INCIDÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À RADIODERMATITE EM PACIENTES COM CÂNCERES DE MAMA E DE CABEÇA E PESCOÇO
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Título da fonte: | Revista Eixos Tech |
Texto Completo: | https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/204 |
Resumo: | Introdução: A prática clínica em oncologia mostra que um grande número de pacientes submetidos à teleterapia apresenta radiodermatites, porém os dados de incidência dessa reação ainda são incipientes, principalmente no Brasil. Objetivos: Avaliar a incidência e o grau de radiodermatite aguda em pacientes submetidos à radioterapia para cânceres de mama e de cabeça e pescoço; e verificar a associação entre o grau de radiodermatite apresentada pelos pacientes e as variáveis sociodemográficas e clínicas. Métodos: Estudo de coorte prospectivo, realizado em um hospital oncológico de Minas Gerais, com 43 pacientes acompanhados durante a radioterapia para verificação de presença e grau de radiodermatite, pela escala RTOG (Radiotion Therapy Oncology Group). A amostra foi constituída pelos pacientes com cânceres de mama e de cabeça e pescoço, submetidos à teleterapia, no período de agosto a dezembro de 2017, segundo os critérios de inclusão: ter idade igual ou superior a 18 anos; estar em início de radioterapia e ter a pele íntegra na primeira sessão. Os pacientes foram avaliados semanalmente por duas enfermeiras e um médico radioterapeuta. Para coleta dos dados, utilizaram-se dois instrumentos: dados sócio-demográficos e clínicos, e registro das avaliações periódicas. As variáveis foram analisadas separadamente para os pacientes com câncer de mama e câncer de cabeça e pescoço, utilizando-se os testes Qui-quadrado, t-Student, e análise de sobrevivência. O projeto foi aprovado por Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: Dos 50 pacientes atendidos no serviço durante o período de coleta de dados, que se enquadravam nos critérios de inclusão, 43 participaram do estudo, sendo 17 (39,5%) com câncer de cabeça e pescoço e 26 (60,5%) com câncer de mama. A idade média foi de 58 anos (DP= 14,9), com predomínio da raça branca. Todos os pacientes incluídos na amostra apresentaram algum grau de radiodermatite, perfazendo incidência de 100%. A maioria dos pacientes apresentou radiodermatite em grau 1, tanto para o grupo com câncer de mama (16/ 61,5%) quanto para o grupo de cabeça e pescoço (14/ 82,3%). Três (17,6%) pacientes com câncer de cabeça e pescoço e oito (30,7%) com câncer de mama evoluíram para grau 2. Apenas três (11,5%) pacientes com câncer de mama apresentaram reação em grau 3, o que não foi observado em qualquer paciente com câncer de cabeça e pescoço. Nenhum paciente da amostra apresentou radiodermatite em grau 4. Para pacientes com câncer de mama, a raça branca foi preditora do desenvolvimento de graus 2 e 3, enquanto para aqueles com câncer de cabeça e pescoço, a intensidade foi associada ao não-tabagismo. Conclusões: Observou-se elevada incidência de radiodermatites, com intensidade associada à raça branca e ao não tabagismo, fatores ainda controversos na literatura. Sugere-se que estudos multicêntricos sejam realizados para melhor compreender a incidência e associações aqui encontradas. |
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