Editorial - Manejo do fogo em áreas protegidas
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Data de Publicação: | 2016 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biodiversidade Brasileira |
Texto Completo: | https://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/653 |
Resumo: | O fogo é parte integrante e natural de diversos ecossistemas no mundo; são os ecossistemas pirofíticos, tais como as savanas, entre elas o Cerrado brasileiro. Apesar disto, políticas de exclusão do fogo, ou de "fogo zero”, predominaram no Brasil e inclusive no Cerrado século XX. Em áreas de vegetação pirofítica, a tentativa de exclusão do fogo tende a não ser eficiente nem adequada. Essa abordagem não reconhece e marginaliza práticas de agricultura familiar e gera acúmulo de combustível fino que propicia a ocorrência de incêndios em grandes extensões, especialmente no final da estação seca, que por sua vez causam graves prejuízos ecológicos e geram altos custos, com baixa eficiência de combate. Assim, é antiga a discussão de que se deve manejar e não apenas tentar excluir o fogo em ambientes pirofíticos. O debate sobre o manejo do fogo e suas consequências ambientais, sociais e econômicas, em diversas escalas, está presente hoje em diversas instituições de gestão ambiental. O assunto envolve grande complexidade, desde os conceitos ecológicos envolvidos e a possibilidade de prever efeitos à capacidade de negociar objetivos de manejo entre diferentes atores que atuam em um território. O presente número da revista Biodiversidade Brasileira, com doze artigos, vem contribuir com este objetivo trazendo resultados e argumentos para subsidiar o debate e o processo de aplicação do manejo integrado do fogo em áreas protegidas. Em 2010 foi lançado um número com o mesmo tema (ver Ribeiro et al. 2011) e é importante notar o avanço nas práticas de manejo desde então. O texto completo do editorial apresenta o conjunto de contribuições e o estado da arte do debate sobre o manejo do fogo no país. |
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Editorial - Manejo do fogo em áreas protegidasO fogo é parte integrante e natural de diversos ecossistemas no mundo; são os ecossistemas pirofíticos, tais como as savanas, entre elas o Cerrado brasileiro. Apesar disto, políticas de exclusão do fogo, ou de "fogo zero”, predominaram no Brasil e inclusive no Cerrado século XX. Em áreas de vegetação pirofítica, a tentativa de exclusão do fogo tende a não ser eficiente nem adequada. Essa abordagem não reconhece e marginaliza práticas de agricultura familiar e gera acúmulo de combustível fino que propicia a ocorrência de incêndios em grandes extensões, especialmente no final da estação seca, que por sua vez causam graves prejuízos ecológicos e geram altos custos, com baixa eficiência de combate. Assim, é antiga a discussão de que se deve manejar e não apenas tentar excluir o fogo em ambientes pirofíticos. O debate sobre o manejo do fogo e suas consequências ambientais, sociais e econômicas, em diversas escalas, está presente hoje em diversas instituições de gestão ambiental. O assunto envolve grande complexidade, desde os conceitos ecológicos envolvidos e a possibilidade de prever efeitos à capacidade de negociar objetivos de manejo entre diferentes atores que atuam em um território. O presente número da revista Biodiversidade Brasileira, com doze artigos, vem contribuir com este objetivo trazendo resultados e argumentos para subsidiar o debate e o processo de aplicação do manejo integrado do fogo em áreas protegidas. Em 2010 foi lançado um número com o mesmo tema (ver Ribeiro et al. 2011) e é importante notar o avanço nas práticas de manejo desde então. O texto completo do editorial apresenta o conjunto de contribuições e o estado da arte do debate sobre o manejo do fogo no país.Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)2016-12-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/65310.37002/biodiversidadebrasileira.v6i2.653Biodiversidade Brasileira ; v. 6 n. 2 (2016): Manejo do Fogo em Áreas Protegidas; 1-3Biodiversidade Brasileira ; Vol. 6 No. 2 (2016): Manejo do Fogo em Áreas Protegidas; 1-3Biodiversidade Brasileira ; Vol. 6 Núm. 2 (2016): Manejo do Fogo em Áreas Protegidas; 1-32236-288610.37002/biodiversidadebrasileira.v6i2reponame:Biodiversidade Brasileirainstname:Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)instacron:ICMBIOporhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/article/view/653/498Copyright (c) 2021 Biodiversidade Brasileira - BioBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessSampaio, Alexandre BonessoBerlinck, Christian NielMiranda, Heloisa SinátoraSchmidt, Isabel BelloniRibeiro, Katia Torres2023-05-09T13:01:44Zoai:revistaeletronica.icmbio.gov.br:article/653Revistahttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBRPUBhttps://revistaeletronica.icmbio.gov.br/BioBR/oaifernanda.oliveto@icmbio.gov.br || katia.ribeiro@icmbio.gov.br2236-28862236-2886opendoar:2023-05-09T13:01:44Biodiversidade Brasileira - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)false |
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