JORGE AMADO E IVAN PEDRO DE MARTINS: APARAS DE UMA HISTÓRIA APAGADA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rullian Germann Woloski, Aline
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (Online)
Texto Completo: https://seer.ufrgs.br/index.php/revistaihgrgs/article/view/62222
Resumo: RESUMOConsiderando que a literatura é um sistema vivo, novas descobertas e acréscimos fazem parte de seu processo de renovação e continuidade. Este estudo é o primeiro resultado do pós-doutoramento iniciado em 2015 na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O corpus é inédito e compõe um acervo de mais de 1400 documentos que registram o autoexílio do escritor Jorge Amado durante os anos de 1941 e 1942 em Montevidéu e Buenos Aires. Em meio a tantos documentos, delimitou-se como objeto de pesquisa a correspondência e documentos trocados entre Jorge Amado e Ivan Pedro de Martins, que, neste momento, pertenciam à ANL e redigiam algumas de suas mais importantes obras para a literatura brasileira. O mineiro Ivan Pedro de Martins, que viria a ser reconhecido como um dos escritores de literatura de fronteira do Rio Grande do Sul, vivia, assim como Jorge Amado, em autoexílio. Foi exatamente a adversidade que aproximou Martins da região fronteiriça de São Gabriel, onde seu sogro tinha uma Estância. Foi ao vivenciar a lida diária do homem do campo do Rio Grande que escreveu Fronteira Agreste (1944) e Caminhos do Sul (1945), leituras fundamentais para os que querem conhecer a ficção gaúcha. Além da importância histórica e literária, as correspondências inéditas comprovam a amizade entre os dois escritores, uma vez que são a materialidade de opiniões literárias, desabafos sobre a situação do país, relatos de situações pessoais e partilha de vida. ABSTRACTConsidering literature as a living system, new discoveries and additions are part of its process of renewal and continuity. This study is the first result of a postdoctoral research which begun in 2015 at the Federal University of Santa Catarina (UFSC). The corpus is unpublished and composed of a collection of over 1,400 documents recording the writer Jorge Amado’s self-exile between 1941 and 1942 in Montevideo and Buenos Aires. Among the many documents, the object of the current research was limited to the correspondence and documents exchanged between Jorge Amado and Ivan Pedro de Martins, both of whom were then members of the National Alliance for Freedom (ANL) and were writing some of the most important works in Brazilian literature. Ivan Pedro de Martins was originally from the state of Minas Gerais and would be later acknowledged as one of the “border literature” writers in the state of Rio Grande do Sul, and he was living in self-exile, just like Jorge Amado. It was adversity which drew Martins closer to the border region of Sao Gabriel, where his father-in-law owned a ranch. Upon experiencing the daily life as a Rio Grande country man, he wrote Fronteira Agreste (1944) and Caminhos do Sul (1945), pieces considered to be fundamental for those who wish to get acquainted with southern Brazilian fiction. In addition to its historical and literary importance, the unpublished correspondence shows the friendship between the two writers: the material expression of literary opinions, venting about the country’s situation, records of personal situations, and life sharing.
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spelling JORGE AMADO E IVAN PEDRO DE MARTINS: APARAS DE UMA HISTÓRIA APAGADAPalavras-chaveJorge Amado. Ivan Pedro de Martins. Aliança Nacional Libertadora (ANL). / KeywordsJorge Amado. Ivan Pedro de Martins. National Alliance for Freedom (Aliança Nacional Libertadora - ANL).RESUMOConsiderando que a literatura é um sistema vivo, novas descobertas e acréscimos fazem parte de seu processo de renovação e continuidade. Este estudo é o primeiro resultado do pós-doutoramento iniciado em 2015 na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O corpus é inédito e compõe um acervo de mais de 1400 documentos que registram o autoexílio do escritor Jorge Amado durante os anos de 1941 e 1942 em Montevidéu e Buenos Aires. Em meio a tantos documentos, delimitou-se como objeto de pesquisa a correspondência e documentos trocados entre Jorge Amado e Ivan Pedro de Martins, que, neste momento, pertenciam à ANL e redigiam algumas de suas mais importantes obras para a literatura brasileira. O mineiro Ivan Pedro de Martins, que viria a ser reconhecido como um dos escritores de literatura de fronteira do Rio Grande do Sul, vivia, assim como Jorge Amado, em autoexílio. Foi exatamente a adversidade que aproximou Martins da região fronteiriça de São Gabriel, onde seu sogro tinha uma Estância. Foi ao vivenciar a lida diária do homem do campo do Rio Grande que escreveu Fronteira Agreste (1944) e Caminhos do Sul (1945), leituras fundamentais para os que querem conhecer a ficção gaúcha. Além da importância histórica e literária, as correspondências inéditas comprovam a amizade entre os dois escritores, uma vez que são a materialidade de opiniões literárias, desabafos sobre a situação do país, relatos de situações pessoais e partilha de vida. ABSTRACTConsidering literature as a living system, new discoveries and additions are part of its process of renewal and continuity. This study is the first result of a postdoctoral research which begun in 2015 at the Federal University of Santa Catarina (UFSC). The corpus is unpublished and composed of a collection of over 1,400 documents recording the writer Jorge Amado’s self-exile between 1941 and 1942 in Montevideo and Buenos Aires. Among the many documents, the object of the current research was limited to the correspondence and documents exchanged between Jorge Amado and Ivan Pedro de Martins, both of whom were then members of the National Alliance for Freedom (ANL) and were writing some of the most important works in Brazilian literature. Ivan Pedro de Martins was originally from the state of Minas Gerais and would be later acknowledged as one of the “border literature” writers in the state of Rio Grande do Sul, and he was living in self-exile, just like Jorge Amado. It was adversity which drew Martins closer to the border region of Sao Gabriel, where his father-in-law owned a ranch. Upon experiencing the daily life as a Rio Grande country man, he wrote Fronteira Agreste (1944) and Caminhos do Sul (1945), pieces considered to be fundamental for those who wish to get acquainted with southern Brazilian fiction. In addition to its historical and literary importance, the unpublished correspondence shows the friendship between the two writers: the material expression of literary opinions, venting about the country’s situation, records of personal situations, and life sharing.Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul2016-07-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://seer.ufrgs.br/index.php/revistaihgrgs/article/view/62222Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul; n. 150 (2016): REVISTA DO INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO SUL2595-70311678-3484reponame:Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (Online)instname:Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS)instacron:IHGRGSporhttps://seer.ufrgs.br/index.php/revistaihgrgs/article/view/62222/38008Rullian Germann Woloski, Alineinfo:eu-repo/semantics/openAccess2023-07-30T16:24:13Zoai:seer.ufrgs.br:article/62222Revistahttps://seer.ufrgs.br/index.php/revistaihgrgs/indexPUBhttps://seer.ufrgs.br/index.php/revistaihgrgs/oairevistaihgrgs@ufrgs.br2595-70311678-3484opendoar:2023-07-30T16:24:13Revista do Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (Online) - Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Sul (IHGRGS)false
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