Malária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1997 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) |
Texto Completo: | https://patua.iec.gov.br/handle/iec/2015 |
Resumo: | As crianças, assim como os adultos, são susceptíveis em adquirir malária, apresentando manifestações clínicas de intensidade variável na dependência do seu grau de imunidade e da espécie de plasmódio causadora da infecção. Com o objetivo de traçar o perfil epidemiológico, clínico e laboratorial da malária por P. vivax foram avaliadas 100 crianças entre O - 14 anos de idade, de ambos os sexos, com diagnóstico positivo para P. vivax (gota espessa), no Ambulatório do Programa de Malária do Instituto Evandro Chagas, Belém- Pará, no período de janeiro de 1995 a novembro de 1996. Em relação à faixa etária, os adolescentes foram os mais acometidos pela doença (37,0%). Os casos autóctones representaram 34,0% da casuística, evidenciando a presença do paludismo nos núcleos urbanos da Região Amazônica. A febre, em 88,0% das crianças se constituiu na principal manifestação clínica inicial da doença. No 1° dia de atendimento (DO), a febre, o calafrio e a cefaléia (tríade malárica) ocorreram respectivamente em 97,0º/Ó, 91,0% e 85,0%, enquanto que a hepatomegalia em 29,0% e a esplenomegalia em 46,0% das crianças. Entre palidez e anemia, avaliada pela taxa de hemoglobina, houve uma correlação significativa (p < 0,05), verificando-se que entre as crianças pálidas, 89,2% eram anêmicas. A hemólise parece ter sido a causa básica da anemia, tendo também contribuído para sua instalação o retardo no diagnóstico (média de 12,5 dias) e o parasitismo intestinal por ancilostomídeos. Neste estudo, a desnutrição parece não ter exercido qualquer influencia sobre a anemia. Com a terapêutica, observou-se um declínio tanto no percentual de crianças com tríade malárica como no percentual de crianças com parasitemia assexuada, sendo este declínio de maior intensidade na tríade malárica. Outros sinais e sintomas (palidez, astenia, artralgia, cefaléia, colúria) ocorreram por um período de tempo maior do que o da tríade malárica, em geral, persistindo até 14 dias. As complicações presentes durante ou imediatamente após o tratamento, em 5,0% das crianças, foram pneumonia, broncopneumonia, impetigo generalizado, gastroenterite e exantema de etiologia não definida. Em relação à metodologia empregada para avaliação da hepatoesplenomegalia, a ultrassonografia abdominal mostrou-se mais sensível do que a palpação abdominal. Com o tratamento instituído, as taxas de hemoglobina, os reticulócitos e o volume corpuscular médio (VCM) tiveram um aumento significativo de DO (primeiro dia de terapêutica) para 07 (oitavo dia de terapêutica). Entretanto, em relação à concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM) houve uma diminuição significativa nos valores encontrados em 07 quando comparados aos valores de DO, possivelmente às custas de uma menor oferta de ferro para a medula óssea. |
id |
IEC-2_46a8bc1eebbf82dc116e31af53fd7799 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:patua.iec.gov.br:iec/2015 |
network_acronym_str |
IEC-2 |
network_name_str |
Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) |
repository_id_str |
|
spelling |
Ventura, Ana Maria Revorêdo da SilvaSilva, Antônio Rafael daAmorim, Claúdio Sérgio Carvalho deMoura, Eloísa Flora de ArrudaSouza, José Maria de2016-01-26T14:01:00Z2016-01-26T14:01:00Z1997VENTURA, Ana Maria Revorêdo da Silva. Malária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. 1997. 139 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical ) - Núcleo de Medicina Tropical, Instituto Evandro Chagas, Universidade Federal do Pará, Belém, 1997.https://patua.iec.gov.br/handle/iec/2015As crianças, assim como os adultos, são susceptíveis em adquirir malária, apresentando manifestações clínicas de intensidade variável na dependência do seu grau de imunidade e da espécie de plasmódio causadora da infecção. Com o objetivo de traçar o perfil epidemiológico, clínico e laboratorial da malária por P. vivax foram avaliadas 100 crianças entre O - 14 anos de idade, de ambos os sexos, com diagnóstico positivo para P. vivax (gota espessa), no Ambulatório do Programa de Malária do Instituto Evandro Chagas, Belém- Pará, no período de janeiro de 1995 a novembro de 1996. Em relação à faixa etária, os adolescentes foram os mais acometidos pela doença (37,0%). Os casos autóctones