Acidentes ocasionados por animais peçonhentos em municípios do sul de Minas Gerais: um estudo retrospectivo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Laryssa Mara Oliveira; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Data de Publicação: 2022
Outros Autores: Mira, Thainara Mikaela Silva; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil., Souza de Carvalho, Thais; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil., Bessa Veloso, Roberta; Faculdade de Medicina, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil., Cerdeira, Cláudio Daniel; Departamento de Bioquímica (DBq), Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), Alfenas, MG, Brasil, Bitencourt Santos, Gérsika; Faculdade de Medicina, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde
Texto Completo: http://revistas.icesp.br/index.php/RBPeCS/article/view/1382
Resumo: Introdução: Acidentes com animais peçonhentos possuem classificações e evoluções clínicas variáveis, podendo causar sequelas ou levar a morte, e constituem um problema de saúde pública grave e negligenciado pelas autoridades. Conhecer estes acidentes e promover a conscientização da população sobre prevenção podem conduzir a desfechos favoráveis. Materiais e métodos: Este estudo retrospectivo analisou as principais características destes acidentes, nos municípios do Sul de Minas Gerais (MG), entre 2015 a 2019. Compilou-se os dados através da interface da Secretaria do Estado de MG, Portal de Vigilância em Saúde. Resultados: Com um elevado número de casos, dos casos totais de acidentes nos municípios analisados (n = 6728), os mais frequentes foram aqueles envolvendo aranhas (n = 2085, 31%), abelhas (n = 1530, 23%), escorpiões (n = 1166, 17%), lagartas (n = 758, 11%) e serpentes (n = 437, 6%), com um aumento de casos no verão e de acordo com o município (p < 0,05). A maioria dos acidentes notificados foram ocupacionais, sendo homens e faixa etária de 20 a 59 anos, que concentram a força de trabalho, os mais acometidos. A maioria dos atendimentos médicos aconteceram nas primeiras seis horas, o que resultou em um índice relativamente baixo de mortalidade e diminuiu o risco de complicações/sequelas, sendo tais casos em grande parte classificados como leve e moderado (p < 0,01). Conclusão: o número de acidentes envolvendo animais peçonhentos no Sul de MG mostrou-se alarmante. Ainda, constatamos que a insuficiência na base de dados advindos de subnotificações ou de informações omissas colhidas dificulta a identificação da real magnitude dos eventos envolvendo animais peçonhentos, em que o número de casos pode ser ainda maior.
id ICESP-1_89fe941c9700fd7788ca02c4b296c55b
oai_identifier_str oai:ojs.icesp.br:article/1382
network_acronym_str ICESP-1
network_name_str Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde
repository_id_str
spelling Acidentes ocasionados por animais peçonhentos em municípios do sul de Minas Gerais: um estudo retrospectivoMedicinaAnimais peçonhentos, Acidentes, Sul de Minas Gerais.Saúde ColetivaIntrodução: Acidentes com animais peçonhentos possuem classificações e evoluções clínicas variáveis, podendo causar sequelas ou levar a morte, e constituem um problema de saúde pública grave e negligenciado pelas autoridades. Conhecer estes acidentes e promover a conscientização da população sobre prevenção podem conduzir a desfechos favoráveis. Materiais e métodos: Este estudo retrospectivo analisou as principais características destes acidentes, nos municípios do Sul de Minas Gerais (MG), entre 2015 a 2019. Compilou-se os dados através da interface da Secretaria do Estado de MG, Portal de Vigilância em Saúde. Resultados: Com um elevado número de casos, dos casos totais de acidentes nos municípios analisados (n = 6728), os mais frequentes foram aqueles envolvendo aranhas (n = 2085, 31%), abelhas (n = 1530, 23%), escorpiões (n = 1166, 17%), lagartas (n = 758, 11%) e serpentes (n = 437, 6%), com um aumento de casos no verão e de acordo com o município (p < 0,05). A maioria dos acidentes notificados foram ocupacionais, sendo homens e faixa etária de 20 a 59 anos, que concentram a força de trabalho, os mais acometidos. A maioria dos atendimentos médicos aconteceram nas primeiras seis horas, o que resultou em um índice relativamente baixo de mortalidade e diminuiu o risco de complicações/sequelas, sendo tais casos em grande parte classificados como leve e moderado (p < 0,01). Conclusão: o número de acidentes envolvendo animais peçonhentos no Sul de MG mostrou-se alarmante. Ainda, constatamos que a insuficiência na base de dados advindos de subnotificações ou de informações omissas colhidas dificulta a identificação da real magnitude dos eventos envolvendo animais peçonhentos, em que o número de casos pode ser ainda maior.Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa - NIPMartins, Laryssa Mara Oliveira; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.Mira, Thainara Mikaela Silva; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.Souza de Carvalho, Thais; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.Bessa Veloso, Roberta; Faculdade de Medicina, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.Cerdeira, Cláudio Daniel; Departamento de Bioquímica (DBq), Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), Alfenas, MG, BrasilBitencourt Santos, Gérsika; Faculdade de Medicina, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.2022-10-07info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttp://revistas.icesp.br/index.php/RBPeCS/article/view/1382Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde; v. 9, n. 17 (2022): RBPeCS, 9(17);2022; 8-132446-5577reponame:Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúdeinstname:Faculdades ICESPinstacron:ICESPporhttp://revistas.icesp.br/index.php/RBPeCS/article/view/1382/1745http://revistas.icesp.br/index.php/RBPeCS/article/view/1382/1746http://revistas.icesp.br/index.php/RBPeCS/article/downloadSuppFile/1382/351Direitos autorais 2022 Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúdeinfo:eu-repo/semantics/openAccess2022-10-07T13:53:10Zoai:ojs.icesp.br:article/1382Revistahttp://revistas.icesp.br/index.php/RBPeCS/oai2446-55772446-5577opendoar:2022-10-07T13:53:10Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde - Faculdades ICESPfalse
dc.title.none.fl_str_mv Acidentes ocasionados por animais peçonhentos em municípios do sul de Minas Gerais: um estudo retrospectivo
title Acidentes ocasionados por animais peçonhentos em municípios do sul de Minas Gerais: um estudo retrospectivo
spellingShingle Acidentes ocasionados por animais peçonhentos em municípios do sul de Minas Gerais: um estudo retrospectivo
Martins, Laryssa Mara Oliveira; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Medicina
Animais peçonhentos, Acidentes, Sul de Minas Gerais.
Saúde Coletiva
title_short Acidentes ocasionados por animais peçonhentos em municípios do sul de Minas Gerais: um estudo retrospectivo
title_full Acidentes ocasionados por animais peçonhentos em municípios do sul de Minas Gerais: um estudo retrospectivo
title_fullStr Acidentes ocasionados por animais peçonhentos em municípios do sul de Minas Gerais: um estudo retrospectivo
title_full_unstemmed Acidentes ocasionados por animais peçonhentos em municípios do sul de Minas Gerais: um estudo retrospectivo
title_sort Acidentes ocasionados por animais peçonhentos em municípios do sul de Minas Gerais: um estudo retrospectivo
author Martins, Laryssa Mara Oliveira; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
author_facet Martins, Laryssa Mara Oliveira; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Mira, Thainara Mikaela Silva; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Souza de Carvalho, Thais; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Bessa Veloso, Roberta; Faculdade de Medicina, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Cerdeira, Cláudio Daniel; Departamento de Bioquímica (DBq), Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), Alfenas, MG, Brasil
Bitencourt Santos, Gérsika; Faculdade de Medicina, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
author_role author
author2 Mira, Thainara Mikaela Silva; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Souza de Carvalho, Thais; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Bessa Veloso, Roberta; Faculdade de Medicina, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Cerdeira, Cláudio Daniel; Departamento de Bioquímica (DBq), Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), Alfenas, MG, Brasil
Bitencourt Santos, Gérsika; Faculdade de Medicina, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.none.fl_str_mv
dc.contributor.author.fl_str_mv Martins, Laryssa Mara Oliveira; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Mira, Thainara Mikaela Silva; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Souza de Carvalho, Thais; Faculdade de Farmácia, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Bessa Veloso, Roberta; Faculdade de Medicina, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
Cerdeira, Cláudio Daniel; Departamento de Bioquímica (DBq), Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG), Alfenas, MG, Brasil
Bitencourt Santos, Gérsika; Faculdade de Medicina, Universidade José do Rosário Vellano - Unifenas, Alfenas, MG, Brasil.
