TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV: um Estudo de Caso
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Eixos Tech |
Texto Completo: | https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/226 |
Resumo: | RESUMO Introdução: A maioria da transmissão vertical ocorre durante o trabalho de parto com 65%, outras ocorrem intraútero com 35%, essencialmente nas últimas semanas de gestação e no aleitamento materno, representando um risco adicional de transmissão de 7% a 22% (LIMA et al., 2017). Nos últimos dez anos, observou-se uma tendência de queda estatisticamente significativa no Brasil com 35,7% de contaminação da gestante com vírus da imunodeficiência humana (HIV) para o recém-nascido (LIMA et al., 2017, p. 57). Essa queda de contaminação do vírus da imunodeficiência humana (HIV) da gestante para o recém-nascido pode ser explicada através das medidas preventivas implementadas (SILVA, SILVA, 2018). Essas medidas iniciaram no ano de 1997 e desse ano em diante tem reduzido o número de casos em menores de 13 anos ainda mais com o número significativo de pesquisa nessa área (MOURA, PRAÇA, 2006). Objetivo: Avaliar os fatores que influenciaram na transmissão materno-fetal do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Metodologia: Estudo de Caso, realizado em um serviço de referência, através da análise de prontuário de gestante e recém-nascido com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Resultados: Apresentamos um relato de caso de gestação onde mãe vive com HIV, no ano de 2009, sem a realização do tratamento antirretroviral até o sétimo mês de gestação. A cliente em estudo encontrava-se no terceiro trimestre gestacional quando obteve o diagnóstico positivo para o vírus, foi encaminhada para um ambulatório de referência para iniciar o tratamento antirretroviral com acompanhamento. Seu primeiro exame de carga viral (CV) e de contagem de células de defesa (CD4) apresentaram resultados de 214 cópias/ml e 980 células/mm³, respectivamente. O recém-nascido nasceu de parto normal no ano de 2009 e iniciou a profilaxia com antirretrovirais ao nascimento, conforme o protocolo vigente. Cliente não amamentou conforme orientada. O recém-nascido obteve seu diagnóstico positivo conclusivo ao completar 18 meses no ano de 2011. Iniciou imediatamente o uso dos antirretrovirais e hoje, com 9 anos, encontra-se em bom estado geral, tem adesão ao tratamento e possui carga viral (CV) indetectável. Na escola não conseguiu acompanhar a turma, teve um diagnóstico de dislexia e requer acompanhamento especializado. Conclusão: Sabe-se, que carga viral indetectável da mãe durante a gestação reduz a probabilidade de transmissão do vírus, portanto, um fator agravante nesse caso foi o diagnóstico tardio da mãe, somente no sétimo gestacional e com uma carga viral significativa. Outro agravante foi a realização do parto normal, visto que nestas condições caracteriza a necessidade de cesariana. Foram encontradas algumas limitações no decorrer da pesquisa em prontuário, devido à ausência de algumas informações importantes para elucidar melhor a situação. Constatamos que nesse caso a exposição de risco ao vírus ocorreu durante a gestação e trabalho de parto. Concluímos que, somente o diagnóstico precoce com a manutenção de carga viral indetectável, sustentada desde o início da gravidez, e a adoção das outras formas de prevenção recomendadas pelo protocolo, irão garantir baixos índices de transmissão vertical. |
id |
IFSULMG-1_d4888596489473e2c587c61e8c3acf29 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.pkp.sfu.ca:article/226 |
network_acronym_str |
IFSULMG-1 |
network_name_str |
Revista Eixos Tech |
repository_id_str |
|
spelling |
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV: um Estudo de CasoGestaçãoTransmissão VerticalHIV.RESUMO Introdução: A maioria da transmissão vertical ocorre durante o trabalho de parto com 65%, outras ocorrem intraútero com 35%, essencialmente nas últimas semanas de gestação e no aleitamento materno, representando um risco adicional de transmissão de 7% a 22% (LIMA et al., 2017). Nos últimos dez anos, observou-se uma tendência de queda estatisticamente significativa no Brasil com 35,7% de contaminação da gestante com vírus da imunodeficiência humana (HIV) para o recém-nascido (LIMA et al., 2017, p. 57). Essa queda de contaminação do vírus da imunodeficiência humana (HIV) da gestante para o recém-nascido pode ser explicada através das medidas preventivas implementadas (SILVA, SILVA, 2018). Essas medidas iniciaram no ano de 1997 e desse