resultados, que os médicos são vulneráveis às influências do marketing, sendo necessários mecanismos e intervenções para que a prescrição de medicamentos seja pautada unicamente por critérios de eficácia, segurança, conveniência e acessibilidade ao paciente.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-08-29
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/264
10.22278/2318-2660.2011.v35.n4.a264
url https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/264
identifier_str_mv 10.22278/2318-2660.2011.v35.n4.a264
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/264/pdf_77
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv SESAB
publisher.none.fl_str_mv SESAB
dc.source.none.fl_str_mv Revista Baiana de Saúde Pública; v. 35 n. 4 (2011); 932
2318-2660
0100-0233
10.22278/2318-2660.2011.v35.N4
reponame:Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
instname:Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)
instacron:IBICT
instname_str Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)
instacron_str IBICT
institution IBICT
reponame_str Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
collection Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
repository.name.fl_str_mv Revista Baiana de Saúde Pública (Online) - Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab)
repository.mail.fl_str_mv ||saude.revista@saude.ba.gov.br|| rbsp.saude@saude.ba.gov.br
_version_ 1822181293149913088
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv 10.22278/2318-2660.2011.v35.n4.a264