Filosofia africana para descolonizar olhares: perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Machado, Adilbênia Freire
Data de Publicação: 2014
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia
Texto Completo: https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/view/1854
Resumo: Resumo: O texto traz uma teia que tem como centro a Filosofia Africana; para se chegar a esse centro, no intento de trazer contribuições e perspectivas outras para “descolonizar olhares” e implicando perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais, três conceitos fundamentais serão trabalhados: ancestralidade, encantamento e alteridade. Sabe-se que a filosofia, por séculos, fora usada como meio de colonização, justificando as barbáries cometidas em nome de uma “civilização”, usurpando conhecimentos, inferiorizando os latino-americanos e, principalmente, os negros africanos. Descolonizar a filosofia implica seu ressignificar, em que a filosofia aparece a serviço da ética e o indivíduo é o bem maior. Esse ressignificar implica valorizar o que somos, re-conhecer / desejar o Outro e ir ao alcance da alteridade. Não é possível uma filosofia sem cultura, sem oralidade, sem ancestralidade. A ancestralidade é a grande articuladora, tendo a ética como fundamental nessa articulação, é “a fonte de onde emergem os elementos fundamentais da tradição africana”. O encantamento é aquilo que dá condição de alguma coisa ter sentido de mudança política, de outras construções epistemológicas, é o sustentáculo, é o que desperta e impulsiona o agir, é o que dá sentido. É esse encantamento que nos qualifica no mundo, trazendo beleza ao pensar/fazer com qualidade, ao produzir conhecimento com/desde os sentidos. É desse olhar encantado, dessa ancestralidade encarnada, dessa alteridade desejada que se constroem filosofias que se realizam como descolonizadoras, como concebemos a filosofia africana. Palavras-Chave: Filosofia Africana, Ancestralidade, Encantamento, Alteridade, Relações Étnico-raciais.  FILOSOFÍA AFRICANA PARA DESCOLONIZAR MIRADAS: PERSPECTIVAS PARA LA ENSEÑANZA DE LAS RELACIONES ÉTNICO-RACIALES Resumen: El texto ofrece una teia que tiene en su centro la filosofía africana, para llegar a este centro, en un intento de traer otras perspectivas y contribuciones a "descolonizar miradas", implicando perspectivas de la enseñanza de las relaciones étnico-raciales, trabajar tres conceptos fundamentales: ascendencia, encantamiento y alteridad. Se sabe que el siglo la filosofía había sido utilizado como un medio de la colonización, lo que justifica las atrocidades cometidas en nombre de la "civilización", usurpando el conocimiento, inferiorizando latinoamericanos y africanos, especialmente negros. Descolonizar la filosofía implica su reformulación, donde aparece en el servicio de la ética, y el individuo es el bien mayor. Esto implica el valor a replantear lo que somos, re-conhecer / desejar el Otro e caminhar en busca de la alteridad. No es possible una filosofía sin cultura, sin oralidade, sin ascendencia. Y este es el gran organizador, y la ética como crítico en esta articulación, es " la fuente de donde se desprenden los elementos fundamentales de la tradición africana". El encanto es lo que da condiciones para que algo sea condiciones del cambio político, otras construcciones epistemológicas, es el pilar, está despierto y que impulsa una acción, es lo que da sentido. Es este encantamiento que nos califica en el mundo, con lo que la belleza en el pensamiento / haciendo con calidad, producir conocimiento con / desde los sentidos. Es esa mirada encantada que encarnaba ascendencia, dessa alteridad desea que construye filosofías descolonización que se producen . Palabras-clave: filosofía africana; ascendência; encantamiento; alteridad; relaciones étnico-raciales.
