MIB 1 e p53 em lesões penianas escamosas intraepiteliais e invasoras; relações com o virus do papiloma humano (HPV)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Maria Geruza Marques
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Ferreira, Francisco Valdeci Almeida, Ferreira, Selma Nogueira Holanda, Lima, Sônia Maria Sucupira, Rocha Filho, Francisco Dário, Ribeiro, Ana Virgínia MF, Rabenhorst, Sílvia H, Mesquita, Susana M, Ferreira, Glauber, Amorim, Luiza HM
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Revista Brasileira de Cancerologia (Online)
Texto Completo: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/2260
Resumo: O objetivo deste estudo foi investigar o índice de proliferação celular (MIB-1) e a expressão de p53 em 24 carcinomas escamosos invasores (CEC), 7 lesões de alto grau (LIMAG) e 11 de baixo grau (LIMBG) do pênis, segundo a idade. Além do percentual, MIB1 e p53 foram avaliados por escores (baixos, de 1 a 5 e altos, de 6 a 9) segundo o grau de dispersão (1 a 3) de núcleos marcados versus intensidade da reação (1 a 3). A presença do HPV foi estimada pelos sinetes citohistopatológicos em todos os casos e, em 20 CEC, por hibridização in situ com sonda de amplo espectro. Resultados: a idade média (anos) foi de 62,3 nos CEC, de 41,6 nas LIMAG e 33,2 nas LIMBG. MIB1 foi expresso em 46,1% (LIMAG), 34,5% (CEC) e 13,3% (LIMBG). A p53 mostrou -se expressa nas LIMBG (90,9%), nos CEC (70,9% ) e nas LIMAG (57,1%). Todavia, os escores mais altos de MIB1 e de p53 (6 a 9) predominaram nos carcinomas e nas lesões de alto grau. Os sinetes associados ao HPV foram vistos em 100% das LIMAG, 87% dos CEC e 72,7% das LIMBG. O DNA do HPV foi detectado em 30% dos CEC (6/20). Conclusões: a p53 e o MIB1 mostraram-se avaliadores independentes, mais relacionados à gravidade da lesão; não houve relação significativa entre idade, p53 e MIB1. As lesões intraepiteliais ocorreram em faixas etárias semelhantes às descritas para a vulva e o colo uterino; todavia, o carcinoma peniano é mais tardio. Houve nítida associação com os sinetes de HPV porém a HIS mostrou baixa sensibilidade nos CEC (30%). O incremento dos escores de p53 com o grau da lesão sugere que de início há acúmulo por hiperfunção e inibição (pelas proteínas do HPV),as mutações ocorrendo durante a progressão. Já o MIB1 evidenciou que papilomas podem ter escores altos e CEC escores baixos (mormente os verrucosos, de comportamento mais loco-regional)
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spelling MIB 1 e p53 em lesões penianas escamosas intraepiteliais e invasoras; relações com o virus do papiloma humano (HPV)MIB 1 and p53 in penile intraepithelial and invasive squamous HPV – related lesionsSquamous Cell CarcinomaPenile NeoplasmsHuman PapillomavirusIn SituHybridizationp53MIB-1Carcinoma de Células EscamosasNeoplasias PenianasPapillomavirus HumanoHibridização In Situp53MIB-1O objetivo deste estudo foi investigar o índice de proliferação celular (MIB-1) e a expressão de p53 em 24 carcinomas escamosos invasores (CEC), 7 lesões de alto grau (LIMAG) e 11 de baixo grau (LIMBG) do pênis, segundo a idade. Além do percentual, MIB1 e p53 foram avaliados por escores (baixos, de 1 a 5 e altos, de 6 a 9) segundo o grau de dispersão (1 a 3) de núcleos marcados versus intensidade da reação (1 a 3). A presença do HPV foi estimada pelos sinetes citohistopatológicos em todos os casos e, em 20 CEC, por hibridização in situ com sonda de amplo espectro. Resultados: a idade média (anos) foi de 62,3 nos CEC, de 41,6 nas LIMAG e 33,2 nas LIMBG. MIB1 foi expresso em 46,1% (LIMAG), 34,5% (CEC) e 13,3% (LIMBG). A p53 mostrou -se expressa nas LIMBG (90,9%), nos CEC (70,9% ) e nas LIMAG (57,1%). Todavia, os escores mais altos de MIB1 e de p53 (6 a 9) predominaram nos