Morfogênese, caracterização temporal e efeito da remoção das reservas em estádios pós-embrionários de três espécies de palmeiras (Arecaceae: Arecoideae)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12854 http://lattes.cnpq.br/4173711530554514 |
Resumo: | Este trabalho apresentou dados morfológicos, anatômicos para a compreensão do processo de organogênese ao longo do crescimento inicial de três palmeiras amazônicas: Astrocaryum acaule, Attalea attaleoides e Attalea microcarpa. As espécies apresentam diferenças no tipo de desenvolvimento pós-germinativo, bem como em sua morfologia interna, sendo estas mais pronunciadas entre espécies de gêneros diferentes. Em Astrocaryum acaule a germinação é adjacente, com formação de um coleóptilo acima da bainha cotiledonar. A germinação é desuniforme, variando entre 14 e 250 dias para emissão do botão germinativo. O sistema radicular inicial se diferencia na região hipocótilo-radícula, abaixo da inserção dos primórdios foliares, formando primeiramente uma raiz lateral, ao passo que a raiz primária tem emergência posterior. O primeiro eofilo, bífido, é expandido aos 120 dias após a protrusão do botão. As espécies de Attalea divergem no tempo de emergência do botão germinativo, sendo em média de 171 dias para A. attaleoides e 15 dias para A. microcarpa, com ampla variação no período. Ambas possuem crescimento inicial remoto, com alongamento do apocole, não apresentam coleóptilo, possuem uma raiz primária evidente e persistente, com raízes laterais partindo através da bainha cotiledonar. Attalea microcarpa pode ramificar a raiz primária e emitir raízes do apocole. Por meio de testes histoquímicos mucilagens, amido e proteínas foram detectadas em raízes adventícias e na raiz primária da espécie. O primeiro eofilo, lanceolado, é expandido em cerca de 113 dias após a emissão do botão germinativo em A. attaleoides e 145 dias em A. microcarpa. As sementes das espécies possuem tegumento com uma camada em Astrocaryum acaule e duas camadas em Attalea seguidas de um endosperma onde se forma uma zona de degradação que aumenta com o crescimento do haustório, evidenciada pela degradação das paredes celulares do endosperma. Em Attalea, na fase de expansão do primeiro eofilo esta zona de degradação se encontra próxima ao tegumento da semente. A composição centesimal de todas as espécies foi investigada, revelando a predominância de lipídios e carboidratos como as reservas representativas da semente. As três espécies têm composição similar pela análise qualitativa dos testes histoquímicos no endosperma e haustório. No entanto, a detecção de lipídios e amido no haustório foi evidente apenas a partir das fases posteriores à emissão do botão germinativo. Os dados apresentados aqui podem subsidiar estudos com a propagação das espécies com finalidades econômicas e complementar estudos ontogenéticos. Espera-se também que as informações deste estudo ampliem a base de dados sobre a flora amazônica, sobre as palmeiras, e sobre como a forma de conduzir estudos ontogenéticos com o grupo seja abordada. Sugere-se que trabalhos futuros com diferentes táxons visem responder outras questões relativas à organogênese de estruturas envolvidas no crescimento da planta, que possam ter importância filogenética, autoecológica ou adaptativa. |
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Correia, Marcos MeloAraújo, Maria Gracimar Pacheco deMendonça, Maria Sílvia de2020-02-18T19:45:06Z2020-02-18T19:45:06Z2019-04-23https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12854http://lattes.cnpq.br/4173711530554514Este trabalho apresentou dados morfológicos, anatômicos para a compreensão do processo de organogênese ao longo do crescimento inicial de três palmeiras amazônicas: Astrocaryum acaule, Attalea attaleoides e Attalea microcarpa. As espécies apresentam diferenças no tipo de desenvolvimento pós-germinativo, bem como em sua morfologia interna, sendo estas mais pronunciadas entre espécies de gêneros diferentes. Em Astrocaryum acaule a germinação é adjacente, com formação de um coleóptilo acima da bainha cotiledonar. A germinação é desuniforme, variando entre 14 e 250 dias para emissão do botão germinativo. O sistema radicular inicial se diferencia na região hipocótilo-radícula, abaixo da inserção dos primórdios foliares, formando primeiramente uma raiz lateral, ao passo que a raiz primária tem emergência posterior. O primeiro eofilo, bífido, é expandido aos 120 dias após a protrusão do botão. As espécies de Attalea divergem no tempo de emergência do botão germinativo, sendo em média de 171 dias para A. attaleoides e 15 dias para A. microcarpa, com ampla variação