DESCRIÇÃO DO PRONOME CLÍTICO 'ME' EM CARTAS PESSOAIS DE DUAS REGIÕES NORDESTINAS
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Scientia Generalis |
Texto Completo: | https://scientiageneralis.com.br/index.php/SG/article/view/556 |
Resumo: | Neste artigo, buscamos descrever o comportamento sintático-discursivo do pronome me em dois materiais epistolares de duas regiões do nordeste do Brasil: Sertão de Pernambuco e Recôncavo da Bahia. Nosso trabalho está inserido no campo da Linguística e utiliza como aporte teórico-metodológico os pressupostos do Funcionalismo, com os autores: Hopper e Thompson (1980), Neves (2012), Fuzer e Cabral (2014) e Halliday e Matthiessen (2014). Bem como, a Teoria da Gramática de Valências, com: Neves (2000), Welker (2005), Perini (2007) e Rodrigues (2007). Como metodologia da nossa pesquisa, realizamos os seguintes passos: recorte dos contextos em que o fenômeno aparece nos corpora, levantamento dos dados sócio-históricos dos missivistas, classificamos o pronome me de acordo com as gramáticas e trabalhos investigados e analisamos a valência verbal, juntamente com os pressupostos do Funcionalismo. Nesse sentido, como resultado da nossa análise, a respeito das funcionalidades do clítico me, observamos que as gramáticas tradicionais e gramaticas descritivas não abarcam as particularidades do pronome dativo ético, ao não mencionarem sua capacidade de ser uma partícula discursiva, um elemento comutável com zero na estrutura frasal, não actante, mas que no contexto comunicativo posiciona escrevente e pode estar associada a questões de moralidade e afetividade, algo que é investigado em algumas pesquisas de cunho funcionalista. |
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DESCRIÇÃO DO PRONOME CLÍTICO 'ME' EM CARTAS PESSOAIS DE DUAS REGIÕES NORDESTINASDESCRIPTION OF THE CLITIC PRONOUN 'ME' IN PERSONAL LETTERS FROM TWO NORTHEASTERN REGIONSDESCRIPCIÓN DEL PRONOMBRE CLÍTICO 'YO' EN CARTAS PERSONALES DE DOS REGIONES DEL NORESTEpronombre yofuncionalismovalenciadativoclitic mefunctionalismvalencedativeclítico mefuncionalismovalênciadativoNeste artigo, buscamos descrever o comportamento sintático-discursivo do pronome me em dois materiais epistolares de duas regiões do nordeste do Brasil: Sertão de Pernambuco e Recôncavo da Bahia. Nosso trabalho está inserido no campo da Linguística e utiliza como aporte teórico-metodológico os pressupostos do Funcionalismo, com os autores: Hopper e Thompson (1980), Neves (2012), Fuzer e Cabral (2014) e Halliday e Matthiessen (2014). Bem como, a Teoria da Gramática de Valências, com: Neves (2000), Welker (2005), Perini (2007) e Rodrigues (2007). Como metodologia da nossa pesquisa, realizamos os seguintes passos: recorte dos contextos em que o fenômeno aparece nos corpora, levantamento dos dados sócio-históricos dos missivistas, classificamos o pronome me de acordo com as gramáticas e trabalhos investigados e analisamos a valência verbal, juntamente com os pressupostos do Funcionalismo. Nesse sentido, como resultado da nossa análise, a respeito das funcionalidades do clítico me, observamos que as gramáticas tradicionais e gramaticas descritivas não abarcam as particularidades do pronome dativo ético, ao não mencionarem sua capacidade de ser uma partícula discursiva, um elemento comutável com zero na estrutura frasal, não actante, mas que no contexto comunicativo posiciona escrevente e pode estar associada a questões de moralidade e afetividade, algo que é investigado em algumas pesquisas de cunho funcionalista.This paper describes the syntactic-discursive behavior of the pronoun me in two epistolary materials from two different regions of Northeastern Brazil: Sertão of Pernambuco and Recôncavo in Bahia. Theoretically, this article is based on the Functionalism theories in linguistics, namely: Hopper and Thompson (1980), Neves (2012), Fuzer and Cabral (2014), and Halliday and Matthiessen (2014). It is also supported by the Valence Theory Grammar, which is approached according to: Neves (2000), Welker (2005), Perini (2007), and Rodrigues (2007). As part of its research methodology, the following steps were carried out: the selection of the contexts in which the phenomenon appears in the corpora, the collection of the socio-historical data regarding the missivists', the grammatical classification of the pronoun me, and the analysis of the verbal valence, accordingly with the assumptions of Functionalism. As a result of the analysis of the functionalities of the clitic me, it was observed that traditional grammars and descriptive grammars do not cover the particularities of the ethical dative pronoun, as they do not mention its capacity to be a discursive particle, a zero-switchable element in the sentence structure, not an actant, but in the communicative context it positions the writer and it can be associated with matters of morality and affection.Este artículo describe el comportamiento sintáctico-discursivo del pronombre yo en dos materiales epistolares de dos regiones diferentes del Nordeste de Brasil: Sertão de Pernambuco y Recôncavo en Bahía. Teóricamente, este artículo se basa en las teorías del funcionalismo en lingüística, a saber: Hopper y Thompson (1980), Neves (2012), Fuzer y Cabral (2014) y Halliday y Matthiessen (2014). También se apoya en la Gramática de la Teoría de Valencia, que se aborda de acuerdo con: Neves (2000), Welker (2005), Perini (2007) y Rodrigues (2007). Como parte de su metodología de investigación, se llevaron a cabo los siguientes pasos: la selección de los contextos en los que aparece el fenómeno en los corpus, la recolección de los datos socio-históricos sobre los misivistas, la clasificación gramatical del pronombre me y el análisis de la valencia verbal, de acuerdo con los supuestos del funcionalismo. Como resultado del análisis de las funcionalidades del yo clítico, se observó que las gramáticas tradicionales y las gramáticas descriptivas no cubren las particularidades del pronombre dativo ético, pues no mencionan su capacidad de ser una partícula discursiva, un elemento conmutable a cero en la estructura de la oración, no un actante, pero en el contexto comunicativo posiciona al escritor y puede asociarse a cuestiones de moralidad y afecto.Scientia GeneralisScientia GeneralisScientia Generalis2024-04-18info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://scientiageneralis.com.br/index.php/SG/article/view/55610.22289/sg.V5N1A427363/v5n1a4Scientia Generalis; v. 5 n. 1 (2024); 39-55Scientia Generalis; Vol. 5 No. 1 (2024); 39-55Scientia Generalis; Vol. 5 Núm. 1 (2024); 39-552675-299910.22289/sg.V5N127363/v5n1reponame:Scientia Generalisinstname:Publicação independenteinstacron:INDEPporhttps://scientiageneralis.com.br/index.php/SG/article/view/556/428Copyright (c) 2024 Tais Nascimento, Técio Macedo https://creativecommons.org/licenses/by-sa/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessNascimento, TaisMacedo , Técio2024-04-18T19:52:52Zoai:ojs2.scientiageneralis.com.br:article/556Revistahttps://scientiageneralis.com.br/index.php/SGPRIhttps://scientiageneralis.com.br/index.php/SG/oaieditor@scientiageneralis.com.br2675-29992675-2999opendoar:2024-04-18T19:52:52Scientia Generalis - Publicação independentefalse |
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