Produção, comercialização e identificação de variedades de pinhão no entorno da Floresta Nacional de Três Barras – SC
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2012 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biodiversidade Brasileira |
Texto Completo: | https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/275 |
Resumo: | Araucaria angustifolia tem sua ocorrência natural no Brasil entre altitudes de 500 a 2.300m e suas sementes, os pinhões, podem ser encontrados maduros de fevereiro a dezembro, conforme diversas variedades. O pinhão serve ainda de alimento à fauna silvestre e também como base para a economia de muitas famílias rurais no estado catarinense. Com isso, o objetivo deste trabalho foi quantificar produção e avaliar a realidade de uso e comércio do pinhão como fonte alternativa de renda a famílias rurais no entorno da Floresta Nacional de Três Barras, Planalto Norte de Santa Catarina. A média de pinhas (ou estróbilos femininos) produzidas para o ano de 2010 foi de 3,6 pinhas/planta, com uma massa média de 1,155kg/pinha. A produção média de pinhões foi de 340g/pinha o que representou 29,4% da massa fresca da pinha. O número médio de sementes formadas por pinha foi de 49,5 e massa média de cada pinhão de 6,2g. As falhas na formação de pinhões representam 68,2% dos constituintes da pinha. Quando comparados a outros trabalhos, os resultados encontrados neste estudo refletem uma alta variação, muito possivelmente influenciados pela densidade populacional e idade dos remanescentes. Esta variação foi percebida por 87,5% dos agricultores. A produtividade estimada na localidade Campininha foi de 19,4kg/ha. Ao preço médio pago por kg de pinhão de R$1,99, a renda média anual do produtor rural equivale a R$38,64/ha. Este valor representa cerca de 10% da renda obtida pelos produtores com erva-mate (Ilex paraguaiensis). Desta forma a erva-mate caracteriza-se como um recurso economicamente muito mais atrativo. Todos os agricultores entrevistados afirmaram nomear pelo menos suas diferentes variedades de pinheiros (São José e Kayuvá), além de uma variedade de maior ocorrência (não nomeada). Existe ainda uma legislação não embasada que antecipa a data de coleta de pinhão e que pode estar fomentando forte pressão sobre a variedade São José. A obtenção de dados de produção, disponibilidade e amplitude de oferta de pinhão possibilita obter informações que podem auxiliar na regulamentação da coleta e comercialização do pinhão. Palavras chave: Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze; araucária; coleta sustentável; conservação pelo uso; recursos genéticos vegetais. |
id |
ICMBIO-1_bdc5a29e309f09259393ef6140e33c0f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.icmbio.gov.br:article/275 |
network_acronym_str |
ICMBIO-1 |
network_name_str |
Biodiversidade Brasileira |
repository_id_str |
|
spelling |
Produção, comercialização e identificação de variedades de pinhão no entorno da Floresta Nacional de Três Barras – SCAraucaria angustifolia tem sua ocorrência natural no Brasil entre altitudes de 500 a 2.300m e suas sementes, os pinhões, podem ser encontrados maduros de fevereiro a dezembro, conforme diversas variedades. O pinhão serve ainda de alimento à fauna silvestre e também como base para a economia de muitas famílias rurais no estado catarinense. Com isso, o objetivo deste trabalho foi quantificar produção e avaliar a realidade de uso e comércio do pinhão como fonte alternativa de renda a famílias rurais no entorno da Floresta Nacional de Três Barras, Planalto Norte de Santa Catarina. A média de pinhas (ou estróbilos femininos) produzidas para o ano de 2010 foi de 3,6 pinhas/planta, com uma massa média de 1,155kg/pinha. A produção média de pinhões foi de 340g/pinha o que representou 29,4% da massa fresca da pinha. O número médio de sementes formadas por pinha foi de 49,5 e massa média de cada pinhão de 6,2g. As falhas na formação de pinhões representam 68,2% dos constituintes da pinha. Quando comparados a outros