Pré-natal em mulheres usuárias do Sistema Único de Saúde em duas maternidades no Estado do Rio de Janeiro, Brasil: a cor importa?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fonseca,Sandra Costa
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Kale,Pauline Lorena, Silva,Katia Silveira da
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292015000200209
Resumo: Resumo Objetivos: identificar fatores associados ao pré-natal inadequado, com destaque para cor da pele, em usuárias do SUS do Estado do Rio de Janeiro (RJ), no último trimestre de 2011. Métodos: estudo de corte seccional em duas maternidades públicas no RJ. Foram entrevistadas 1790 parturientes, arroladas sequencialmente. Número de consultas e início do acompanhamento foram coletados dos cartões de pré-natal. O desfecho foi adequação do pré-natal, classificada pelo Índice de Adequação de Utilização do Pré-natal. A exposição principal foi cor da pele, além de covariáveis sociodemográficas e reprodutivas. A regressão logística multivariada usou níveis hierárquicos: variáveis predisponentes e capacitantes da utilização do pré-natal no primeiro e segundo nível, respectivamente. Resultados: a cor da pele preta manteve-se associada ao pré-natal inadequado, mesmo após ajuste para covariáveis (OR=1,37; IC95%:1,02-1,83). Gravidez adolescente (OR=1,85; IC95%:1,43-2,41); ausência de companheiro (OR=1,75; IC95%:1,38- 2,20) e multiparidade (OR=2,40; IC95%:1,49-3,85) também se associaram positivamente ao desfecho. O atendimento ao pré-natal em serviços públicos (OR=0,67; IC95%: 0,49-0,91) e primiparidade (OR=0,41; IC95%: 0,32 e 0,52) tiveram efeito protetor. Conclusões: gestantes de cor preta tiveram maior chance de realizar pré-natal inadequado no RJ. São necessárias políticas para reduzir iniquidades de raça/cor na assistência pré-natal desta população.
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