Cabras, cabocos, acaboclados, bárbaros e bravios ou afinal como foram chamados os indígenas na história do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Alexandre Gomes Teixeira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do IFPE
Texto Completo: https://repositorio.ifpe.edu.br/xmlui/handle/123456789/642
Resumo: O presente artigo traz uma breve “história lexical” para o termo "caboclo" e outras categorias utilizadas para nomear as pessoas indígenas ao longo da história do Brasil, em particular no estado de Pernambuco. Está pesquisa se ampara majoritariamente em estudos de história lexical como os de Paiva (2015) e Almeida, Amorim e Paula (2017), bem como em estudos acerca da temática indígena e das mudanças ocorridas entre esses grupos, incluindo suas nominações ao longo da história, sobre isso podemos citar os trabalhos de Porto Alegre (1993) e Oliveira (1997; 1998) e ainda estudos do campo da análise do discurso como o de Orlandi (1990). De maneira geral, objetivou-se entender qual o percurso do uso do termo “Caboclo”, como seus sentidos foram sendo modificados ao longo do tempo e quais os desdobramentos dessas transformações. Em específico, pretende-se (1) mapear as mudanças no uso social do termo “Caboclo” numa perspectiva diacrônica; (2) analisar os sentidos atribuídos ao termo “Caboclo” e similares em diferentes contextos “textuais” e contextuais; (3) entender os desdobramentos do uso do termo “Caboclo” e seus impactos na sociedade numa perspectiva sincrônica. Para tanto, foi consultada ampla gama de fontes orais e escritas, bem como bibliografia especializada na temática proposta. A metodologia empregada neste estudo se utilizou procedimentos e técnicas das Ciências da Linguagem bem como da História e da Antropologia. Constatou-se que a confusa, porém fluida, história por trás das nominações dadas as populações indígenas por via de textos/discursos escritos e orais permanece em seu sentido de confundir o entendimento acerca da identidade indígena, especificamente quando se pensa o uso do termo "caboclo", que foi a categoria central deste estudo
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spelling 2022-07-19T14:21:12Z2022-07-19T14:21:12Z2022-06-17VIEIRA, Alexandre Gomes Teixeira. Cabras, cabocos, acaboclados, bárbaros e bravios ou afinal como foram chamados os indígenas na história do Brasil. 2022. 27 f. Monografia (Especialização) - Curso de Linguagem e Práticas Sociais, Instituto Federal de Pernambuco, Garanhuns, 2022.https://repositorio.ifpe.edu.br/xmlui/handle/123456789/642O presente artigo traz uma breve “história lexical” para o termo "caboclo" e outras categorias utilizadas para nomear as pessoas indígenas ao longo da história do Brasil, em particular no estado de Pernambuco. Está pesquisa se ampara majoritariamente em estudos de história lexical como os de Paiva (2015) e Almeida, Amorim e Paula (2017), bem como em estudos acerca da temática indígena e das mudanças ocorridas entre esses grupos, incluindo suas nominações ao longo da história, sobre isso podemos citar os trabalhos de Porto Alegre (1993) e Oliveira (1997; 1998) e ainda estudos do campo da análise do discurso como o de Orlandi (1990). De maneira geral, objetivou-se entender qual o percurso do uso do termo “Caboclo”, como seus sentidos foram sendo modificados ao longo do tempo e quais os desdobramentos dessas transformações. Em específico, pretende-se (1) mapear as mudanças no uso social do termo “Caboclo” numa perspectiva diacrônica; (2) analisar os sentidos atribuídos ao termo “Caboclo” e similares em diferentes contextos “textuais” e contextuais; (3) entender os desdobramentos do uso do termo “Caboclo” e seus impactos na sociedade numa perspectiva sincrônica. Para tanto, foi consultada ampla gama de fontes orais e escritas, bem como bibliografia especializada na temática proposta. A metodologia empregada neste estudo se utilizou procedimentos e técnicas das Ciências da Linguagem bem como da História e da Antropologia. Constatou-se que a confusa, porém fluida, história por trás das nominações dadas as populações indígenas por via de textos/discursos escritos e orais permanece em seu sentido de confundir o entendimento acerca da identidade indígena, especificamente quando se pensa o uso do termo "caboclo", que foi a categoria central deste estudoThe present article brings a brief “lexical history” to the term “caboclo” and other categories used to name the indigenous people along the Brazilian history, particularly in state of Pernambuco. This research is mainly supported by studies of lexical history such as those by Paiva (2015) and Almeida, Amorim and Paula (2017), as well as in studies about the indigenous theme and the changes that have taken place between these groups, including their nominations throughout history, In this regard, we can cite the works of Porto Alegre (1993) and Oliveira (1997; 1998) and even studies in the field of discourse analysis such as Orlandi (1990). In general, it was aimed to understand the path of the using of the term “Caboclo”, how its meaning was being modified over time and the consequences of these transformations. In specific, it is intended to (1) map the changes in the social use of the term “Caboclo” in the diachronic perspective; (2) analyze the meanings attributed to the term “Caboclo” and similar in different contextual and “textual” contexts; (3) understand the consequences of the use of the term “Caboclo” and its impacts in the society in a synchronic perspective. Therefore, a wide range of oral and written sources was consulted, as well as specialized bibliography in the proposed thematic. The methodology used in this study used procedures and techniques from the Sciences of Language as well as from History and Anthropology. It was found that the confused, but spontaneous history behind the nominations given to the indigenous people through texts and discussions, written and oral, remains in its meaning to confuse the understanding about the indigenous identity, specifically when considering the use of the term “caboclo”, which was the central category of this study27 p.ALBUQUERQUE JR., D. M. A feira dos mitos: a fabricação do folclore da cultura popular (Nordeste 1920-1950). São Paulo: Intermeios, 2013. ALBUQUERQUE, U. L. Um sertanejo e o sertão. Recife: CEPE, 2012. ALMEIDA, M. A.; AMORIM, A.; PAULA, M. H. Um cabra de cor ou um cabra da mãe: dinâmicas de sentido para “cabra” entre os séculos XVI e XIX. 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