ESTUDO DE CASO DE UMA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Título da fonte: | Revista Eixos Tech |
DOI: | 10.18406/2359-1269v5n12018198 |
Texto Completo: | https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/198 |
Resumo: | Introdução: Considera-se ainda um problema na saúde pública com grande relevância atualmente a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), devido seu caráter pandêmico e sua transcendência (BRASIL, 2017). No Brasil tornou-se uma grande preocupação a taxa de gestantes com HIV que tem aumentado significamente nos últimos dez anos (LIMA et al, 2017). Denomina-se transmissão vertical a transmissão do HIV de uma mãe soropositiva para o seu filho. Podendo acontecer em três momentos: durante a gravidez, trabalho de parto e parto, ou após o parto durante a amamentação. Na ausência de qualquer intervenção as taxas de transmissão podem variar entre 15% - 45%. Quando ocorre uma intervenção preventiva eficaz durante os períodos de gestação, parto e amamentação essa taxa pode ser reduzida para menos de 5%. (WHO, 2016; BRASIL, 2018). Objetivo: Discutir através da análise de prontuário como ocorreu à infecção por via transmissão vertical de uma criança atendida em um serviço de referência. Metodologia: Refere-se a um estudo de caso, descritivo. Resultados: Apresentamos um relato de estudo de caso de uma criança soropositiva para o vírus da imunodeficiência humana (HIV), diagnosticada no ano de 2015, com 02 anos de idade. Esta criança foi encaminhada ao serviço de referência, após o óbito de sua mãe, por uma equipe médica que a assistiu durante sua internação hospitalar e realizou seu diagnóstico de HIV. Realizou-se os exames de testagem rápida da criança com resultado positivo para o vírus HIV e também a coleta venosa para confirmação do resultado por outros exames. O resultado do primeiro exame de carga viral (CV), apresentou um resultado de 294. 370 copias/ml e o de contagem de células de defesa (CD4) com um resultado de 566 células/mm³. Imediatamente iniciou-se o esquema de tratamento medicamentoso com antirretrovirais. Os resultados atuais da criança, hoje com 05 anos de idade, para carga viral e CD4 apresentam respectivamente um resultado de < 40 copias/ml (Carga Viral Indetectável) e CD4 com 1085 células/mm³. Atualmente o paciente encontra-se em bom estado geral, sem doenças oportunistas e co-morbidades, com carga viral indetectável e desenvolvimento satisfatório. Conclusão: Nesse caso não podemos afirmar com exatidão em qual momento o vírus foi transmitido para a criança, devido à falta de informações de registro no prontuário. Não foi possível identificar se a mãe realizou ou não o pré-natal, qual foi o tipo de parto e se amamentou. Estas foram as limitações encontradas por ser uma pesquisa retrospectiva. Concluímos que a mãe não conhecia sua situação sorológica durante a gravidez, visto que esta foi identificada em sua internação após o nascimento da criança e, consequentemente não realizou as medidas preventivas recomendadas pelo Protocolo Clínico para Prevenção da Transmissão Vertical do HIV - Ministério da Saúde. A identificação precoce da situação sorológica da mãe e o tratamento do vírus da imunodeficiência humana (HIV), bem como o acompanhamento da carga viral nas gestantes, têm garantido uma significativa minimização dos casos da transmissão vertical em gestantes com carga viral indetectável. |
id |
IFSULMG-1_4e87f99b03ae559f2b8fee8a9b0b3887 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/198 |
network_acronym_str |
IFSULMG-1 |
network_name_str |
Revista Eixos Tech |
spelling |
ESTUDO DE CASO DE UMA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIVEnfermagemHIVGestaçãoTransmissão Vertical.Introdução: Considera-se ainda um problema na saúde pública com grande relevância atualmente a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), devido seu caráter pandêmico e sua transcendência (BRASIL, 2017). No Brasil tornou-se uma grande preocupação a taxa de gestantes com HIV que tem aumentado significamente nos últimos dez anos (LIMA et al, 2017). Denomina-se transmissão vertical a transmissão do HIV de uma mãe soropositiva para o seu filho. Podendo acontecer em três momentos: durante a gravidez, trabalho de parto e parto, ou após o parto durante a amamentação. Na ausência de qualquer intervenção as taxas de transmissão podem variar entre 15% - 45%. Quando ocorre uma intervenção preventiva eficaz durante os períodos de gestação, parto e amamentação essa taxa pode ser reduzida para menos de 5%. (WHO, 2016; BRASIL, 2018). Objetivo: Discutir através da análise de prontuário como ocorreu à infecção por via transmissão vertical de uma criança atendida em um serviço de referência. Metodologia: Refere-se a um estudo de caso, descritivo. Resultados: Apresentamos um relato de estudo de caso de uma criança soropositiva para o vírus da imunodeficiência humana (HIV), diagnosticada no ano de 2015, com 02 anos de idade. Esta criança foi encaminhada ao serviço de referência, após o óbito de sua mãe, por uma equipe médica que a assistiu durante sua internação hospitalar e realizou seu diagnóstico de HIV. Realizou-se os exames de testagem rápida da criança com resultado positivo para o vírus HIV e também a coleta venosa para confirmação do resultado por outros exames. O resultado do primeiro exame de carga viral (CV), apresentou um resultado de 294. 