Vacina contra rotavírus em Belém, Pará: bases epidemiológicas, inocuidade, imunogenicidade e eficácia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Linhares, Alexandre da Costa
Data de Publicação: 2002
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Digital do Instituto Evandro Chagas (Patuá)
Texto Completo: https://patua.iec.gov.br/handle/iec/2005
Resumo: Os rotavírus representam a causa mais comum de gastroenterite grave na infância, causando, com base em estimativas conservadoras, 500.000 a 600.000 óbitos a cada ano. As pesquisas sobre rotavírus na Amazônia se estabeleceram em 1977, revelando a infecção por esses agentes virais em 4 (16%) de 25 casos de gastroenterite infantil aguda atendidos em um hospital público de Belém, Pará. Estudos subseqüentes conduzidos no âmbito hospitalar revelaram que esses agentes virais se associam a pelo menos 30% dos quadros de gastroenterite aguda. Na comunidade, denotou-se incidência de 3 episódios diarréicos por criança ao ano, dos quais 8 a 10% associados aos rotavírus. Nos primeiros quatro meses de vida, as infecções assintomáticas por rotavírus prevaleceram sobre as aparentes, e, a par disso, delineou-se o fato de que o leite materno parece não proteger contra a doença causada por esses patógenos. Observou-se que as infecções por rotavírus ocorrem ao longo de todo o ano, denotando-se flutuação temporal quanto às freqüências relativas dos sorotipos/genótipos, com predominância dos tipos G1 e G2. O genótipo P[8], G1 concorreu com 30% das amostras caracterizadas. Evacuações líquidas, vômitos, náuseas, febre e desidratação prevaleceram amplamente nas diarréias por rotavírus. Em 1990 avaliaram-se a imunogenicidade, inocuidade e eficácia da vacina tetravalente, origem símio-humana, geneticamente rearranjada (RRV-TV), em 540 crianças habitantes de Belém, empregando-se a formulação 4 x 104 “unidades formadoras de placa”/dose. A administração de 3 doses aos 1º , 3º e 5º meses resultou, em síntese, nos seguintes achados: a) indução de imunoglobulina A para rotavírus em 60% e 30% das crianças que receberam vacina e placebo, respectivamente; b) febrícula do 3º ao 5º dias após a primeira dose, entre 2% a 3% das crianças vacinadas; e c) eficácia global de 35%, alcançando 57% no primeiro ano de vida. Nesse ensaio, 80% dos genótipos P se classificaram como P[8] ou P[4]. A reanálise dos indicadores da eficácia resultou em 45% de proteção frente aos episódios diarréicos graves. Já no tocante aos quadros clínicos muito graves, o nível protetor alcançou 75%. A emergência da intussuscepção como provável evento adverso da RRV-TV (“RotashieldTM”) promoveu a sua retirada do mercado, além de interromper todas as investigações com tal vacina. Recentes estimativas, contudo, minimizaram consideravelmente tal associação causal, ora traduzida em 1 caso para 66.000 a 302.000 vacinados. Em Belém, Pará ora se desenvolve estudo (fase IIb) com imunizante envolvendo rotavírus atenuado de origem humana, a cepa RIX 4414, da Glaxo SmithKline, Rixensart, Bélgica. Dada a natureza dessa amostra, afigura-se menor o risco de intussuscepção; a par disso, a sua especificidade antigênica P[8] sustenta a hipótese de amplo potencial protetor inerente a esse imunizante
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Estudos subseqüentes conduzidos no âmbito hospitalar revelaram que esses agentes virais se associam a pelo menos 30% dos quadros de gastroenterite aguda. Na comunidade, denotou-se incidência de 3 episódios diarréicos por criança ao ano, dos quais 8 a 10% associados aos rotavírus. Nos primeiros quatro meses de vida, as infecções assintomáticas por rotavírus prevaleceram sobre as aparentes, e, a par disso, delineou-se o fato de que o leite materno parece não proteger contra a doença causada por esses patógenos. Observou-se que as infecções por rotavírus ocorrem ao longo de todo o ano, denotando-se flutuação temporal quanto às freqüências relativas dos sorotipos/genótipos, com predominância dos tipos G1 e G2. O genótipo P[8], G1 concorreu com 30% das amostras caracterizadas. Evacuações líquidas, vômitos, náuseas, febre e desidratação prevaleceram amplamente nas diarréias por rotavírus. Em 1990 avaliaram-se a imunogenicidade, inocuidade e eficácia da vacina tetravalente, origem símio-humana, geneticamente rearranjada (RRV-TV), em 540 crianças habitantes de Belém, empregando-se a formulação 4 x 104 “unidades formadoras de placa”/dose. A administração de 3 doses aos 1º , 3º e 5º meses resultou, em síntese, nos seguintes achados: a) indução de imunoglobulina A para rotavírus em 60% e 30% das crianças que receberam vacina e placebo, respectivamente; b) febrícula do 3º ao 5º dias após a primeira dose, entre 2% a 3% das crianças vacinadas; e c) eficácia global de 35%, alcançando 57% no primeiro ano de vida. Nesse ensaio, 80% dos genótipos P se classificaram como P[8] ou P[4]. A reanálise dos indicadores da eficácia resultou em 45% de proteção frente aos episódios diarréicos graves. Já no tocante aos quadros clínicos muito graves, o nível protetor alcançou 75%. A emergência da intussuscepção como provável evento adverso da RRV-TV (“RotashieldTM”) promoveu a sua retirada do mercado, além de interromper todas as investigações com tal vacina. Recentes estimativas, contudo, minimizaram consideravelmente tal associação causal, ora traduzida em 1 caso para 66.000 a 302.000 vacinados. Em Belém, Pará ora se desenvolve estudo (fase IIb) com imunizante envolvendo rotavírus atenuado de origem humana, a cepa RIX 4414, da Glaxo SmithKline, Rixensart, Bélgica. Dada a natureza dessa amostra, afigura-se menor o risco de intussuscepção; a par disso, a sua especificidade antigênica P[8] sustenta a hipótese de amplo potencial protetor inerente a esse imunizanteMinistério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Instituto Evandro Chagas. 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