Malária por Plasmodium vivax em crianças e adolescentes - aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ventura, Ana Maria Revorêdo da Silva
Data de Publicação: 1999
Outros Autores: Pinto, Ana Yecê das Neves, Silva, Rita do Socorro Uchôa da, Calvosa, Vanja Suely Pachiano, Silva Filho, Manoel Gomes da, Souza, José Maria de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)
Texto Completo: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/3569
Resumo: Objetivo: Avaliação dos aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais da malária por Plasmodium vivax em crianças e adolescentes. Métodos: No ambulatório do Programa de Malária do Instituto Evandro Chagas (Belém-Pará), no período de janeiro de 1995 a novembro de 1996, foram estudadas de modo aleatório 100 crianças e adolescentes com diagnóstico positivo por gota espessa para malária por P. vivax. Elaborou-se um protocolo para avaliação dos aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais dessa patologia. Resultados: Acometimento de ambos os sexos, com predomínio entre os adolescentes (37%). As crianças e adolescentes em sua maioria (92%) adquiriram a infecção no Pará. Os casos autóctones, área metropolitana de Belém, representaram 34% da amostra. Primoinfecção ocorreu em 80% dos pacientes. Febre foi a manifestação clínica inicial mais freqüente (88%). Relato de paroxismo febril típico (febre terçã) foi obtido em somente 25% da casuística. No 1º dia de tratamento (D0) febre (97%), calafrio (91%), palidez (85%), esplenomegalia (46%) e hepatomegalia (29%) foram alguns dos sinais e sintomas observados. Houve significância estatística (p=0,0004) na correlação entre palidez (avaliação clínica) e anemia (taxa de hemoglobina). Verificou-se uma correlação negativa altamente significativa (p=0,0001) entre o retardo diagnóstico (média de 12,5 dias) e os níveis de hemoglobina. Em relação ao exame parasitológico de fezes, somente crianças e adolescentes com resultado positivo para ancilostomídeos foram significativamente mais anêmicas (p=0,0133, p=0,0075) quando comparadas com aquelas com exame coprológico positivo para outros helmintos e/ou protozoários. Conclusões: A malária acometeu crianças e adolescentes de ambos os sexos. A valorização de dados epidemiológicos e clínicos contribui para o diagnóstico precoce da doença. O retardo diagnóstico influenciou no agravamento da anemia.
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Elaborou-se um protocolo para avaliação dos aspectos epidemiológicos, clínicos e laboratoriais dessa patologia. Resultados: Acometimento de ambos os sexos, com predomínio entre os adolescentes (37%). As crianças e adolescentes em sua maioria (92%) adquiriram a infecção no Pará. Os casos autóctones, área metropolitana de Belém, representaram 34% da amostra. Primoinfecção ocorreu em 80% dos pacientes. Febre foi a manifestação clínica inicial mais freqüente (88%). Relato de paroxismo febril típico (febre terçã) foi obtido em somente 25% da casuística. No 1º dia de tratamento (D0) febre (97%), calafrio (91%), palidez (85%), esplenomegalia (46%) e hepatomegalia (29%) foram alguns dos sinais e sintomas observados. Houve significância estatística (p=0,0004) na correlação entre palidez (avaliação clínica) e anemia (taxa de hemoglobina). Verificou-se uma correlação negativa altamente significativa (p=0,0001) entre o retardo diagnóstico (média de 12,5 dias) e os níveis de hemoglobina. 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