Frequência de acidentes por animais peçonhentos ocorridos no Rio Grande do Sul, 2001 - 2006

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dorneles, Andressa Linhares
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/17963
Resumo: Animais peçonhentos são aqueles capazes de inocular substância tóxica, sendo responsáveis por acidentes que podem evoluir ao óbito. No Brasil, os acidentes por animais peçonhentos constituem um problema de saúde pública. O presente estudo descreve as notificações de acidentes por animais peçonhentos ocorridos no Rio Grande do Sul, entre 2001 e 2006 registradas no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) e no Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS). Para tanto foram analisadas as seguintes variáveis: município de ocorrência, sazonalidade, agente, sexo e faixa etária do paciente, tempo entre acidente e atendimento, gravidade e evolução do caso. Foram notificados 14.311 acidentes e 2.255 internações. Os aracnídeos causaram mais acidentes (5.835), entretanto as serpentes ocasionaram mais internações (1.404). A frequência dos acidentes foi maior nos meses quentes. O sexo masculino sofreu maior número de acidentes e de internações. A faixa etária mais atingida foi dos 20 aos 59 anos para ambos os sexos. Foram notificados 23 óbitos no SINAN e um no SIH/SUS. A microrregião de Caxias do Sul registrou o maior número de acidentes e a de Porto Alegre notificou o maior número de internações. O acidente botrópico foi o mais frequente, entretanto o crotálico teve pior evolução. Aranhas do gênero Loxosceles causaram os acidentes mais graves, os acidentes por escorpiões foram menos frequentes, de maneira geral leves. Dos acidentes com insetos, o mais grave foi ocasionado por lagartas do gênero Lonomia. Diante do número elevado de vítimas é importante que se busque ações preventivas e de controle aos acidentes por animais peçonhentos de acordo com os diferentes perfis epidemiológicos encontrados no Estado.
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