Mortalidade em hospital secundário pediátrico na Libéria pós-conflito em 2009
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Data de Publicação: | 2013 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Einstein (São Paulo) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-45082013000400002 |
Resumo: | OBJETIVO: Descrever e analisar as causas de morte em um hospital secundário pediátrico (administrado pelos Médicos sem Fronteiras) na Monróvia, Libéria, 6 anos após o fim da guerra civil, para determinar a qualidade dos cuidados e a mortalidade em uma realidade com recursos limitados. MÉTODOS: Os dados foram coletados retrospectivamente de março a outubro de 2009. Os prontuários e dados laboratoriais foram revisados para verificar a causa de morte. Além disso, prontuários de pacientes com mais de 1 mês de vida com causa de morte infecciosa foram analisados, para avaliar a presença de choque séptico descompensado ou choque séptico refratário a fluidos. RESULTADOS: Do total de 8.254 pacientes admitidos, 531 morreram, com taxa de mortalidade de 6,4%. Noventa por cento dos óbitos ocorreram em crianças <5 anos. A maioria das mortes ocorreu nas primeiras 24 horas de internação. A causa principal (76%) foi doença infecciosa. Apresentaram choque séptico 78 (23,6%) pacientes com mais de 1 mês de idade e doença infecciosa, e 28 (8,6%) apresentaram choque séptico descompensado ou refratário a fluidos. CONCLUSÃO: Desde o fim da devastadora guerra civil na Libéria, o Island Hospital tem melhorado a qualidade de cuidado e diminuído a taxa de mortalidade, apesar de atuar com recursos limitados. Com base nos dados disponíveis, a mortalidade do Island Hospital aparenta ser menor do que em outras instituições liberianas e africanas, e semelhante a de outros hospitais administrados pelos Médicos sem Fronteiras na África. A explicação para esse fato é o apoio logístico e financeiro dos Médicos sem Fronteiras. A maior carga de mortalidade está relacionada a doenças infecciosas e condições neonatais. A mortalidade por sepse variou entre diferentes infecções. Isso sugere que a mortalidade ainda pode ser reduzida ao se melhorarem o tratamento e os cuidados neonatais. |
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