COMPARATIVO HISTOPATOLÓGICO DA REPARAÇÃO INTESTINAL E MUSCULAR DE COELHOS (Oryctolagus cuniculus) APÓS SUTURA COM FIOS DE QUITOSANA OU POLIGLECAPRONE: resultados parciais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Guimarães, Camila Pires de Morais Teodoro
Data de Publicação: 2019
Outros Autores: Ávila Filho, Saulo Humberto de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Multi-Science Journal
Texto Completo: https://periodicos.ifgoiano.edu.br/multiscience/article/view/1047
Resumo: A quitosana é um biomaterial que está em ascensão nas áreas biomédicas, sendo utilizado com diversos fins, devido seu potencial cicatrizante, antimicrobiano e indutor de pouca reação tecidual. Entretanto há poucos estudos sobre sua eficiência no ramo da cirurgia. Objetivou-se analisar, microscopicamente, o processo cicatricial intestinal e muscular, após o uso de fio de quitosana ou poliglecaprone empregados na cecorrafia e laparorrafia em coelhos (Oryctolagus cuniculus). Foram utilizados 42 coelhos, alocados em dois grupos, Quitosana ou Poliglecaprone, contendo 21 animais cada. Os lagomorfos foram então submetidos aos procedimentos cirúrgicos acima citados, utilizando-se os fios que nomeiam seu grupo nas suturas do intestino, musculatura e subcutâneo. No 5°, 15° e 25° dias pós-operatório, sete animais de cada grupo eram eutanasiados a fim de se colher amostras para análise histopatológica. As lâminas foram coradas com Hematoxilina & Eosina, visando avaliar semi-quantitativamente a intensidade da reação tecidual cicatricial presente nas amostras. Na análise histológica, a cicatrização muscular diferiu entre os grupos quanto a intensidade do tecido de granulação ao 15º dia pós-operatório (p=0,014), bem quanto a quantidade de células mononucleares (p=0,024) e tecido de granulação (p=0,006) ao 25° dia pós-operatório. Na análise intestinal, os grupos se diferenciaram, em todos os tempos de avaliação, quanto a intensidade do tecido de granulação (5º dia p=0,031; 15° dia p=0,027; 25° dia p=0,019). Adiciona-se que no 15° dia também se evidenciou diferença estatística na quantidade de células mononucleares (p=0,020). Por fim ao 25º dia houve diferença na quantidade de células gigantes (p=0,045). Conclui-se que o fio de quitosana estimulou de maneira mais intensa a proliferação de tecido de granulação, e assim como, o fio de poliglecaprone, foi eficaz em garantir a cicatrização do ceco e da parede do abdômen, mostrando que o primeiro fio possui potencial futuro para utilização em cirurgias que envolvam essas regiões anatômicas.
id IFGO-1_afa646ca64231a6e7f3d86b6a91d8836
oai_identifier_str oai:ojs.emnuvens.com.br:article/1047
network_acronym_str IFGO-1
network_name_str Multi-Science Journal
repository_id_str
spelling COMPARATIVO HISTOPATOLÓGICO DA REPARAÇÃO INTESTINAL E MUSCULAR DE COELHOS (Oryctolagus cuniculus) APÓS SUTURA COM FIOS DE QUITOSANA OU POLIGLECAPRONE: resultados parciaisBiomaterialCicatrizaçãoEnterorrafiaFio de suturaLaparorrafiaA quitosana é um biomaterial que está em ascensão nas áreas biomédicas, sendo utilizado com diversos fins, devido seu potencial cicatrizante, antimicrobiano e indutor de pouca reação tecidual. Entretanto há poucos estudos sobre sua eficiência no ramo da cirurgia. Objetivou-se analisar, microscopicamente, o processo cicatricial intestinal e muscular, após o uso de fio de quitosana ou poliglecaprone empregados na cecorrafia e laparorrafia em coelhos (Oryctolagus cuniculus). Foram utilizados 42 coelhos, alocados em dois grupos, Quitosana ou Poliglecaprone, contendo 21 animais cada. Os lagomorfos foram então submetidos aos procedimentos cirúrgicos acima citados, utilizando-se os fios que nomeiam seu grupo nas suturas do intestino, musculatura e subcutâneo. No 5°, 15° e 25° dias pós-operatório, sete animais de cada grupo eram eutanasiados a fim de se colher amostras para análise histopatológica. As lâminas foram coradas com