trabalhos, os resultados encontrados neste estudo refletem uma alta variação, muito possivelmente influenciados pela densidade populacional e idade dos remanescentes. Esta variação foi percebida por 87,5% dos agricultores. A produtividade estimada na localidade Campininha foi de 19,4kg/ha. Ao preço médio pago por kg de pinhão de R$1,99, a renda média anual do produtor rural equivale a R$38,64/ha. Este valor representa cerca de 10% da renda obtida pelos produtores com erva-mate (Ilex paraguaiensis). Desta forma a erva-mate caracteriza-se como um recurso economicamente muito mais atrativo. Todos os agricultores entrevistados afirmaram nomear pelo menos suas diferentes variedades de pinheiros (São José e Kayuvá), além de uma variedade de maior ocorrência (não nomeada). Existe ainda uma legislação não embasada que antecipa a data de coleta de pinhão e que pode estar fomentando forte pressão sobre a variedade São José. A obtenção de dados de produção, disponibilidade e amplitude de oferta de pinhão possibilita obter informações que podem auxiliar na regulamentação da coleta e comercialização do pinhão. Palavras chave: Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze; araucária; coleta sustentável; conservação pelo uso; recursos genéticos vegetais.Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)2012-12-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/27510.37002/biobrasil.v%vi%i.275Biodiversidade Brasileira - BioBrasil; No. 2 (2012): Edição Mista: Manejo de Recursos Vegetais e Avaliação do Estado de Conservação de Espécies; 74-82Biodiversidade Brasileira - BioBrasil; Núm. 2 (2012): Edição Mista: Manejo de Recursos Vegetais e Avaliação do Estado de Conservação de Espécies; 74-82Biodiversidade Brasileira - BioBrasil; n. 2 (2012): Edição Mista: Manejo de Recursos Vegetais e Avaliação do Estado de Conservação de Espécies; 74-822236-288610.37002/biobrasil.v2i2reponame:Biodiversidade Brasileirainstname:Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)instacron:ICMBIOporhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/275/192Zechini, Alex AndersonSchussler, GlaucoSilva, Juliano Zago daMattos, Andrea GabrielaPeroni, NivaldoMantovani, AdelarReis, Maurício Sedrez dosinfo:eu-repo/semantics/openAccess2020-07-27T19:16:35Zoai:ojs.icmbio.gov.br:article/275Revistahttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBRPUBhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/oaifernanda.oliveto@icmbio.gov.br || katia.ribeiro@icmbio.gov.br2236-28862236-2886opendoar:2020-07-27T19:16:35Biodiversidade Brasileira - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Produção, comercialização e identificação de variedades de pinhão no entorno da Floresta Nacional de Três Barras – SC |
title |
Produção, comercialização e identificação de variedades de pinhão no entorno da Floresta Nacional de Três Barras – SC |
spellingShingle |
Produção, comercialização e identificação de variedades de pinhão no entorno da Floresta Nacional de Três Barras – SC Zechini, Alex Anderson |
title_short |
Produção, comercialização e identificação de variedades de pinhão no entorno da Floresta Nacional de Três Barras – SC |
title_full |
Produção, comercialização e identificação de variedades de pinhão no entorno da Floresta Nacional de Três Barras – SC |
title_fullStr |
Produção, comercialização e identificação de variedades de pinhão no entorno da Floresta Nacional de Três Barras – SC |
title_full_unstemmed |
Produção, comercialização e identificação de variedades de pinhão no entorno da Floresta Nacional de Três Barras – SC |
title_sort |
Produção, comercialização e identificação de variedades de pinhão no entorno da Floresta Nacional de Três Barras – SC |
author |
Zechini, Alex Anderson |
author_facet |
Zechini, Alex Anderson Schussler, Glauco Silva, Juliano Zago da Mattos, Andrea Gabriela Peroni, Nivaldo Mantovani, Adelar Reis, Maurício Sedrez dos |
author_role |
author |
author2 |