dc.subject.por.fl_str_mv Medicina
Animais peçonhentos, Acidentes, Sul de Minas Gerais.
Saúde Coletiva
topic Medicina
Animais peçonhentos, Acidentes, Sul de Minas Gerais.
Saúde Coletiva
description Introdução: Acidentes com animais peçonhentos possuem classificações e evoluções clínicas variáveis, podendo causar sequelas ou levar a morte, e constituem um problema de saúde pública grave e negligenciado pelas autoridades. Conhecer estes acidentes e promover a conscientização da população sobre prevenção podem conduzir a desfechos favoráveis. Materiais e métodos: Este estudo retrospectivo analisou as principais características destes acidentes, nos municípios do Sul de Minas Gerais (MG), entre 2015 a 2019. Compilou-se os dados através da interface da Secretaria do Estado de MG, Portal de Vigilância em Saúde. Resultados: Com um elevado número de casos, dos casos totais de acidentes nos municípios analisados (n = 6728), os mais frequentes foram aqueles envolvendo aranhas (n = 2085, 31%), abelhas (n = 1530, 23%), escorpiões (n = 1166, 17%), lagartas (n = 758, 11%) e serpentes (n = 437, 6%), com um aumento de casos no verão e de acordo com o município (p < 0,05). A maioria dos acidentes notificados foram ocupacionais, sendo homens e faixa etária de 20 a 59 anos, que concentram a força de trabalho, os mais acometidos. A maioria dos atendimentos médicos aconteceram nas primeiras seis horas, o que resultou em um índice relativamente baixo de mortalidade e diminuiu o risco de complicações/sequelas, sendo tais casos em grande parte classificados como leve e moderado (p < 0,01). Conclusão: o número de acidentes envolvendo animais peçonhentos no Sul de MG mostrou-se alarmante. Ainda, constatamos que a insuficiência na base de dados advindos de subnotificações ou de informações omissas colhidas dificulta a identificação da real magnitude dos eventos envolvendo animais peçonhentos, em que o número de casos pode ser ainda maior.
publishDate 2022
dc.date.none.fl_str_mv 2022-10-07
dc.type.none.fl_str_mv
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://revistas.icesp.br/index.php/RBPeCS/article/view/1382
url http://revistas.icesp.br/index.php/RBPeCS/article/view/1382
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv http://revistas.icesp.br/index.php/RBPeCS/article/view/1382/1745
http://revistas.icesp.br/index.php/RBPeCS/article/view/1382/1746
http://revistas.icesp.br/index.php/RBPeCS/article/downloadSuppFile/1382/351
dc.rights.driver.fl_str_mv Direitos autorais 2022 Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Direitos autorais 2022 Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa - NIP
publisher.none.fl_str_mv Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa - NIP
dc.source.none.fl_str_mv Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde; v. 9, n. 17 (2022): RBPeCS, 9(17);2022; 8-13
2446-5577
reponame:Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde
instname:Faculdades ICESP
instacron:ICESP
instname_str Faculdades ICESP
instacron_str ICESP
institution ICESP
reponame_str Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde
collection Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde
repository.name.fl_str_mv Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde - Faculdades ICESP
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1808844082314739712