370 copias/ml e o de contagem de células de defesa (CD4) com um resultado de 566 células/mm³. Imediatamente iniciou-se o esquema de tratamento medicamentoso com antirretrovirais. Os resultados atuais da criança, hoje com 05 anos de idade, para carga viral e CD4 apresentam respectivamente um resultado de < 40 copias/ml (Carga Viral Indetectável) e CD4 com 1085 células/mm³. Atualmente o paciente encontra-se em bom estado geral, sem doenças oportunistas e co-morbidades, com carga viral indetectável e desenvolvimento satisfatório. Conclusão: Nesse caso não podemos afirmar com exatidão em qual momento o vírus foi transmitido para a criança, devido à falta de informações de registro no prontuário. Não foi possível identificar se a mãe realizou ou não o pré-natal, qual foi o tipo de parto e se amamentou. Estas foram as limitações encontradas por ser uma pesquisa retrospectiva. Concluímos que a mãe não conhecia sua situação sorológica durante a gravidez, visto que esta foi identificada em sua internação após o nascimento da criança e, consequentemente não realizou as medidas preventivas recomendadas pelo Protocolo Clínico para Prevenção da Transmissão Vertical do HIV - Ministério da Saúde. A identificação precoce da situação sorológica da mãe e o tratamento do vírus da imunodeficiência humana (HIV), bem como o acompanhamento da carga viral nas gestantes, têm garantido uma significativa minimização dos casos da transmissão vertical em gestantes com carga viral indetectável.IFSULDEMINAS - Campus Passos2019-05-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Pareshttps://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/19810.18406/2359-1269v5n12018198Revista Eixos Tech; v. 5 n. 1 (2018): Edição Especial - IV Semana de Enfermagem Integrada2359-1269reponame:Revista Eixos Techinstname:Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS)instacron:IFSULMGCopyright (c) 2019 Karine Vilela Nascimento, Renise Ribeiro, Josely Pinto de Mourainfo:eu-repo/semantics/openAccessNascimento, Karine VilelaRibeiro, ReniseMoura, Josely Pinto de2023-03-20T12:39:20Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/198Revistahttps://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostechPUBhttps://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/oaijoao.gomes@ifsuldeminas.edu.br || eixostech@ifsuldeminas.edu.br2359-12692359-1269opendoar:2023-03-20T12:39:20Revista Eixos Tech - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
ESTUDO DE CASO DE UMA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV |
title |
ESTUDO DE CASO DE UMA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV |
spellingShingle |
ESTUDO DE CASO DE UMA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV ESTUDO DE CASO DE UMA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV Nascimento, Karine Vilela Enfermagem HIV Gestação Transmissão Vertical. Nascimento, Karine Vilela Enfermagem HIV Gestação Transmissão Vertical. |
title_short |
ESTUDO DE CASO DE UMA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV |
title_full |
ESTUDO DE CASO DE UMA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV |
title_fullStr |
ESTUDO DE CASO DE UMA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV ESTUDO DE CASO DE UMA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV |
title_full_unstemmed |
ESTUDO DE CASO DE UMA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV ESTUDO DE CASO DE UMA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV |
title_sort |
ESTUDO DE CASO DE UMA TRANSMISSÃO VERTICAL DE HIV |
author |
Nascimento, Karine Vilela |
author_facet |
Nascimento, Karine Vilela Nascimento, Karine Vilela Ribeiro, Renise Moura, Josely Pinto de Ribeiro, Renise Moura, Josely Pinto de |
author_role |
author |
author2 |
Ribeiro, Renise Moura, Josely Pinto de |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Nascimento, Karine Vilela Ribeiro, Renise Moura, Josely Pinto de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Enfermagem HIV Gestação Transmissão Vertical. |
topic |
