A ATIVIDADE MANDIOQUEIRA E A FORMAÇÃO TERRITORIAL DO AGRESTE POTIGUAR

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salvador, Diego Salomão C de O
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Holos
Texto Completo: http://www2.ifrn.edu.br/ojs/index.php/HOLOS/article/view/369
Resumo: Com a concepção de que o território não deve ser entendido apenas como um limite político-administrativo, mas também como um espaço que é usado pela sociedade, pelo poder público e pelas empresas e que tem, dessa maneira, importância na formação social dos povos, buscamos, no presente artigo, apreender a participação da atividade mandioqueira (cultivo da mandioca com a sua transformação em farinha e em outros derivados) no processo de formação territorial do Agreste Potiguar. Destacamos que o processo de formação do território do Agreste Potiguar ancorou-se nas atividades de criação de gado, cultivo do algodão e culturas de subsistência (mandioca, feijão, milho etc.), por meio das quais o povo agrestino reproduziu-se socialmente e organizou seu território. Das culturas de subsistência, aquela que possuía importância para os agrestinos durante um maior período no ano era a mandioqueira, justamente por ser a mandioca uma planta resistente e que pode ser cultivada durante longos e variados ciclos. Assim sendo, a partir da realização de pesquisas bibliográfica e empírica analisamos o desencadear pretérito da atividade mandioqueira no Agreste Potiguar, asseverando que tal atividade exerceu a função primordial de cultura de subsistência no processo de formação do território em baila, apresentando-se, assim, importante para a sobrevivência de grande parte dos agrestinos. Por fim, evidenciamos, de maneira breve e preliminar, que a atividade mandioqueira vem passando por um processo de modernização no Agreste Potiguar, desde a década de 1980. Essa modernização traz à tona mudanças nas técnicas utilizadas no cultivo e na transformação da mandioca, nas relações de trabalho entre produtores de mandioca - trabalhadores e donos de casas ou de indústrias de farinha e no uso atual do território do Agreste Potiguar. Destarte, frisamos que essas transformações necessitam ser analisadas de maneira detalhada, em um próximo artigo, devido aos limites estabelecidos pelo objetivo do presente trabalho. PALAVRAS-CHAVE: Atividade mandioqueira. Formação territorial. Agreste Potiguar.
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