Fronteiras da desordem: saber e ofício nas experiências de Hélio Oiticica no Morro da Mangueira e de Carlos Nelson Ferreira dos Santos em Brás de Pina
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Data de Publicação: | 2008 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista do Instituto de Estudos Brasileiros |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/34617 |
Resumo: | A partir de duas experiências que apontam revisões de fronteiras entre saberes especializados e populares, este texto ensaia uma abordagem ampliada de temas relacionados às opções intelectuais no Brasil dos anos 1960. As vivências de Hélio Oiticica, artista plástico, no Morro da Mangueira e a de Carlos Nelson Ferreira dos Santos, arquiteto, na favela Brás de Pina, no Rio de Janeiro desse período, embora constituam-se como experiências de natureza de fato distintas, apresentam conteúdos que, afastados dos usuais cortes marxistas ou político-partidários da época, funcionaram, num dado momento, como uma estratégia de reinvenção e de transgressão dos próprios repertórios através dos quais usualmente operavam seus pares, fundando novos olhares sobre as formas de organização popular, trazendo o princípio da alteridade como o princípio mesmo da existência de seus ofícios. Suas contribuições à discussão sobre a constituição de novas instituições possíveis para novas práticas possíveis para novos sujeitos possíveis podem ser reconhecidas, nesse sentido, como potenciais exercícios de alargamento e redimensionamento dos territórios dos saberes e discursos que processualmente se constroem acerca da sociabilidade urbana, suas formas de manifestação cultural, seus conflitos e traduções simbólicas e espaciais. |
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Fronteiras da desordem: saber e ofício nas experiências de Hélio Oiticica no Morro da Mangueira e de Carlos Nelson Ferreira dos Santos em Brás de Pina Borders of disorder: knowing and craft in the experiences of Hélio Oiticica at Morro da Mangueira and Carlos Nelson Ferreira dos Santos at Brás de Pina Hélio OiticicaCarlos Nelson Ferreira dos Santospopular cultureartarchitectureHélio OiticicaCarlos Nelson Ferreira dos Santoscultura popularartes plásticasarquitetura A partir de duas experiências que apontam revisões de fronteiras entre saberes especializados e populares, este texto ensaia uma abordagem ampliada de temas relacionados às opções intelectuais no Brasil dos anos 1960. As vivências de Hélio Oiticica, artista plástico, no Morro da Mangueira e a de Carlos Nelson Ferreira dos Santos, arquiteto, na favela Brás de Pina, no Rio de Janeiro desse período, embora constituam-se como experiências de natureza de fato distintas, apresentam conteúdos que, afastados dos usuais cortes marxistas ou político-partidários da época, funcionaram, num dado momento, como uma estratégia de reinvenção e de transgressão dos próprios repertórios através dos quais usualmente operavam seus pares, fundando novos olhares sobre as formas de organização popular, trazendo o princípio da alteridade como o princípio mesmo da existência de seus ofícios. Suas contribuições à discussão sobre a constituição de novas instituições possíveis para novas práticas possíveis para novos sujeitos possíveis podem ser reconhecidas, nesse sentido, como potenciais exercícios de alargamento e redimensionamento dos territórios dos saberes e discursos que processualmente se constroem acerca da sociabilidade urbana, suas formas de manifestação cultural, seus conflitos e traduções simbólicas e espaciais. From two experiences which point towards a revision of the borders between specialized and popular knowledge, this article essays a broad approach to themes related to the intellectual options in 1960's Brazil. The experiences of the artist Hélio Oiticica at Morro da Mangueira, and the experiences of the architect Carlos Nelson Ferreira dos Santos at Brás de Pina favela, in Rio de Janeiro during that time, although being distinct from one another, present contents that, apart from the usual Marxist perspectives or partisan political back then, worked as a strategy to reinvent and transgress their own repertoire through which their fellow artists usually had operated, founding new ways to look at the popular organizational forms, bringing the alterity principle as a principle itself for the existence of their works. Their contributions to the discussion about the constitution of new possible institutions to new possible practices and to new possible subjects can be recognized, in that sense, as potential exercises to broaden and redirect the territories of knowledge and speech which construct themselves in a process of urban socialization, their ways of cultural manifestation, their conflicts, and their symbolical and spatial translations. Universidade de São Paulo. Instituto de Estudos Brasileiros2008-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/3461710.11606/issn.2316-901X.v0i47p93-114Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; Núm. 47 (2008); 93-114Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 47 (2008); 93-114Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; No 47 (2008); 93-114Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; No. 47 (2008); 93-1142316-901X0020-3874reponame:Revista do Instituto de Estudos Brasileirosinstname:Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)instacron:IEBporhttps://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/34617/37355Copyright (c) 2016 Revista do Instituto de Estudos Brasileirosinfo:eu-repo/semantics/openAccessPulhez, Magaly Marques2014-12-19T12:12:45Zoai:revistas.usp.br:article/34617Revistahttps://www.revistas.usp.br/rieb/indexPUBhttps://www.revistas.usp.br/rieb/oai||revistaieb@usp.br2316-901X0020-3874opendoar:2014-12-19T12:12:45Revista do Instituto de Estudos Brasileiros - Instituto de Estudos Brasileiros (IEB)false |
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