Enfermagem HIV Gestação Transmissão Vertical. |
description |
Introdução: Considera-se ainda um problema na saúde pública com grande relevância atualmente a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), devido seu caráter pandêmico e sua transcendência (BRASIL, 2017). No Brasil tornou-se uma grande preocupação a taxa de gestantes com HIV que tem aumentado significamente nos últimos dez anos (LIMA et al, 2017). Denomina-se transmissão vertical a transmissão do HIV de uma mãe soropositiva para o seu filho. Podendo acontecer em três momentos: durante a gravidez, trabalho de parto e parto, ou após o parto durante a amamentação. Na ausência de qualquer intervenção as taxas de transmissão podem variar entre 15% - 45%. Quando ocorre uma intervenção preventiva eficaz durante os períodos de gestação, parto e amamentação essa taxa pode ser reduzida para menos de 5%. (WHO, 2016; BRASIL, 2018). Objetivo: Discutir através da análise de prontuário como ocorreu à infecção por via transmissão vertical de uma criança atendida em um serviço de referência. Metodologia: Refere-se a um estudo de caso, descritivo. Resultados: Apresentamos um relato de estudo de caso de uma criança soropositiva para o vírus da imunodeficiência humana (HIV), diagnosticada no ano de 2015, com 02 anos de idade. Esta criança foi encaminhada ao serviço de referência, após o óbito de sua mãe, por uma equipe médica que a assistiu durante sua internação hospitalar e realizou seu diagnóstico de HIV. Realizou-se os exames de testagem rápida da criança com resultado positivo para o vírus HIV e também a coleta venosa para confirmação do resultado por outros exames. O resultado do primeiro exame de carga viral (CV), apresentou um resultado de 294. 370 copias/ml e o de contagem de células de defesa (CD4) com um resultado de 566 células/mm³. Imediatamente iniciou-se o esquema de tratamento medicamentoso com antirretrovirais. Os resultados atuais da criança, hoje com 05 anos de idade, para carga viral e CD4 apresentam respectivamente um resultado de < 40 copias/ml (Carga Viral Indetectável) e CD4 com 1085 células/mm³. Atualmente o paciente encontra-se em bom estado geral, sem doenças oportunistas e co-morbidades, com carga viral indetectável e desenvolvimento satisfatório. Conclusão: Nesse caso não podemos afirmar com exatidão em qual momento o vírus foi transmitido para a criança, devido à falta de informações de registro no prontuário. Não foi possível identificar se a mãe realizou ou não o pré-natal, qual foi o tipo de parto e se amamentou. Estas foram as limitações encontradas por ser uma pesquisa retrospectiva. Concluímos que a mãe não conhecia sua situação sorológica durante a gravidez, visto que esta foi identificada em sua internação após o nascimento da criança e, consequentemente não realizou as medidas preventivas recomendadas pelo Protocolo Clínico para Prevenção da Transmissão Vertical do HIV - Ministério da Saúde. A identificação precoce da situação sorológica da mãe e o tratamento do vírus da imunodeficiência humana (HIV), bem como o acompanhamento da carga viral nas gestantes, têm garantido uma significativa minimização dos casos da transmissão vertical em gestantes com carga viral indetectável. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-05-02 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Artigo avaliado pelos Pares |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/198 10.18406/2359-1269v5n12018198 |
url |
https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/198 |
identifier_str_mv |
10.18406/2359-1269v5n12018198 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 Karine Vilela Nascimento, Renise Ribeiro, Josely Pinto de Moura info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 Karine Vilela Nascimento, Renise Ribeiro, Josely Pinto de Moura |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
IFSULDEMINAS - Campus Passos |
publisher.none.fl_str_mv |
IFSULDEMINAS - Campus Passos |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Eixos Tech; v. 5 n. 1 (2018): Edição Especial - IV Semana de Enfermagem Integrada 2359-1269 reponame:Revista Eixos Tech instname:Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) instacron:IFSULMG |
instname_str |
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) |
instacron_str |
IFSULMG |
institution |
IFSULMG |
reponame_str |
Revista Eixos Tech |
collection |
Revista Eixos Tech |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Eixos Tech - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) |
repository.mail.fl_str_mv |
joao.gomes@ifsuldeminas.edu.br || eixostech@ifsuldeminas.edu.br |
_version_ |
1822182063610003456 |
dc.identifier.doi.none.fl_str_mv |
10.18406/2359-1269v5n12018198 |