VALIDAÇÃO DO INSTRUMENTO DOS INDICADORES OBSERVÁVEIS DA QUALIDADE DO CUIDADO NAS INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: de Oliveira, Wagner Ivan Fonsêca
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
Texto Completo: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/2507
Resumo: As Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) são uma importante alternativa de cuidado em todo mundo, porém o Brasil ainda não dispõe de instrumento válido para monitorar a qualidade dessas instituições. Nos Estados Unidos, utiliza-se o Observable Indicators of Nursing Home Care Quality Instrument (IOQ) o qual avalia a qualidade do cuidado nas ILPIs por meio de 30 indicadores de estrutura (2 dimensões) e processo (5 dimensões) relacionados à dimensão da qualidade da atenção centrada na pessoa. Objetivou-se, neste estudo, adaptar transculturalmente o IOQ para avaliar a qualidade do cuidado das ILPIs no contexto brasileiro. Realizou-se a equivalência conceitual e de itens para avaliar a pertinência e viabilidade do IOQ à realidade nacional por meio do Índice de Validade do Conteúdo (IVC) junto a um comitê de especialistas formado por dez participantes e diretamente envolvidos com o objeto de estudo. Em seguida, cumpriu-se a equivalência operacional, idiomática e a semântica concomitantemente. Esta constituiu-se em cinco fases: (1) duas traduções e (2) respectivas retraduções; (3) apreciação formal referente ao significado referencial e geral; (4) revisão por um segundo comitê de especialistas; (5) aplicação do pré-teste em três ILPIs por pares de diferentes entes sociais: profissionais de saúde, reguladores da vigilância sanitária e potenciais consumidores. Avaliou-se a equivalência de mensuração empregando o teste de alfa de Cronbach para verificar a consistência interna do instrumento. Para mensurar a concordância entre os pares de avaliadores, utilizou-se o Índice de Concordância Geral (ICG) e o coeficiente Kappa. Estimou-se o cumprimento pontual e Intervalo de Confiança 95% dos indicadores, dimensões e construto total. O IVC apresentou resultados elevados tanto para relevância (95,3%) quanto para viabilidade (94,3%) ao contexto brasileiro. Quanto ao significado referencial, observou-se similaridade, variando entre 90-100% para a primeira retradução e 70-100% para a segunda. Com relação ao significado geral, a versão 1 foi melhor avaliada, recebendo classificação “inalterado” em 80% dos itens, enquanto a versão 2 apresentou apenas 47%. No pré-teste, o IOQ mostrou-se compreensível e de fácil aplicação. Obteve-se um alfa de Cronbach elevado (0,93), ICG satisfatório (75%) e concordância substancial por meio do coeficiente Kappa (0,65) entre os pares de avaliadores: profissionais de saúde, reguladores da Subcoordenadoria da Vigilância Sanitária (Suvisa) e potenciais consumidores. É possível assumir a equivalência operacional realizada, uma vez que se preservou o layout do instrumento original na versão brasileira, por meio da manutenção das características no modo de aplicação, opções de respostas, número de itens, enunciados e pontuações. O desempenho das ILPIs obteve média aproximada de 87 pontos, apresentando uma variação de 55 a 111, considerando uma escala de 30 a 150. Piores resultados estiveram relacionados ao processo (média=2,85), enquanto a estrutura obteve uma média de 3,75, considerando uma escala de 1 a 5. A menor pontuação foi alusiva à dimensão referente à prestação de cuidados (média=2). Identificou-se o IOQ como sendo válido e confiável no contexto brasileiro. Sugere-se o uso para avaliar e monitorar a qualidade do cuidado nas ILPIs por profissionais de saúde, reguladores e potenciais consumidores e evidenciar oportunidades de melhoria. Palavras-chave: Comparação transcultural. Indicadores de qualidade. Instituição de Longa Permanência para Idosos. Confiabilidade e validade. Qualidade dos cuidados de saúde.
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Objetivou-se, neste estudo, adaptar transculturalmente o IOQ para avaliar a qualidade do cuidado das ILPIs no contexto brasileiro. Realizou-se a equivalência conceitual e de itens para avaliar a pertinência e viabilidade do IOQ à realidade nacional por meio do Índice de Validade do Conteúdo (IVC) junto a um comitê de especialistas formado por dez participantes e diretamente envolvidos com o objeto de estudo. Em seguida, cumpriu-se a equivalência operacional, idiomática e a semântica concomitantemente. Esta constituiu-se em cinco fases: (1) duas traduções e (2) respectivas retraduções; (3) apreciação formal referente ao significado referencial e geral; (4) revisão por um segundo comitê de especialistas; (5) aplicação do pré-teste em três ILPIs por pares de diferentes entes sociais: profissionais de saúde, reguladores da vigilância sanitária e potenciais consumidores. 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