Hematoxilina & Eosina, visando avaliar semi-quantitativamente a intensidade da reação tecidual cicatricial presente nas amostras. Na análise histológica, a cicatrização muscular diferiu entre os grupos quanto a intensidade do tecido de granulação ao 15º dia pós-operatório (p=0,014), bem quanto a quantidade de células mononucleares (p=0,024) e tecido de granulação (p=0,006) ao 25° dia pós-operatório. Na análise intestinal, os grupos se diferenciaram, em todos os tempos de avaliação, quanto a intensidade do tecido de granulação (5º dia p=0,031; 15° dia p=0,027; 25° dia p=0,019). Adiciona-se que no 15° dia também se evidenciou diferença estatística na quantidade de células mononucleares (p=0,020). Por fim ao 25º dia houve diferença na quantidade de células gigantes (p=0,045). Conclui-se que o fio de quitosana estimulou de maneira mais intensa a proliferação de tecido de granulação, e assim como, o fio de poliglecaprone, foi eficaz em garantir a cicatrização do ceco e da parede do abdômen, mostrando que o primeiro fio possui potencial futuro para utilização em cirurgias que envolvam essas regiões anatômicas.Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí2019-10-10info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://periodicos.ifgoiano.edu.br/multiscience/article/view/104710.33837/msj.v2i2.1047Multi-Science Journal; Vol. 2 No. 2 (2019); 33-38Multi-Science Journal; v. 2 n. 2 (2019); 33-382359-69022359-6902reponame:Multi-Science Journalinstname:Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano)instacron:IFGOporhttps://periodicos.ifgoiano.edu.br/multiscience/article/view/1047/799Copyright (c) 2019 Camila Pires de Morais Teodoro Guimarães, Saulo Humberto de Ávila Filhoinfo:eu-repo/semantics/openAccessGuimarães, Camila Pires de Morais TeodoroÁvila Filho, Saulo Humberto de2019-12-01T19:13:37Zoai:ojs.emnuvens.com.br:article/1047Revistahttps://periodicos.ifgoiano.edu.br/index.php/multisciencePUBhttps://periodicos.ifgoiano.edu.br/index.php/multiscience/oaiguilhermeifgoiano@gmail.com || multiscience@ifgoiano.edu.br || wesley.andrade@ifgoiano.edu.br2359-69022359-6902opendoar:2019-12-01T19:13:37Multi-Science Journal - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano)false
dc.title.none.fl_str_mv COMPARATIVO HISTOPATOLÓGICO DA REPARAÇÃO INTESTINAL E MUSCULAR DE COELHOS (Oryctolagus cuniculus) APÓS SUTURA COM FIOS DE QUITOSANA OU POLIGLECAPRONE: resultados parciais
title COMPARATIVO HISTOPATOLÓGICO DA REPARAÇÃO INTESTINAL E MUSCULAR DE COELHOS (Oryctolagus cuniculus) APÓS SUTURA COM FIOS DE QUITOSANA OU POLIGLECAPRONE: resultados parciais
spellingShingle COMPARATIVO HISTOPATOLÓGICO DA REPARAÇÃO INTESTINAL E MUSCULAR DE COELHOS (Oryctolagus cuniculus) APÓS SUTURA COM FIOS DE QUITOSANA OU POLIGLECAPRONE: resultados parciais
Guimarães, Camila Pires de Morais Teodoro
Biomaterial
Cicatrização
Enterorrafia
Fio de sutura
Laparorrafia
title_short COMPARATIVO HISTOPATOLÓGICO DA REPARAÇÃO INTESTINAL E MUSCULAR DE COELHOS (Oryctolagus cuniculus) APÓS SUTURA COM FIOS DE QUITOSANA OU POLIGLECAPRONE: resultados parciais
title_full COMPARATIVO HISTOPATOLÓGICO DA REPARAÇÃO INTESTINAL E MUSCULAR DE COELHOS (Oryctolagus cuniculus) APÓS SUTURA COM FIOS DE QUITOSANA OU POLIGLECAPRONE: resultados parciais
title_fullStr COMPARATIVO HISTOPATOLÓGICO DA REPARAÇÃO INTESTINAL E MUSCULAR DE COELHOS (Oryctolagus cuniculus) APÓS SUTURA COM FIOS DE QUITOSANA OU POLIGLECAPRONE: resultados parciais
title_full_unstemmed COMPARATIVO HISTOPATOLÓGICO DA REPARAÇÃO INTESTINAL E MUSCULAR DE COELHOS (Oryctolagus cuniculus) APÓS SUTURA COM FIOS DE QUITOSANA OU POLIGLECAPRONE: resultados parciais
title_sort COMPARATIVO HISTOPATOLÓGICO DA REPARAÇÃO INTESTINAL E MUSCULAR DE COELHOS (Oryctolagus cuniculus) APÓS SUTURA COM FIOS DE QUITOSANA OU POLIGLECAPRONE: resultados parciais
author Guimarães, Camila Pires de Morais Teodoro
author_facet Guimarães, Camila Pires de Morais Teodoro