ano em diante tem reduzido o número de casos em menores de 13 anos ainda mais com o número significativo de pesquisa nessa área (MOURA, PRAÇA, 2006). Objetivo: Avaliar os fatores que influenciaram na transmissão materno-fetal do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Metodologia: Estudo de Caso, realizado em um serviço de referência, através da análise de prontuário de gestante e recém-nascido com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Resultados: Apresentamos um relato de caso de gestação onde mãe vive com HIV, no ano de 2009, sem a realização do tratamento antirretroviral até o sétimo mês de gestação. A cliente em estudo encontrava-se no terceiro trimestre gestacional quando obteve o diagnóstico positivo para o vírus, foi encaminhada para um ambulatório de referência para iniciar o tratamento antirretroviral com acompanhamento. Seu primeiro exame de carga viral (CV) e de contagem de células de defesa (CD4) apresentaram resultados de 214 cópias/ml e 980 células/mm³, respectivamente. O recém-nascido nasceu de parto normal no ano de 2009 e iniciou a profilaxia com antirretrovirais ao nascimento, conforme o protocolo vigente. Cliente não amamentou conforme orientada. O recém-nascido obteve seu diagnóstico positivo conclusivo ao completar 18 meses no ano de 2011. Iniciou imediatamente o uso dos antirretrovirais e hoje, com 9 anos, encontra-se em bom estado geral, tem adesão ao tratamento e possui carga viral (CV) indetectável. Na escola não conseguiu acompanhar a turma, teve um diagnóstico de dislexia e requer acompanhamento especializado. Conclusão: Sabe-se, que carga viral indetectável da mãe durante a gestação reduz a probabilidade de transmissão do vírus, portanto, um fator agravante nesse caso foi o diagnóstico tardio da mãe, somente no sétimo gestacional e com uma carga viral significativa. Outro agravante foi a realização do parto normal, visto que nestas condições caracteriza a necessidade de cesariana. Foram encontradas algumas limitações no decorrer da pesquisa em prontuário, devido à ausência de algumas informações importantes para elucidar melhor a situação. Constatamos que nesse caso a exposição de risco ao vírus ocorreu durante a gestação e trabalho de parto. Concluímos que, somente o diagnóstico precoce com a manutenção de carga viral indetectável, sustentada desde o início da gravidez, e a adoção das outras formas de prevenção recomendadas pelo protocolo, irão garantir baixos índices de transmissão vertical.IFSULDEMINAS - Campus Passos2020-03-04info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/22610.18406/2359-1269v6n12019226Revista Eixos Tech; v. 6 n. 1 (2019): Edição Especial - V Semana de Enfermagem Integrada2359-1269reponame:Revista Eixos Techinstname:Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS)instacron:IFSULMGporhttps://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/226/pdfCopyright (c) 2019 Letícia Costa Valloryinfo:eu-repo/semantics/openAccessVallory, Letícia Costa2023-03-20T12:39:26Zoai:ojs.pkp.sfu.ca:article/226Revistahttps://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostechPUBhttps://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/oaijoao.gomes@ifsuldeminas.edu.br || eixostech@ifsuldeminas.edu.br2359-12692359-1269opendoar:2023-03-20T12:39:26Revista Eixos Tech - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV: um Estudo de Caso |
title |
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV: um Estudo de Caso |
spellingShingle |
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV: um Estudo de Caso Vallory, Letícia Costa Gestação Transmissão Vertical HIV. |
title_short |
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV: um Estudo de Caso |
title_full |
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV: um Estudo de Caso |
title_fullStr |
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV: um Estudo de Caso |
title_full_unstemmed |
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV: um Estudo de Caso |
title_sort |
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV: um Estudo de Caso |
author |
Vallory, Letícia Costa |
author_facet |
Vallory, Letícia Costa |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Vallory, Letícia Costa |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Gestação Transmissão Vertical HIV. |
topic |
Gestação Transmissão Vertical HIV. |
description |
