Fatores associados ao não retorno ao trabalho de indivíduos acidentados de moto: um estudo epidemiológico

• Autor(a) principal: Fernandes, Fernanda Fonsêca
• Data de Publicação: 2015
• Outros Autores: Reis, Camila Câmara, Câmara, Saionara Maria Aires da, Maciel, Álvaro Campos Cavalcanti
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Baiana de Saúde Pública (Online)
• DOI: 10.22278/2318-2660.2015.v39.n2.a1240
• Texto Completo: https://rbsp.sesab.ba.gov.br/index.php/rbsp/article/view/1240
• topic: Retorno ao trabalho; epidemiologia; licença médica; fisioterapia; BVS

O número de mortes, de incapacidades e de invalidez em função das lesõesprovocadas por acidentes de motocicleta vem aumentando a cada ano. Além disso, diversosfatores podem estar relacionados ao não retorno dos acidentados às atividades produtivas.Desta maneira, realizou-se um estudo epidemiológico analítico retrospectivo, com o objetivode analisar os fatores associados ao não retorno ao trabalho destas vítimas, na cidade de Natal(Rio Grande do Norte), seis meses após o acidente. A análise de regressão logística bináriafoi aplicada, com cálculo das respectivas razões de chance (OR). A amostra foi compostapor 241 sujeitos, sendo 191 homens e 50 mulheres, com idade média de 30,7 anos (±8,9).Os participantes eram trabalhadores formais e informais, sendo que a maioria sofreu oacidente no turno vespertino (35,3%) e 68,5% já haviam sofrido outros acidentes. O tempomédio de retorno ao trabalho foi de 49,3 dias e a prevalência de não retorno foi de 23,9%.Os motociclistas que passaram por cirurgias (OR=8,71) e sofreram o acidente no turno danoite (OR=3,53) tiveram mais chances de não retornarem às atividades. Faz-se necessário oaumento de fiscalização e medidas preventivas para a redução do número de acidentes, bemcomo de suas sequelas, principalmente relacionadas à atividade produtiva.