Sistemática de Seirinae Yosii, 1961 sensu Zhang & Deharveng, 2015 (Collembola: Entomobryidae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12354 |
Resumo: | Seirinae Yosii, 1961 é a terceira maior subfamília de Entomobryidae (~1.800 spp.) com 210 espécies nominais. Atualmente Seirinae tem dois gêneros, Seira Lubbock, 1870 com ampla distribuição contendo 205 espécies, e Tyrannoseira Bellini and Zeppelini, 2011 com 5 espécies endêminas do nordeste Brasileiro. Além desses, Lepidocyrtinus Börner, 1903, Ctenocyrtinus Arlé, 1959 e Austroseira Yoshii and Suhardjono, 1992 são outros táxons considerado atualmente como sinônimos júnior de Seira, cujas validades genéricas ou subgenéricas têm sido discutidas devido a seus caracteres diagnósticos duvidosos para taxonomia atual. Estudos cladísticos com Seirinae são limitados a análises contendo menos de 2% das espécies descritas, todas do gênero Seira, portanto os demais subgêneros nunca foram utilizados em análises filogenéticas. Aqui é apresentada uma análise cladística de Seirinae baseada em 285 caracteres morfológicos codificados a partir de 120 táxons terminais de Entomobryidae (68 nominais), dos quais 108 são representados por espécies de Seirinae. Além disso, os três principais táxons de Seirinae são estudados taxonomicamente e novas diagnoses são propostas. A análise filogenética recuperou a seguinte proposta para as quatro subfamílias de Entomobryidae: Heteromurinae + (Lepidocyrtinae + (Entomobryinae + Seirinae)). Seirinae foi recuperada a partir de seis sinapomorfias, das quais três delas eram desconhecidas até o momento, e que aqui são incorporadas como diagnósticas. As relações genéricas recuperadas na nossa hipótese foram: Lepidocyrtinus + (Austroseira + (Seira s. str. + Seira), e consequente Lepidocyrtinusini trib. nov. foi proposta para abrigar 28 espécies de Lepidocyrtinus; e Seirini para os demais táxons, incluindo Tyrannoseira, agora como um dos subgrupos de Seira. Novas diagnoses para Seira, Tyrannoseira e Lepidocyrtinus são propostas, incluindo padrões de quetotaxia dorsal específicos para cada táxon. No total 19 espécies de Seirinae são revisadas e redescritas distribuídas em Seira (5 spp.), Tyrannoseira (5 spp.) e Lepidocyrtinus (9 spp.), baseadas em tipos primários e secundários, além de neótipos designados quando necessário. Além disso, 20 novas espécies são descritas, sendo 6 de Seira e 14 de Lepidocyrtinus provenientes da África do Sul (continental e de Madagascar), Espanha e Brasil. Seirinae agora abriga três gêneros válidos (Austroseira, Seira e Lepidocyrtinus) que juntos somam 231 espécies nominais, das quais 32% foram testadas filogeneticamente.vii |
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Cipola, Nikolas GioiaBellini, Bruno CavalcanteMorais, José Wellington de2020-02-17T19:58:25Z2020-02-17T19:58:25Z2018-11-29https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12354//lattes.cnpq.br/0655630047112127Seirinae Yosii, 1961 é a terceira maior subfamília de Entomobryidae (~1.800 spp.) com 210 espécies nominais. Atualmente Seirinae tem dois gêneros, Seira Lubbock, 1870 com ampla distribuição contendo 205 espécies, e Tyrannoseira Bellini and Zeppelini, 2011 com 5 espécies endêminas do nordeste Brasileiro. Além desses, Lepidocyrtinus Börner, 1903, Ctenocyrtinus Arlé, 1959 e Austroseira Yoshii and Suhardjono, 1992 são outros táxons considerado atualmente como sinônimos júnior de Seira, cujas validades genéricas ou subgenéricas têm sido discutidas devido a seus caracteres diagnósticos duvidosos para taxonomia atual. Estudos cladísticos com Seirinae são limitados a análises contendo menos de 2% das espécies descritas, todas do gênero Seira, portanto os demais