A gestão da fauna silvestre a partir das mudanças nos modos de vida açoriano em uma lagoa costeira do Sul do Brasil (1957-2004)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biodiversidade Brasileira |
Texto Completo: | https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/810 |
Resumo: | Este artigo fornece subsídios para as políticas públicas no tratamento da caça, por meio de uma análise das mudanças nos modos de vida açoriano e nas instituições de apropriação e uso dos recursos faunísticos ocorridas na Paisagem da Lagoa de Ibiraquera (PLI, Estado de Santa Catarina), desde a década de 1950 até 2004. Foram mobilizadas variáveis espaciais que evidenciam as mudanças na paisagem e realizados inventários (avifauna e mastofauna) e entrevistas (abertas e semiestruturadas). As práticas de caça foram registradas para 68 espécies da fauna silvestre atuais e extintas da PLI, incluindo 46 aves, 19 mamíferos de médio e grande porte e 3 répteis. Essas práticas foram correlacionadas com as percepções e com as normas locais e legais de manejo da fauna silvestre. Colonizada em 1880, até a década de 1950, a maior parte da fauna silvestre da PLI já havia desaparecido, permanecendo somente espécies de hábitos generalistas. Até o final da década de 1970, a caça foi a principal responsável pela extinção local de três espécies de mamíferos de médio porte, quando os incentivos, regras e práticas dos pescadores-agricultores frente à fauna silvestre começam a legitimar a proibição da caça para maior parte das espécies. São propostos três fatores que explicam a diminuição da caça: (i) ao aumento da área urbanizada e redução da área agrícola; (ii) a apropriação privada e cercamento dos espaços e; (iii) maior fiscalização do estado. Sugerimos que a análise histórica e integrada das mudanças na caça e nos habitats das espécies cinegéticas pode suscitar formas criativas e participativas de gerir a fauna silvestre com responsabilidades e benefícios compartilhados entre estado e sociedade civil. |
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A gestão da fauna silvestre a partir das mudanças nos modos de vida açoriano em uma lagoa costeira do Sul do Brasil (1957-2004) A gestão da fauna silvestre a partir das mudanças nos modos de vida açoriano em uma lagoa costeira do Sul do Brasil (1957-2004) A gestão da fauna silvestre a partir das mudanças nos modos de vida açoriano em uma lagoa costeira do Sul do Brasil (1957-2004) Este artigo fornece subsídios para as políticas públicas no tratamento da caça, por meio de uma análise das mudanças nos modos de vida açoriano e nas instituições de apropriação e uso dos recursos faunísticos ocorridas na Paisagem da Lagoa de Ibiraquera (PLI, Estado de Santa Catarina), desde a década de 1950 até 2004. Foram mobilizadas variáveis espaciais que evidenciam as mudanças na paisagem e realizados inventários (avifauna e mastofauna) e entrevistas (abertas e semiestruturadas). As práticas de caça foram registradas para 68 espécies da fauna silvestre atuais e extintas da PLI, incluindo 46 aves, 19 mamíferos de médio e grande porte e 3 répteis. Essas práticas foram correlacionadas com as percepções e com as normas locais e legais de manejo da fauna silvestre. Colonizada em 1880, até a década de 1950, a maior parte da fauna silvestre da PLI já havia desaparecido, permanecendo somente espécies de hábitos generalistas. Até o final da década de 1970, a caça foi a principal responsável pela extinção local de três espécies de mamíferos de médio porte, quando os incentivos, regras e práticas dos pescadores-agricultores frente à fauna silvestre começam a legitimar a proibição da caça para maior parte das espécies. São propostos três fatores que explicam a diminuição da caça: (i) ao aumento da área urbanizada e redução da área agrícola; (ii) a apropriação privada e cercamento dos espaços e; (iii) maior fiscalização do estado. Sugerimos que a análise histórica e integrada das mudanças na caça e nos habitats das espécies cinegéticas pode suscitar formas criativas e participativas de gerir a fauna silvestre com responsabilidades e benefícios compartilhados entre estado e sociedade civil.Este artigo fornece subsídios para as políticas públicas no tratamento da caça, por meio de uma análise das mudanças nos modos de vida açoriano e nas instituições de apropriação e uso dos recursos faunísticos ocorridas na Paisagem da Lagoa de Ibiraquera (PLI, Estado de Santa Catarina), desde a década de 1950 até 2004. Foram mobilizadas variáveis espaciais que evidenciam as mudanças na paisagem e realizados inventários (avifauna e mastofauna) e entrevistas (abertas e semiestruturadas). As práticas de caça foram registradas para 68 espécies da fauna silvestre atuais e extintas da PLI, incluindo 46 aves, 19 mamíferos de médio e grande porte e 3 répteis. 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