Schussler, Glauco Silva, Juliano Zago da Mattos, Andrea Gabriela Peroni, Nivaldo Mantovani, Adelar Reis, Maurício Sedrez dos |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Zechini, Alex Anderson Schussler, Glauco Silva, Juliano Zago da Mattos, Andrea Gabriela Peroni, Nivaldo Mantovani, Adelar Reis, Maurício Sedrez dos |
description |
Araucaria angustifolia tem sua ocorrência natural no Brasil entre altitudes de 500 a 2.300m e suas sementes, os pinhões, podem ser encontrados maduros de fevereiro a dezembro, conforme diversas variedades. O pinhão serve ainda de alimento à fauna silvestre e também como base para a economia de muitas famílias rurais no estado catarinense. Com isso, o objetivo deste trabalho foi quantificar produção e avaliar a realidade de uso e comércio do pinhão como fonte alternativa de renda a famílias rurais no entorno da Floresta Nacional de Três Barras, Planalto Norte de Santa Catarina. A média de pinhas (ou estróbilos femininos) produzidas para o ano de 2010 foi de 3,6 pinhas/planta, com uma massa média de 1,155kg/pinha. A produção média de pinhões foi de 340g/pinha o que representou 29,4% da massa fresca da pinha. O número médio de sementes formadas por pinha foi de 49,5 e massa média de cada pinhão de 6,2g. As falhas na formação de pinhões representam 68,2% dos constituintes da pinha. Quando comparados a outros trabalhos, os resultados encontrados neste estudo refletem uma alta variação, muito possivelmente influenciados pela densidade populacional e idade dos remanescentes. Esta variação foi percebida por 87,5% dos agricultores. A produtividade estimada na localidade Campininha foi de 19,4kg/ha. Ao preço médio pago por kg de pinhão de R$1,99, a renda média anual do produtor rural equivale a R$38,64/ha. Este valor representa cerca de 10% da renda obtida pelos produtores com erva-mate (Ilex paraguaiensis). Desta forma a erva-mate caracteriza-se como um recurso economicamente muito mais atrativo. Todos os agricultores entrevistados afirmaram nomear pelo menos suas diferentes variedades de pinheiros (São José e Kayuvá), além de uma variedade de maior ocorrência (não nomeada). Existe ainda uma legislação não embasada que antecipa a data de coleta de pinhão e que pode estar fomentando forte pressão sobre a variedade São José. A obtenção de dados de produção, disponibilidade e amplitude de oferta de pinhão possibilita obter informações que podem auxiliar na regulamentação da coleta e comercialização do pinhão. Palavras chave: Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze; araucária; coleta sustentável; conservação pelo uso; recursos genéticos vegetais. |
publishDate |
2012 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2012-12-20 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/275 10.37002/biobrasil.v%vi%i.275 |
url |
https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/275 |
identifier_str_mv |
10.37002/biobrasil.v%vi%i.275 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/275/192 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) |
dc.source.none.fl_str_mv |
Biodiversidade Brasileira - BioBrasil; No. 2 (2012): Edição Mista: Manejo de Recursos Vegetais e Avaliação do Estado de Conservação de Espécies; 74-82 Biodiversidade Brasileira - BioBrasil; Núm. 2 (2012): Edição Mista: Manejo de Recursos Vegetais e Avaliação do Estado de Conservação de Espécies; 74-82 Biodiversidade Brasileira - BioBrasil; n. 2 (2012): Edição Mista: Manejo de Recursos Vegetais e Avaliação do Estado de Conservação de Espécies; 74-82 2236-2886 10.37002/biobrasil.v2i2 reponame:Biodiversidade Brasileira instname:Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) instacron:ICMBIO |
instname_str |
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) |
instacron_str |
ICMBIO |
institution |
ICMBIO |
reponame_str |
Biodiversidade Brasileira |
collection |
Biodiversidade Brasileira |
repository.name.fl_str_mv |
Biodiversidade Brasileira - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO) |
repository.mail.fl_str_mv |
fernanda.oliveto@icmbio.gov.br || katia.ribeiro@icmbio.gov.br |
_version_ |
1797042395506802688 |