id IFRS-1_cceb557f7de649253b0cdf1392f2730f
oai_identifier_str oai:ojs2.periodicos.ifrs.edu.br:article/1854
network_acronym_str IFRS-1
network_name_str Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia
repository_id_str
spelling Filosofia africana para descolonizar olhares: perspectivas para o ensino das relações étnico-raciaisResumo: O texto traz uma teia que tem como centro a Filosofia Africana; para se chegar a esse centro, no intento de trazer contribuições e perspectivas outras para “descolonizar olhares” e implicando perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais, três conceitos fundamentais serão trabalhados: ancestralidade, encantamento e alteridade. Sabe-se que a filosofia, por séculos, fora usada como meio de colonização, justificando as barbáries cometidas em nome de uma “civilização”, usurpando conhecimentos, inferiorizando os latino-americanos e, principalmente, os negros africanos. Descolonizar a filosofia implica seu ressignificar, em que a filosofia aparece a serviço da ética e o indivíduo é o bem maior. Esse ressignificar implica valorizar o que somos, re-conhecer / desejar o Outro e ir ao alcance da alteridade. Não é possível uma filosofia sem cultura, sem oralidade, sem ancestralidade. A ancestralidade é a grande articuladora, tendo a ética como fundamental nessa articulação, é “a fonte de onde emergem os elementos fundamentais da tradição africana”. O encantamento é aquilo que dá condição de alguma coisa ter sentido de mudança política, de outras construções epistemológicas, é o sustentáculo, é o que desperta e impulsiona o agir, é o que dá sentido. É esse encantamento que nos qualifica no mundo, trazendo beleza ao pensar/fazer com qualidade, ao produzir conhecimento com/desde os sentidos. É desse olhar encantado, dessa ancestralidade encarnada, dessa alteridade desejada que se constroem filosofias que se realizam como descolonizadoras, como concebemos a filosofia africana. Palavras-Chave: Filosofia Africana, Ancestralidade, Encantamento, Alteridade, Relações Étnico-raciais.  FILOSOFÍA AFRICANA PARA DESCOLONIZAR MIRADAS: PERSPECTIVAS PARA LA ENSEÑANZA DE LAS RELACIONES ÉTNICO-RACIALES Resumen: El texto ofrece una teia que tiene en su centro la filosofía africana, para llegar a este centro, en un intento de traer otras perspectivas y contribuciones a "descolonizar miradas", implicando perspectivas de la enseñanza de las relaciones étnico-raciales, trabajar tres conceptos fundamentales: ascendencia, encantamiento y alteridad. Se sabe que el siglo la filosofía había sido utilizado como un medio de la colonización, lo que justifica las atrocidades cometidas en nombre de la "civilización", usurpando el conocimiento, inferiorizando latinoamericanos y africanos, especialmente negros. Descolonizar la filosofía implica su reformulación, donde aparece en el servicio de la ética, y el individuo es el bien mayor. Esto implica el valor a replantear lo que somos, re-conhecer / desejar el Otro e caminhar en busca de la alteridad. No es possible una filosofía sin cultura, sin oralidade, sin ascendencia. Y este es el gran organizador, y la ética como crítico en esta articulación, es " la fuente de donde se desprenden los elementos fundamentales de la tradición africana". El encanto es lo que da condiciones para que algo sea condiciones del cambio político, otras construcciones epistemológicas, es el pilar, está despierto y que impulsa una acción, es lo que da sentido. Es este encantamiento que nos califica en el mundo, con lo que la belleza en el pensamiento / haciendo con calidad, producir conocimiento con / desde los sentidos. Es esa mirada encantada que encarnaba ascendencia, dessa alteridad desea que construye filosofías descolonización que se producen . Palabras-clave: filosofía africana; ascendência; encantamiento; alteridad; relaciones étnico-raciales.Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul2014-06-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionavaliado pelo paresapplication/pdfhttps://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/view/185410.35819/tear.v3.n1.a1854#Tear: Journal of Education, Science and Technology; Vol. 3 No. 1 (2014): EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE CULTURAL: AS RELAÇÕES DE GÊNERO E AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO ENSINO#Tear Revista de Educación, Ciencia y Tecnología; Vol. 3 Núm. 1 (2014): EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE CULTURAL: AS RELAÇÕES DE GÊNERO E AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO ENSINO#Tear: Revista de Educação, Ciência e Tecnologia; v. 3 n. 1 (2014): EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE CULTURAL: AS RELAÇÕES DE GÊNERO E AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO ENSINO2238-807910.35819/tear.v3.n1reponame:Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologiainstname:Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)instacron:IFRSporhttps://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/view/1854/1438Machado, Adilbênia Freireinfo:eu-repo/semantics/openAccess2019-08-25T00:37:10Zoai:ojs2.periodicos.ifrs.edu.br:article/1854Revistahttps://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tearPUBhttps://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/oai||tear@canoas.ifrs.edu.br2238-80792238-8079opendoar:2019-08-25T00:37:10Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)false
dc.title.none.fl_str_mv Filosofia africana para descolonizar olhares: perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais
title Filosofia africana para descolonizar olhares: perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais
spellingShingle Filosofia africana para descolonizar olhares: perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais
Machado, Adilbênia Freire
title_short Filosofia africana para descolonizar olhares: perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais
title_full Filosofia africana para descolonizar olhares: perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais
title_fullStr Filosofia africana para descolonizar olhares: perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais
title_full_unstemmed Filosofia africana para descolonizar olhares: perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais
title_sort Filosofia africana para descolonizar olhares: perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais
author Machado, Adilbênia Freire
author_facet Machado, Adilbênia Freire
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Machado, Adilbênia Freire
description Resumo: O texto traz uma teia que tem como centro a Filosofia Africana; para se chegar a esse centro, no intento de trazer contribuições e perspectivas outras para “descolonizar olhares” e implicando perspectivas para o ensino das relações étnico-raciais, três conceitos fundamentais serão trabalhados: ancestralidade, encantamento e alteridade. Sabe-se que a filosofia, por séculos, fora usada como meio de colonização, justificando as barbáries cometidas em nome de uma “civilização”, usurpando conhecimentos, inferiorizando os latino-americanos e, principalmente, os negros africanos. Descolonizar a filosofia implica seu ressignificar, em que a filosofia aparece a serviço da ética e o indivíduo é o bem maior. Esse ressignificar implica valorizar o que somos, re-conhecer / desejar o Outro e ir ao alcance da alteridade. Não é possível uma filosofia sem cultura, sem oralidade, sem ancestralidade. A ancestralidade é a grande articuladora, tendo a ética como fundamental nessa articulação, é “a fonte de onde emergem os elementos fundamentais da tradição africana”. O encantamento é aquilo que dá condição de alguma coisa ter sentido de mudança política, de outras construções epistemológicas, é o sustentáculo, é o que desperta e impulsiona o agir, é o que dá sentido. É esse encantamento que nos qualifica no mundo, trazendo beleza ao pensar/fazer com qualidade, ao produzir conhecimento com/desde os sentidos. É desse olhar encantado, dessa ancestralidade encarnada, dessa alteridade desejada que se constroem filosofias que se realizam como descolonizadoras, como concebemos a filosofia africana. Palavras-Chave: Filosofia Africana, Ancestralidade, Encantamento, Alteridade, Relações Étnico-raciais.  FILOSOFÍA AFRICANA PARA DESCOLONIZAR MIRADAS: PERSPECTIVAS PARA LA ENSEÑANZA DE LAS RELACIONES ÉTNICO-RACIALES Resumen: El texto ofrece una teia que tiene en su centro la filosofía africana, para llegar a este centro, en un intento de traer otras perspectivas y contribuciones a "descolonizar miradas", implicando perspectivas de la enseñanza de las relaciones étnico-raciales, trabajar tres conceptos fundamentales: ascendencia, encantamiento y alteridad. Se sabe que el siglo la filosofía había sido utilizado como un medio de la colonización, lo que justifica las atrocidades cometidas en nombre de la "civilización", usurpando el conocimiento, inferiorizando latinoamericanos y africanos, especialmente negros. Descolonizar la filosofía implica su reformulación, donde aparece en el servicio de la ética, y el individuo es el bien mayor. Esto implica el valor a replantear lo que somos, re-conhecer / desejar el Otro e caminhar en busca de la alteridad. No es possible una filosofía sin cultura, sin oralidade, sin ascendencia. Y este es el gran organizador, y la ética como crítico en esta articulación, es " la fuente de donde se desprenden los elementos fundamentales de la tradición africana". El encanto es lo que da condiciones para que algo sea condiciones del cambio político, otras construcciones epistemológicas, es el pilar, está despierto y que impulsa una acción, es lo que da sentido. Es este encantamiento que nos califica en el mundo, con lo que la belleza en el pensamiento / haciendo con calidad, producir conocimiento con / desde los sentidos. Es esa mirada encantada que encarnaba ascendencia, dessa alteridad desea que construye filosofías descolonización que se producen . Palabras-clave: filosofía africana; ascendência; encantamiento; alteridad; relaciones étnico-raciales.
publishDate 2014
dc.date.none.fl_str_mv 2014-06-20
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
avaliado pelo pares
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/view/1854
10.35819/tear.v3.n1.a1854
url https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/view/1854
identifier_str_mv 10.35819/tear.v3.n1.a1854
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://periodicos.ifrs.edu.br/index.php/tear/article/view/1854/1438
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
publisher.none.fl_str_mv Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
dc.source.none.fl_str_mv #Tear: Journal of Education, Science and Technology; Vol. 3 No. 1 (2014): EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE CULTURAL: AS RELAÇÕES DE GÊNERO E AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO ENSINO
#Tear Revista de Educación, Ciencia y Tecnología; Vol. 3 Núm. 1 (2014): EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE CULTURAL: AS RELAÇÕES DE GÊNERO E AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO ENSINO
#Tear: Revista de Educação, Ciência e Tecnologia; v. 3 n. 1 (2014): EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE CULTURAL: AS RELAÇÕES DE GÊNERO E AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NO ENSINO
2238-8079
10.35819/tear.v3.n1
reponame:Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia
instname:Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)
instacron:IFRS
instname_str Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)
instacron_str IFRS
institution IFRS
reponame_str Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia
collection Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia
repository.name.fl_str_mv Tear: Revista de Educação Ciência e Tecnologia - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS)
repository.mail.fl_str_mv ||tear@canoas.ifrs.edu.br
_version_ 1798951573887385600