representaram 34,0% da casuística, evidenciando a presença do paludismo nos núcleos urbanos da Região Amazônica. A febre, em 88,0% das crianças se constituiu na principal manifestação clínica inicial da doença. No 1° dia de atendimento (DO), a febre, o calafrio e a cefaléia (tríade malárica) ocorreram respectivamente em 97,0º/Ó, 91,0% e 85,0%, enquanto que a hepatomegalia em 29,0% e a esplenomegalia em 46,0% das crianças. Entre palidez e anemia, avaliada pela taxa de hemoglobina, houve uma correlação significativa (p < 0,05), verificando-se que entre as crianças pálidas, 89,2% eram anêmicas. A hemólise parece ter sido a causa básica da anemia, tendo também contribuído para sua instalação o retardo no diagnóstico (média de 12,5 dias) e o parasitismo intestinal por ancilostomídeos. Neste estudo, a desnutrição parece não ter exercido qualquer influencia sobre a anemia. Com a terapêutica, observou-se um declínio tanto no percentual de crianças com tríade malárica como no percentual de crianças com parasitemia assexuada, sendo este declínio de maior intensidade na tríade malárica. Outros sinais e sintomas (palidez, astenia, artralgia, cefaléia, colúria) ocorreram por um período de tempo maior do que o da tríade malárica, em geral, persistindo até 14 dias. As complicações presentes durante ou imediatamente após o tratamento, em 5,0% das crianças, foram pneumonia, broncopneumonia, impetigo generalizado, gastroenterite e exantema de etiologia não definida. Em relação à metodologia empregada para avaliação da hepatoesplenomegalia, a ultrassonografia abdominal mostrou-se mais sensível do que a palpação abdominal. Com o tratamento instituído, as taxas de hemoglobina, os reticulócitos e o volume corpuscular médio (VCM) tiveram um aumento significativo de DO (primeiro dia de terapêutica) para 07 (oitavo dia de terapêutica). Entretanto, em relação à concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM) houve uma diminuição significativa nos valores encontrados em 07 quando comparados aos valores de DO, possivelmente às custas de uma menor oferta de ferro para a medula óssea.Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. Belém, PA, Brasil.application/octet-streamporMalária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriaisinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis1997-12-16Núcleo de Medicina TropicalUniversidade Federal do ParáMestrado AcadêmicoBelém / PAMalária / epidemiologiaDiagnóstico ClínicoTécnicas e Procedimentos de LaboratórioPlasmodium vivaxinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)instname:Instituto Evandro Chagas (IEC)instacron:IECORIGINALMalária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais.pdfMalária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais.pdfapplication/pdf67160149https://patua.iec.gov.br/bitstreams/d9af108d-203f-4f5d-b4cb-ea33d9e95231/download4757e0cdce19679066b8d4dff44f5424MD51TEXTMalária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais.pdf.txtMalária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais.pdf.txtExtracted texttext/plain100034https://patua.iec.gov.br/bitstreams/27c80d7d-9305-41c4-9f75-8292a19980ff/download48cb2e230c5f625b7b95810bef12b587MD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82182https://patua.iec.gov.br/bitstreams/3a8de114-0146-45e3-af56-af5c9ab4eba4/download11832eea31b16df8613079d742d61793MD53THUMBNAILMalária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais.pdf.jpgMalária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg2854https://patua.iec.gov.br/bitstreams/f6a4b2da-b493-4b8c-b761-fdc9e460e034/download5e52834fd6b334cf323acfcb53d1bfd6MD56iec/20152022-10-20 21:03:51.337oai:patua.iec.gov.br:iec/2015https://patua.iec.gov.brRepositório InstitucionalPUBhttps://patua.iec.gov.br/oai/requestclariceneta@iec.gov.br || Biblioteca@iec.gov.bropendoar:2022-10-20T21:03:51Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) - Instituto Evandro Chagas (IEC)falsePGI+TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmE8L2I+DQoNClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUGF0dcOhIGRldmUgY29uY2VkZXIgYW8gSW5zdGl0dXRvIEV2YW5kcm8gQ2hhZ2FzIHVtYSBMaWNlbsOnYSBkZSBEaXN0cmlidWnDp8OjbyBOw6NvIEV4Y2x1c2l2YSBwYXJhIHRvcm5hciBlIG1hbnRlciBhY2Vzc8OtdmVpcyBvcyBzZXVzIGRvY3VtZW50b3MgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLiANCg0KQ29tIGEgY29uY2Vzc8OjbyBkZXNzYSBsaWNlbsOnYSBuw6NvIGV4Y2x1c2l2YSwgbyBkZXBvc2l0YW50ZSBjb250aW51YSBhIHJldGVyIHRvZG9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yLg0KDQpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSB2b2PDqiAoYXV0b3Igb3UgZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzKQ0KDQphKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRlIHNldSBkb2N1bWVudG8uDQoNCmIpIENvbmNlZGUgYW8gSW5zdGl0dXRvIEV2YW5kcm8gQ2hhZ2FzIG8gZGlyZWl0byBuw6NvIGV4Y2x1c2l2byBkZSBhcnF1aXZhciwgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGEgc2VndWlyKSwgY29tdW5pY2FyIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBubyA8Yj5QYXR1w6E8L2I+LCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIHF1YWxxdWVyIG91dHJvIG1laW8uDQoNCmMpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIG8gSW5zdGl0dXRvIEV2YW5kcm8gQ2hhZ2FzIGEgYXJxdWl2YXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlc3NlIGRvY3VtZW50byBlIGNvbnZlcnTDqi1sbywgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBzZXUgY29udGXDumRvLCBwYXJhIHF1YWxxdWVyIGZvcm1hdG8gZGUgZmljaGVpcm8sIG1laW8gb3Ugc3Vwb3J0ZSwgcGFyYSBlZmVpdG9zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIHByZXNlcnZhw6fDo28gKGJhY2t1cCkgZSBhY2Vzc28uDQoNCmQpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIHN1Ym1ldGlkbyDDqSBvIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCBlIHF1ZSBkZXTDqW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIGEgdGVyY2Vpcm9zIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGEgZW50cmVnYSBkbyBkb2N1bWVudG8gbsOjbyBpbmZyaW5nZSBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuDQoNCmUpIERlY2xhcmEgcXVlLCBubyBjYXNvIGRvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gY29udGVyIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIG9idGV2ZSBhIGF1dG9yaXphw6fDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyByZXNwZWN0aXZvIGRldGVudG9yIGRlc3NlcyBkaXJlaXRvcywgcGFyYSBjZWRlciBhbyBJbnN0aXR1dG8gRXZhbmRybyBDaGFnYXMgb3MgZGlyZWl0b3MgcmVxdWVyaWRvcyBwb3IgZXN0YSBMaWNlbsOnYSBlIGF1dG9yaXphciBhIHV0aWxpesOhLWxvcyBsZWdhbG1lbnRlLiBEZWNsYXJhIHRhbWLDqW0gcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLg0KDQpmKSBTRSBPIERPQ1VNRU5UTyBFTlRSRUdVRSBGT1IgQkFTRUFETyBFTSBUUkFCQUxITyBGSU5BTkNJQURPIE9VIEFQT0lBRE8gUE9SIE9VVFJBIElOU1RJVFVJw4fDg08gUVVFIE7Dg08gTyBJTlNUSVRVVE8gRVZBTkRSTyBDSEFHQVMsIERFQ0xBUkEgUVVFIENVTVBSSVUgUVVBSVNRVUVSIE9CUklHQcOHw5VFUyBFWElHSURBUyBQRUxPIFJFU1BFQ1RJVk8gQ09OVFJBVE8gT1UgQUNPUkRPLg0KDQpPIEluc3RpdHV0byBFdmFuZHJvIENoYWdhcyBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbyBhbMOpbSBkbyBwcmV2aXN0byBuYSBhbMOtbmVhIGIpLg== |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Malária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais |
title |
Malária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais |
spellingShingle |
Malária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais Ventura, Ana Maria Revorêdo da Silva Malária / epidemiologia Diagnóstico Clínico Técnicas e Procedimentos de Laboratório Plasmodium vivax |
title_short |
Malária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais |
title_full |
Malária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais |
title_fullStr |
Malária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais |
title_full_unstemmed |
Malária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais |
title_sort |
Malária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais |
author |
Ventura, Ana Maria Revorêdo da Silva |
author_facet |
Ventura, Ana Maria Revorêdo da Silva |
author_role |
author |
dc.contributor.member.pt_BR.fl_str_mv |
Silva, Antônio Rafael da Amorim, Claúdio Sérgio Carvalho de Moura, Eloísa Flora de Arruda |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Ventura, Ana Maria Revorêdo da Silva |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Souza, José Maria de |
contributor_str_mv |
Souza, José Maria de |
dc.subject.decsPrimary.pt_BR.fl_str_mv |
Malária / epidemiologia Diagnóstico Clínico Técnicas e Procedimentos de Laboratório Plasmodium vivax |
topic |
Malária / epidemiologia Diagnóstico Clínico Técnicas e Procedimentos de Laboratório Plasmodium vivax |
description |