subgêneros nunca foram utilizados em análises filogenéticas. Aqui é apresentada uma análise cladística de Seirinae baseada em 285 caracteres morfológicos codificados a partir de 120 táxons terminais de Entomobryidae (68 nominais), dos quais 108 são representados por espécies de Seirinae. Além disso, os três principais táxons de Seirinae são estudados taxonomicamente e novas diagnoses são propostas. A análise filogenética recuperou a seguinte proposta para as quatro subfamílias de Entomobryidae: Heteromurinae + (Lepidocyrtinae + (Entomobryinae + Seirinae)). Seirinae foi recuperada a partir de seis sinapomorfias, das quais três delas eram desconhecidas até o momento, e que aqui são incorporadas como diagnósticas. As relações genéricas recuperadas na nossa hipótese foram: Lepidocyrtinus + (Austroseira + (Seira s. str. + Seira), e consequente Lepidocyrtinusini trib. nov. foi proposta para abrigar 28 espécies de Lepidocyrtinus; e Seirini para os demais táxons, incluindo Tyrannoseira, agora como um dos subgrupos de Seira. Novas diagnoses para Seira, Tyrannoseira e Lepidocyrtinus são propostas, incluindo padrões de quetotaxia dorsal específicos para cada táxon. No total 19 espécies de Seirinae são revisadas e redescritas distribuídas em Seira (5 spp.), Tyrannoseira (5 spp.) e Lepidocyrtinus (9 spp.), baseadas em tipos primários e secundários, além de neótipos designados quando necessário. Além disso, 20 novas espécies são descritas, sendo 6 de Seira e 14 de Lepidocyrtinus provenientes da África do Sul (continental e de Madagascar), Espanha e Brasil. Seirinae agora abriga três gêneros válidos (Austroseira, Seira e Lepidocyrtinus) que juntos somam 231 espécies nominais, das quais 32% foram testadas filogeneticamente.viiSeirinae Yosii, 1961 is the third largest subfamily of Entomobryidae (~ 1,800 spp.) with 210 nominal species. Currently Seirinae gathers two genera, Seira Lubbock, 1870 with wide distribution holding 205 species, and Tyrannoseira Bellini and Zeppelini, 2011 with 5 endemic species from Brazilian northeastern region. In addition to these, Lepidocyrtinus Börner, 1903, Ctenocyrtinus Arlé, 1959 and Austroseira Yoshii and Suhardjono, 1992 are other taxa currently considered as junior synonyms of Seira, which generic or subgeneric validity has been discussed due to theirs doubtful diagnostic characters for current taxonomy. Cladistic studies with Seirinae are limited to analyze less than 2% of the described species, all from Seira, while the other genera were never being used in phylogenetic analyzes. Here we present a cladistic analysis of Seirinae based on 285 morphological characters encoded from 120 terminals of Entomobryidae (68 nominal), of which 108 are represented by Seirinae species. In addition, the three main taxa of Seirinae are taxonomically studied and new diagnoses are proposed. Phylogenetic analyses recovered the following proposal for the four subfamilies of Entomobryidae: Heteromurinae + (Lepidocyrtinae + (Entomobryinae + Seirinae)). Seirinae was recovered based on six synapomorphies, three of which were unknown until now, and all of them are incorporated here as diagnostic. The generic relations recovered in our hypothesis were: Lepidocyrtinus + (Austroseira + (Seira s. str. + Seira), and consequently Lepidocyrtinusini trib. nov. was proposed to house 28 species of Lepidocyrtinus; and Seirini for the other taxa, including Tyrannoseira, now a subgroup of Seira. New diagnoses for Seira, Tyrannoseira and Lepidocyrtinus are proposed, including specific dorsal chaetotaxy patterns for each taxon. In total, 19 Seirinae species are reviewed and redescribed distributed in: Seira (5 spp.), Tyrannoseira (5 spp.) and Lepidocyrtinus (9 spp.), based on primary and secondary types, as well as designated neotypes whenever necessary. In addition, 20 new species are described, 6 of Seira and 14 of Lepidocyrtinus from South Africa (continental and from Madagascar), Spain and Brazil. Seirinae now gathers three valid genera (Austroseira, Seira and Lepidocyrtinus) that together add up to 231 nominal species, of which 32% have been phylogenetically tested.