Avaliação do risco de extinção do jacaré-do-pantanal Caiman yacare (Daudin, 1802) no Brasil
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biodiversidade Brasileira |
Texto Completo: | https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/405 |
Resumo: | O risco de extinção de Caiman yacare foi avaliado de acordo com os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN 2001, 2003), com base nos dados disponíveis até 2011. A espécie é encontrada nas regiões alagadas do nordeste e leste da Bolívia, no Pantanal brasileiro e afluentes do rio Madeira, no Paraguai e no nordeste da Argentina. Sua extensão de ocorrência (EOO) em território brasileiro é de 195.160,3 km2, podendo ser bem maior, caso as investigações sobre o status taxonômico da espécie confirmarem a sua distribuição nas bacias dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé. Acredita-se que sua área de ocupação (AOO) seja maior que 20.000 km2. Os levantamentos populacionais confirmam que, no Pantanal brasileiro, Caiman yacare apresenta uma das mais vigorosas populações naturais de crocodilianos no mundo, com densidades superiores a 100 ind/km2, distribuídos por toda planície Pantaneira. O tamanho populacional em toda essa região está na ordem dos milhões de indivíduos. Aparentemente, Caiman yacare e C. crocodilus apresentam maior resiliência às alterações ambientais e à caça do que as demais espécies de crocodilianos brasileiros e ocorre em várias Unidades de Conservação. Portanto, a espécie foi categorizada como Menos Preocupante (LC). Há conectividade com populações dos países vizinhos, porém não se sabe se há trocas significativas e, tendo em vista a grande distribuição da espécie no território brasileiro, o estado de conservação nos países vizinhos não altera a classificação da avaliação no Brasil. Embora a caça ilegal no Pantanal para o comércio de peles tenha sido reduzido, o comércio para carne tem sido documentado, o que representa um aspecto preocupante para a conservação da espécie aliado a outras ameaças no seu ambiente. |
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Acredita-se que sua área de ocupação (AOO) seja maior que 20.000 km2. Os levantamentos populacionais confirmam que, no Pantanal brasileiro, Caiman yacare apresenta uma das mais vigorosas populações naturais de crocodilianos no mundo, com densidades superiores a 100 ind/km2, distribuídos por toda planície Pantaneira. O tamanho populacional em toda essa região está na ordem dos milhões de indivíduos. Aparentemente, Caiman yacare e C. crocodilus apresentam maior resiliência às alterações ambientais e à caça do que as demais espécies de crocodilianos brasileiros e ocorre em várias Unidades de Conservação. Portanto, a espécie foi categorizada como Menos Preocupante (LC). Há conectividade com populações dos países vizinhos, porém não se sabe se há trocas significativas e, tendo em vista a grande distribuição da espécie no território brasileiro, o estado de conservação nos países vizinhos não altera a classificação da avaliação no Brasil. Embora a caça ilegal no Pantanal para o comércio de peles tenha sido reduzido, o comércio para carne tem sido documentado, o que representa um aspecto preocupante para a conservação da espécie aliado a outras ameaças no seu ambiente.Population surveys confirm that, in the Brazilian Pantanal, C. yacare presents one of thelargest and most vigorous natural populations of crocodilians in the world, with densities exceeding100 individuals per km2throughout the entire Pantanal lowland. The population size across thebasin is in the millions. However, poaching for illegal trade in meat has been documented, whichrepresents a worrying aspect for the conservation of the species.O risco de extinção de Caiman yacare foi avaliado de acordo com os critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN 2001, 2003), com base nos dados disponíveis até 2011. A espécie é encontrada nas regiões alagadas do nordeste e leste da Bolívia, no Pantanal brasileiro e afluentes do rio Madeira, no Paraguai e no nordeste da Argentina. Sua extensão de ocorrência (EOO) em território brasileiro é de 195.160,3 km2, podendo ser bem maior, caso as investigações sobre o status taxonômico da espécie confirmarem a sua distribuição nas bacias dos rios Madeira, Mamoré e Guaporé. Acredita-se que sua área de ocupação (AOO) seja maior que 20.000 km2. Os levantamentos populacionais confirmam que, no Pantanal brasileiro, Caiman yacare apresenta uma das mais vigorosas populações naturais de crocodilianos no mundo, com densidades superiores a 100 ind/km2, distribuídos por toda planície Pantaneira. O tamanho populacional em toda essa região está na ordem dos milhões de indivíduos. Aparentemente, Caiman yacare e C. crocodilus apresentam maior resiliência às alterações ambientais e à caça do que as demais espécies de crocodilianos brasileiros e ocorre em várias Unidades de Conservação. Portanto, a espécie foi categorizada como Menos Preocupante (LC). Há conectividade com populações dos países vizinhos, porém não se sabe se há trocas significativas e, tendo em vista a grande distribuição da espécie no território brasileiro, o estado de conservação nos países vizinhos não altera a classificação da avaliação no Brasil. Embora a caça ilegal no Pantanal para o comércio de peles tenha sido reduzido, o comércio para carne tem sido documentado, o que representa um aspecto preocupante para a conservação da espécie aliado a outras ameaças no seu ambiente.Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)2013-06-10info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/40510.37002/biodiversidadebrasileira.v3i1.405Biodiversidade Brasileira ; v. 3 n. 1 (2013): Avaliação do Estado de Conservação dos Crocodilianos e dos Carnívoros; 21-30Biodiversidade Brasileira ; Vol. 3 No. 1 (2013): Avaliação do Estado de Conservação dos Crocodilianos e dos Carnívoros; 21-30Biodiversidade Brasileira ; Vol. 3 Núm. 1 (2013): Avaliação do Estado de Conservação dos Crocodilianos e dos Carnívoros; 21-302236-288610.37002/biodiversidadebrasileira.v3i1reponame:Biodiversidade Brasileirainstname:Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)instacron:ICMBIOporhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/405/313Copyright (c) 2021 Biodiversidade Brasileira - BioBrasilhttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessFarias, Izeni PiresMarioni, BorisVerdade, Luciano M.Bassetti, LuísCoutinho, Marcos E.Mendonça, Sônia H. 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