Detecção e genotipagem de norovírus em sangue e fezes de crianças hospitalizadas com quadro de gastrenterite em Belém, Pará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Reymão, Tammy Kathlyn Amaral
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)
Texto Completo: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3118
Resumo: Resumo: As doenças diarréicas agudas acometem anualmente milhões de indivíduos e ainda constituem uma das cinco principais causas de morte entre crianças menores de cinco anos. A gastrenterite aguda (GA) possui diversos agentes etiológicos, entretanto, recentemente os vírus vêm sendo identificados como responsáveis por cerca de 70% do total de casos. Dentre estes, destaca-se o norovírus (NoV), um dos principais responsáveis por casos esporádicos e surtos de GA. Este vírus é normalmente excretado nas fezes dos pacientes, em grande quantidade, o que facilita sua disseminação e novas contaminações. Mais recentemente o NoV foi detectado também no soro de pacientes com sintomas extra-intestinais, como: coagulação intravascular disseminada, enterocolite necrosante e convulsões. Logo, o objetivo desta pesquisa foi investigar a presença de NoV no soro de crianças hospitalizadas com quadro de GA que apresentavam o vírus nas fezes e correlacionar este achado com o quadro clínico apresentado pelo paciente. De março/2012 a junho/2015, foram obtidos dados clínicos e amostras de fezes/ soro de crianças com até nove anos de idade, hospitalizadas por GA em duas clínicas pediátricas de Belém, Pará, Brasil. Para a detecção de NoV nas amostras fecais utilizou-se o ensaio imunoenzimático (EIE) (kit RIDASCREEN®), e no soro a técnica de reação em cadeia da polimerase quantitativa precedida de transcrição reversa (RT-qPCR), sistema TaqMan, iniciadores COG2F e COG2R, sonda RING-2 e uma curva-padrão plasmidial. As amostras positivas foram submetidas à reação em cadeia da polimerase precedida de transcrição reversa (RT-PCR) com iniciadores específicos para a região do capsídeo ou da junção entre a polimerase e o capsídeo, visando o sequenciamento parcial do genoma viral. Amostras com suspeita de recombinação foram analisadas por meio do programa Simplot. Os dados clínicos foram tratados estatisticamente, utilizando os testes do qui-quadrado e de Mann-whitney. Uma positividade de 24,3% (108/445) foi obtida para NoV nas amostras fecais, dentre as quais 20,4% (22/108) também foram positivas nos soros. A carga viral fecal foi maior no grupo de crianças que também apresentou o vírus no soro em comparação ao que tinha o vírus apenas nas fezes (p<0,0001), sendo este mesmo padrão observado com relação ao tempo de hospitalização (p= 0,0252). A faixa etária de 0 a 36 meses foi a mais acometida por NoV em relação as fezes, enquanto que no soro foi entre >6 até 24 meses, havendo diminuição no número de casos em ambos os grupos conforme o aumento da idade (p=0,0059; p=0,0211). Foram encontrados nove diferentes genótipos do genogrupo GII sendo deles três cepas recombinantes (GII.2, GII.4, GII.6, GII.7, GII.8, GII.17, GII.P6/GII.7, GII.P22/GII.5 e GII.P13/GII.17) e dois do genogrupo GI, sendo um recombinante (GI.2 e GI.Pb/GI.6). O GII.4 variante Sydney foi o prevalente. Nesses três anos de pesquisa, verificou-se que os NoV foram responsáveis por quase 1/4 dos casos de GA entre as crianças hospitalizadas, dentre as quais a circulação do RNA viral nos soros foi expressiva, considerando outros estudos já realizados, e influenciou o tempo de hospitalização destas crianças. Além disso, observou-se ampla diversidade genética, o que contribui para estudos futuros visando uma vacina preventiva.