As crianças, assim como os adultos, são susceptíveis em adquirir malária, apresentando manifestações clínicas de intensidade variável na dependência do seu grau de imunidade e da espécie de plasmódio causadora da infecção. Com o objetivo de traçar o perfil epidemiológico, clínico e laboratorial da malária por P. vivax foram avaliadas 100 crianças entre O - 14 anos de idade, de ambos os sexos, com diagnóstico positivo para P. vivax (gota espessa), no Ambulatório do Programa de Malária do Instituto Evandro Chagas, Belém- Pará, no período de janeiro de 1995 a novembro de 1996. Em relação à faixa etária, os adolescentes foram os mais acometidos pela doença (37,0%). Os casos autóctones representaram 34,0% da casuística, evidenciando a presença do paludismo nos núcleos urbanos da Região Amazônica. A febre, em 88,0% das crianças se constituiu na principal manifestação clínica inicial da doença. No 1° dia de atendimento (DO), a febre, o calafrio e a cefaléia (tríade malárica) ocorreram respectivamente em 97,0º/Ó, 91,0% e 85,0%, enquanto que a hepatomegalia em 29,0% e a esplenomegalia em 46,0% das crianças. Entre palidez e anemia, avaliada pela taxa de hemoglobina, houve uma correlação significativa (p < 0,05), verificando-se que entre as crianças pálidas, 89,2% eram anêmicas. A hemólise parece ter sido a causa básica da anemia, tendo também contribuído para sua instalação o retardo no diagnóstico (média de 12,5 dias) e o parasitismo intestinal por ancilostomídeos. Neste estudo, a desnutrição parece não ter exercido qualquer influencia sobre a anemia. Com a terapêutica, observou-se um declínio tanto no percentual de crianças com tríade malárica como no percentual de crianças com parasitemia assexuada, sendo este declínio de maior intensidade na tríade malárica. Outros sinais e sintomas (palidez, astenia, artralgia, cefaléia, colúria) ocorreram por um período de tempo maior do que o da tríade malárica, em geral, persistindo até 14 dias. As complicações presentes durante ou imediatamente após o tratamento, em 5,0% das crianças, foram pneumonia, broncopneumonia, impetigo generalizado, gastroenterite e exantema de etiologia não definida. Em relação à metodologia empregada para avaliação da hepatoesplenomegalia, a ultrassonografia abdominal mostrou-se mais sensível do que a palpação abdominal. Com o tratamento instituído, as taxas de hemoglobina, os reticulócitos e o volume corpuscular médio (VCM) tiveram um aumento significativo de DO (primeiro dia de terapêutica) para 07 (oitavo dia de terapêutica). Entretanto, em relação à concentração da hemoglobina corpuscular média (CHCM) houve uma diminuição significativa nos valores encontrados em 07 quando comparados aos valores de DO, possivelmente às custas de uma menor oferta de ferro para a medula óssea. |
publishDate |
1997 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
1997 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2016-01-26T14:01:00Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2016-01-26T14:01:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
VENTURA, Ana Maria Revorêdo da Silva. Malária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. 1997. 139 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical ) - Núcleo de Medicina Tropical, Instituto Evandro Chagas, Universidade Federal do Pará, Belém, 1997. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/2015 |
identifier_str_mv |
VENTURA, Ana Maria Revorêdo da Silva. Malária por Plasmodium vivax na infância e na adolescência - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais. 1997. 139 f. Dissertação (Mestrado em Medicina Tropical ) - Núcleo de Medicina Tropical, Instituto Evandro Chagas, Universidade Federal do Pará, Belém, 1997. |
url |
https://patua.iec.gov.br/handle/iec/2015 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/octet-stream |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) instname:Instituto Evandro Chagas (IEC) instacron:IEC |
instname_str |
Instituto Evandro Chagas (IEC) |
instacron_str |
IEC |
institution |
IEC |
reponame_str |
Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) |
collection |
Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://patua.iec.gov.br/bitstreams/d9af108d-203f-4f5d-b4cb-ea33d9e95231/download https://patua.iec.gov.br/bitstreams/27c80d7d-9305-41c4-9f75-8292a19980ff/download https://patua.iec.gov.br/bitstreams/3a8de114-0146-45e3-af56-af5c9ab4eba4/download https://patua.iec.gov.br/bitstreams/f6a4b2da-b493-4b8c-b761-fdc9e460e034/download |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
4757e0cdce19679066b8d4dff44f5424 48cb2e230c5f625b7b95810bef12b587 11832eea31b16df8613079d742d61793 5e52834fd6b334cf323acfcb53d1bfd6 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá) - Instituto Evandro Chagas (IEC) |
repository.mail.fl_str_mv |
clariceneta@iec.gov.br || Biblioteca@iec.gov.br |
_version_ |
1809190032550920192 |