RESUMO Introdução: A maioria da transmissão vertical ocorre durante o trabalho de parto com 65%, outras ocorrem intraútero com 35%, essencialmente nas últimas semanas de gestação e no aleitamento materno, representando um risco adicional de transmissão de 7% a 22% (LIMA et al., 2017). Nos últimos dez anos, observou-se uma tendência de queda estatisticamente significativa no Brasil com 35,7% de contaminação da gestante com vírus da imunodeficiência humana (HIV) para o recém-nascido (LIMA et al., 2017, p. 57). Essa queda de contaminação do vírus da imunodeficiência humana (HIV) da gestante para o recém-nascido pode ser explicada através das medidas preventivas implementadas (SILVA, SILVA, 2018). Essas medidas iniciaram no ano de 1997 e desse ano em diante tem reduzido o número de casos em menores de 13 anos ainda mais com o número significativo de pesquisa nessa área (MOURA, PRAÇA, 2006). Objetivo: Avaliar os fatores que influenciaram na transmissão materno-fetal do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Metodologia: Estudo de Caso, realizado em um serviço de referência, através da análise de prontuário de gestante e recém-nascido com o vírus da imunodeficiência humana (HIV). Resultados: Apresentamos um relato de caso de gestação onde mãe vive com HIV, no ano de 2009, sem a realização do tratamento antirretroviral até o sétimo mês de gestação. A cliente em estudo encontrava-se no terceiro trimestre gestacional quando obteve o diagnóstico positivo para o vírus, foi encaminhada para um ambulatório de referência para iniciar o tratamento antirretroviral com acompanhamento. Seu primeiro exame de carga viral (CV) e de contagem de células de defesa (CD4) apresentaram resultados de 214 cópias/ml e 980 células/mm³, respectivamente. O recém-nascido nasceu de parto normal no ano de 2009 e iniciou a profilaxia com antirretrovirais ao nascimento, conforme o protocolo vigente. Cliente não amamentou conforme orientada. O recém-nascido obteve seu diagnóstico positivo conclusivo ao completar 18 meses no ano de 2011. Iniciou imediatamente o uso dos antirretrovirais e hoje, com 9 anos, encontra-se em bom estado geral, tem adesão ao tratamento e possui carga viral (CV) indetectável. Na escola não conseguiu acompanhar a turma, teve um diagnóstico de dislexia e requer acompanhamento especializado. Conclusão: Sabe-se, que carga viral indetectável da mãe durante a gestação reduz a probabilidade de transmissão do vírus, portanto, um fator agravante nesse caso foi o diagnóstico tardio da mãe, somente no sétimo gestacional e com uma carga viral significativa. Outro agravante foi a realização do parto normal, visto que nestas condições caracteriza a necessidade de cesariana. Foram encontradas algumas limitações no decorrer da pesquisa em prontuário, devido à ausência de algumas informações importantes para elucidar melhor a situação. Constatamos que nesse caso a exposição de risco ao vírus ocorreu durante a gestação e trabalho de parto. Concluímos que, somente o diagnóstico precoce com a manutenção de carga viral indetectável, sustentada desde o início da gravidez, e a adoção das outras formas de prevenção recomendadas pelo protocolo, irão garantir baixos índices de transmissão vertical. |
publishDate |
2020 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2020-03-04 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion Artigo avaliado pelos Pares |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/226 10.18406/2359-1269v6n12019226 |
url |
https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/226 |
identifier_str_mv |
10.18406/2359-1269v6n12019226 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://eixostech.pas.ifsuldeminas.edu.br/index.php/eixostech/article/view/226/pdf |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2019 Letícia Costa Vallory info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2019 Letícia Costa Vallory |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
IFSULDEMINAS - Campus Passos |
publisher.none.fl_str_mv |
IFSULDEMINAS - Campus Passos |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista Eixos Tech; v. 6 n. 1 (2019): Edição Especial - V Semana de Enfermagem Integrada 2359-1269 reponame:Revista Eixos Tech instname:Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) instacron:IFSULMG |
instname_str |
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) |
instacron_str |
IFSULMG |
institution |
IFSULMG |
reponame_str |
Revista Eixos Tech |
collection |
Revista Eixos Tech |
repository.name.fl_str_mv |
Revista Eixos Tech - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais (IFSULDEMINAS) |
repository.mail.fl_str_mv |
joao.gomes@ifsuldeminas.edu.br || eixostech@ifsuldeminas.edu.br |
_version_ |
1797041886824759296 |