carcinomas e nas lesões de alto grau. Os sinetes associados ao HPV foram vistos em 100% das LIMAG, 87% dos CEC e 72,7% das LIMBG. O DNA do HPV foi detectado em 30% dos CEC (6/20). Conclusões: a p53 e o MIB1 mostraram-se avaliadores independentes, mais relacionados à gravidade da lesão; não houve relação significativa entre idade, p53 e MIB1. As lesões intraepiteliais ocorreram em faixas etárias semelhantes às descritas para a vulva e o colo uterino; todavia, o carcinoma peniano é mais tardio. Houve nítida associação com os sinetes de HPV porém a HIS mostrou baixa sensibilidade nos CEC (30%). O incremento dos escores de p53 com o grau da lesão sugere que de início há acúmulo por hiperfunção e inibição (pelas proteínas do HPV),as mutações ocorrendo durante a progressão. Já o MIB1 evidenciou que papilomas podem ter escores altos e CEC escores baixos (mormente os verrucosos, de comportamento mais loco-regional)The aim of this investigation was to study the cell proliferation index (MIB-1) and p53 expression in 24 invasive squamous cell lesions (ISL, CEC), 7 high-grade squamous cell intraepithelial lesions (HSIL) and 11 low-grade intraepithelial lesions(LSIL) of the penis; and correlate them with age, HPV occurrence and the histopathological features. In addition, HPV status was detected by in situ hybridization (ISH) in 20 invasive lesions. MIB1 and p53 expressions were evaluated by percentiles and scores ( 1 to 9, according dispersion of marked nuclei plus reaction intensity) Results: the mean age of occurrence was 62.3 yrs for the ISL; 41.6 yrs for HSIL and 33.2 yrs in the case of LSIL. The MIB-1 showed its highest expression in HSIL (46.1%), followed by the ISL (34.5%), and the LSIL (13.3%). p53 over-expression was mainly seen in 90.9% of LSIL; in 70.9% of ISL and in 57.1% of HSIL The cytohistopathological signals for HPV were seen in 72.7% of low grade lesions, in 87% of the invasive lesion and 100% of the severe dysplasia. The HPV-DNA was detected in 30% of the ISL. In conclusion, MIB-1 and p53 showed to be independent markers and were straight related to the progression and severity of these lesions. The p53 scores increased from the low to the high grade and invasive lesions and probably suggests an early inhibition by HPV proteins, mutations coming up later. There is a clear age-related prevalence of lesions, similar to the vulvar and cervical HPV related-lesions’ evolution, but penile carcinoma is delayed.INCA2002-03-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigos, Avaliado pelos paresapplication/pdfhttps://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/226010.32635/2176-9745.RBC.2002v48n1.2260Revista Brasileira de Cancerologia; Vol. 48 No. 1 (2002): Jan./Feb./Mar.; 29-37Revista Brasileira de Cancerologia; Vol. 48 Núm. 1 (2002): ene./feb./mar.; 29-37Revista Brasileira de Cancerologia; v. 48 n. 1 (2002): jan./fev./mar.; 29-372176-9745reponame:Revista Brasileira de Cancerologia (Online)instname:Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)instacron:INCAenghttps://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/2260/1410Fernandes, Maria Geruza Marques Ferreira, Francisco Valdeci AlmeidaFerreira, Selma Nogueira HolandaLima, Sônia Maria SucupiraRocha Filho, Francisco DárioRibeiro, Ana Virgínia MFRabenhorst, Sílvia HMesquita, Susana MFerreira, GlauberAmorim, Luiza HMinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-11-29T20:39:50Zoai:rbc.inca.gov.br:article/2260Revistahttps://rbc.inca.gov.br/index.php/revistaPUBhttps://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/oairbc@inca.gov.br0034-71162176-9745opendoar:2021-11-29T20:39:50Revista Brasileira de Cancerologia (Online) - Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)false
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