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Este vírus é normalmente excretado nas fezes dos pacientes, em grande quantidade, o que facilita sua disseminação e novas contaminações. Mais recentemente o NoV foi detectado também no soro de pacientes com sintomas extra-intestinais, como: coagulação intravascular disseminada, enterocolite necrosante e convulsões. Logo, o objetivo desta pesquisa foi investigar a presença de NoV no soro de crianças hospitalizadas com quadro de GA que apresentavam o vírus nas fezes e correlacionar este achado com o quadro clínico apresentado pelo paciente. De março/2012 a junho/2015, foram obtidos dados clínicos e amostras de fezes/ soro de crianças com até nove anos de idade, hospitalizadas por GA em duas clínicas pediátricas de Belém, Pará, Brasil. Para a detecção de NoV nas amostras fecais utilizou-se o ensaio imunoenzimático (EIE) (kit RIDASCREEN®), e no soro a técnica de reação em cadeia da polimerase quantitativa precedida de transcrição reversa (RT-qPCR), sistema TaqMan, iniciadores COG2F e COG2R, sonda RING-2 e uma curva-padrão plasmidial. As amostras positivas foram submetidas à reação em cadeia da polimerase precedida de transcrição reversa (RT-PCR) com iniciadores específicos para a região do capsídeo ou da junção entre a polimerase e o capsídeo, visando o sequenciamento parcial do genoma viral. Amostras com suspeita de recombinação foram analisadas por meio do programa Simplot. Os dados clínicos foram tratados estatisticamente, utilizando os testes do qui-quadrado e de Mann-whitney. Uma positividade de 24,3% (108/445) foi obtida para NoV nas amostras fecais, dentre as quais 20,4% (22/108) também foram positivas nos soros. 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Ananindeua, PA, Brasil.porInstituto Evandro ChagasDetecção e genotipagem de norovírus em sangue e fezes de crianças hospitalizadas com quadro de gastrenterite em Belém, Pará, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisNúcleo de Ensino e Pós-GraduaçãoInstituto Evandro ChagasMestrado AcadêmicoAnanindeua / PAPrograma de Pós-Graduação em VirologiaGastroenterite / virologiaNorovirus / patogenicidadeTécnicas Imunoenzimáticas / métodosReação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real / métodosTécnicas de GenotipagemRecombinação Genéticainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)instname:Instituto Evandro Chagas (IEC)instacron:IECORIGINALDetecção e genotipagem de norovírus em sangue e fezes de crianças hospitalizadas com quadro de gastrenterite em Belém, Pará, Brasil.pdfDetecção e genotipagem de norovírus em sangue e fezes de crianças hospitalizadas com quadro de gastrenterite em Belém, Pará, Brasil.pdfapplication/pdf2320153https://patua.iec.gov.br/bitstreams/05072b95-fe89-4e2e-bb10-3533699b6919/download216cfd64a10d71e998ed98523c4cf0c4MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://patua.iec.gov.br/bitstreams/8180c1fa-12cc-45dd-89f9-e10c662ce279/download8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTDetecção e genotipagem de norovírus em sangue e fezes de crianças hospitalizadas com quadro de gastrenterite em Belém, Pará, Brasil.pdf.txtDetecção e genotipagem de norovírus em sangue e fezes de crianças hospitalizadas com quadro de gastrenterite em Belém, Pará, Brasil.pdf.txtExtracted texttext/plain102848https://patua.iec.gov.br/bitstreams/ac228566-cfc7-43d0-8e01-22839e96a038/download37ec946bb06a99839b9d6ff2ebaed6c5MD55THUMBNAILDetecção e genotipagem de norovírus em sangue e fezes de crianças hospitalizadas com quadro de gastrenterite em Belém, Pará, Brasil.pdf.jpgDetecção e genotipagem de norovírus em sangue e fezes de crianças hospitalizadas com quadro de gastrenterite em Belém, Pará, Brasil.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2598https://patua.iec.gov.br/bitstreams/4d47cb32-60f4-49e6-8283-e22b3d826608/downloadc2a43c73acb3c2f31651bfe773d3672dMD56iec/31182023-04-03 14:06:33.656oai:patua.iec.gov.br:iec/3118https://patua.iec.gov.brRepositório InstitucionalPUBhttps://patua.iec.gov.br/oai/requestclariceneta@iec.gov.br || Biblioteca@iec.gov.bropendoar:2023-04-03T14:06:33Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) - Instituto Evandro Chagas (IEC)falseTk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=
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Reymão, Tammy Kathlyn Amaral
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