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPAEntomologiaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessCollembolaQuetotaxiaSeiralepidocyrtinusSistemática de Seirinae Yosii, 1961 sensu Zhang & Deharveng, 2015 (Collembola: Entomobryidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALTese_INPA (4).pdfTese_INPA (4).pdfapplication/pdf24241451https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/12354/1/Tese_INPA%20%284%29.pdfff5ae1e1a506205adc6a3f2bb2b7a87fMD511/123542020-04-09 23:12:49.014oai:repositorio:1/12354Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-04-10T03:12:49Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
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Seirinae Yosii, 1961 é a terceira maior subfamília de Entomobryidae (~1.800 spp.) com 210 espécies nominais. Atualmente Seirinae tem dois gêneros, Seira Lubbock, 1870 com ampla distribuição contendo 205 espécies, e Tyrannoseira Bellini and Zeppelini, 2011 com 5 espécies endêminas do nordeste Brasileiro. Além desses, Lepidocyrtinus Börner, 1903, Ctenocyrtinus Arlé, 1959 e Austroseira Yoshii and Suhardjono, 1992 são outros táxons considerado atualmente como sinônimos júnior de Seira, cujas validades genéricas ou subgenéricas têm sido discutidas devido a seus caracteres diagnósticos duvidosos para taxonomia atual. Estudos cladísticos com Seirinae são limitados a análises contendo menos de 2% das espécies descritas, todas do gênero Seira, portanto os demais subgêneros nunca foram utilizados em análises filogenéticas. Aqui é apresentada uma análise cladística de Seirinae baseada em 285 caracteres morfológicos codificados a partir de 120 táxons terminais de Entomobryidae (68 nominais), dos quais 108 são representados por espécies de Seirinae. Além disso, os três principais táxons de Seirinae são estudados taxonomicamente e novas diagnoses são propostas. A análise filogenética recuperou a seguinte proposta para as quatro subfamílias de Entomobryidae: Heteromurinae + (Lepidocyrtinae + (Entomobryinae + Seirinae)). Seirinae foi recuperada a partir de seis sinapomorfias, das quais três delas eram desconhecidas até o momento, e que aqui são incorporadas como diagnósticas. As relações genéricas recuperadas na nossa hipótese foram: Lepidocyrtinus + (Austroseira + (Seira s. str. + Seira), e consequente Lepidocyrtinusini trib. nov. foi proposta para abrigar 28 espécies de Lepidocyrtinus; e Seirini para os demais táxons, incluindo Tyrannoseira, agora como um dos subgrupos de Seira. Novas diagnoses para Seira, Tyrannoseira e Lepidocyrtinus são propostas, incluindo padrões de quetotaxia dorsal específicos para cada táxon. No total 19 espécies de Seirinae são revisadas e redescritas distribuídas em Seira (5 spp.), Tyrannoseira (5 spp.) e Lepidocyrtinus (9 spp.), baseadas em tipos primários e secundários, além de neótipos designados quando necessário. Além disso, 20 novas espécies são descritas, sendo 6 de Seira e 14 de Lepidocyrtinus provenientes da África do Sul (continental e de Madagascar), Espanha e Brasil. Seirinae agora abriga três gêneros válidos (Austroseira, Seira e Lepidocyrtinus) que juntos somam 231 espécies nominais, das quais 32% foram testadas filogeneticamente.vii |
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