Ávila Filho, Saulo Humberto de
author_role author
author2 Ávila Filho, Saulo Humberto de
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Guimarães, Camila Pires de Morais Teodoro
Ávila Filho, Saulo Humberto de
dc.subject.por.fl_str_mv Biomaterial
Cicatrização
Enterorrafia
Fio de sutura
Laparorrafia
topic Biomaterial
Cicatrização
Enterorrafia
Fio de sutura
Laparorrafia
description A quitosana é um biomaterial que está em ascensão nas áreas biomédicas, sendo utilizado com diversos fins, devido seu potencial cicatrizante, antimicrobiano e indutor de pouca reação tecidual. Entretanto há poucos estudos sobre sua eficiência no ramo da cirurgia. Objetivou-se analisar, microscopicamente, o processo cicatricial intestinal e muscular, após o uso de fio de quitosana ou poliglecaprone empregados na cecorrafia e laparorrafia em coelhos (Oryctolagus cuniculus). Foram utilizados 42 coelhos, alocados em dois grupos, Quitosana ou Poliglecaprone, contendo 21 animais cada. Os lagomorfos foram então submetidos aos procedimentos cirúrgicos acima citados, utilizando-se os fios que nomeiam seu grupo nas suturas do intestino, musculatura e subcutâneo. No 5°, 15° e 25° dias pós-operatório, sete animais de cada grupo eram eutanasiados a fim de se colher amostras para análise histopatológica. As lâminas foram coradas com Hematoxilina & Eosina, visando avaliar semi-quantitativamente a intensidade da reação tecidual cicatricial presente nas amostras. Na análise histológica, a cicatrização muscular diferiu entre os grupos quanto a intensidade do tecido de granulação ao 15º dia pós-operatório (p=0,014), bem quanto a quantidade de células mononucleares (p=0,024) e tecido de granulação (p=0,006) ao 25° dia pós-operatório. Na análise intestinal, os grupos se diferenciaram, em todos os tempos de avaliação, quanto a intensidade do tecido de granulação (5º dia p=0,031; 15° dia p=0,027; 25° dia p=0,019). Adiciona-se que no 15° dia também se evidenciou diferença estatística na quantidade de células mononucleares (p=0,020). Por fim ao 25º dia houve diferença na quantidade de células gigantes (p=0,045). Conclui-se que o fio de quitosana estimulou de maneira mais intensa a proliferação de tecido de granulação, e assim como, o fio de poliglecaprone, foi eficaz em garantir a cicatrização do ceco e da parede do abdômen, mostrando que o primeiro fio possui potencial futuro para utilização em cirurgias que envolvam essas regiões anatômicas.
publishDate 2019
dc.date.none.fl_str_mv 2019-10-10
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.ifgoiano.edu.br/multiscience/article/view/1047
10.33837/msj.v2i2.1047
url https://periodicos.ifgoiano.edu.br/multiscience/article/view/1047
identifier_str_mv 10.33837/msj.v2i2.1047
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.ifgoiano.edu.br/multiscience/article/view/1047/799
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2019 Camila Pires de Morais Teodoro Guimarães, Saulo Humberto de Ávila Filho
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2019 Camila Pires de Morais Teodoro Guimarães, Saulo Humberto de Ávila Filho
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
publisher.none.fl_str_mv Instituto Federal Goiano - Câmpus Urutaí
dc.source.none.fl_str_mv Multi-Science Journal; Vol. 2 No. 2 (2019); 33-38
Multi-Science Journal; v. 2 n. 2 (2019); 33-38
2359-6902
2359-6902
reponame:Multi-Science Journal
instname:Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano)
instacron:IFGO
instname_str Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano)
instacron_str IFGO
institution IFGO
reponame_str Multi-Science Journal
collection Multi-Science Journal
repository.name.fl_str_mv Multi-Science Journal - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano (IF Goiano)
repository.mail.fl_str_mv guilhermeifgoiano@gmail.com || multiscience@ifgoiano.edu.br || wesley.andrade@ifgoiano.edu.br
_version_ 1798325176241225728