no período. Ambas possuem crescimento inicial remoto, com alongamento do apocole, não apresentam coleóptilo, possuem uma raiz primária evidente e persistente, com raízes laterais partindo através da bainha cotiledonar. Attalea microcarpa pode ramificar a raiz primária e emitir raízes do apocole. Por meio de testes histoquímicos mucilagens, amido e proteínas foram detectadas em raízes adventícias e na raiz primária da espécie. O primeiro eofilo, lanceolado, é expandido em cerca de 113 dias após a emissão do botão germinativo em A. attaleoides e 145 dias em A. microcarpa. As sementes das espécies possuem tegumento com uma camada em Astrocaryum acaule e duas camadas em Attalea seguidas de um endosperma onde se forma uma zona de degradação que aumenta com o crescimento do haustório, evidenciada pela degradação das paredes celulares do endosperma. Em Attalea, na fase de expansão do primeiro eofilo esta zona de degradação se encontra próxima ao tegumento da semente. A composição centesimal de todas as espécies foi investigada, revelando a predominância de lipídios e carboidratos como as reservas representativas da semente. As três espécies têm composição similar pela análise qualitativa dos testes histoquímicos no endosperma e haustório. No entanto, a detecção de lipídios e amido no haustório foi evidente apenas a partir das fases posteriores à emissão do botão germinativo. Os dados apresentados aqui podem subsidiar estudos com a propagação das espécies com finalidades econômicas e complementar estudos ontogenéticos. Espera-se também que as informações deste estudo ampliem a base de dados sobre a flora amazônica, sobre as palmeiras, e sobre como a forma de conduzir estudos ontogenéticos com o grupo seja abordada. Sugere-se que trabalhos futuros com diferentes táxons visem responder outras questões relativas à organogênese de estruturas envolvidas no crescimento da planta, que possam ter importância filogenética, autoecológica ou adaptativa.This work presents morphological and anatomical data to understand the process of organogenesis during the initial growth of three Amazonian palms: Astrocaryum acaule, Attalea attaleoides and Attalea microcarpa. These species present differences in the type of post-germinative development, as well as in their internal morphology, being these more pronounced among species of different genera. In Astrocaryum acaule the germination is adjacent, with formation of a coleoptile above the cotyledonary sheath. The germination is unequal, varying from 14 to 250 days for emission of the germinative bud. The initial root system differs in the hypocotyl-radicle region, below the insertion of the leaf primordia, forming first a lateral root, whereas the primary root has posterior emergence. The first eophyll, bifid, is expanded to 120 days after the protrusion of the germinative button. Attalea species differ in the time of emergence of the germinative bud, with an average of 171 days for A. attaleoides and 15 days for A. microcarpa, with a wide variation in the period. Both have early initial growth, with apocole lengthening, no coleoptile present, have an evident and persistent primary root, with lateral roots traversing through the cotyledonary sheath. Attalea microcarpa can branch off the primary root and emit roots of the apocole. By means of histochemical tests mucilages, starch and proteins were detected in adventitious roots and in the primary root of the species. The first eophyll, lanceolate, is expanded about 113 days after the emission of the germinative button in A. attaleoides and 145 days in A. microcarpa. The seeds of the species have a tegument with a layer in Astrocaryum acaule and two layers in Attalea followed by an endosperm where a zone of degradation is formed, that increases with the growth of the haustorium, evidenced by the dissolution of the endosperm cell walls. In Attalea, in the phase of expansion of the first eophyll this zone of degradation is close to the integument of the seed. The centesimal composition of all species was investigated, revealing the predominance of lipids and carbohydrates as the representative reserves of the seed. The three species have similar composition by the qualitative analysis of the histochemical tests in the endosperm and haustorium. However, the detection of lipids and starch in the haustorium was evident only from the stages after the emission of the germinative button. The data presented here can support studies with the propagation of palm species for economic purposes and complementary ontogenetic studies. It is also hoped that the information in this study will broaden the database on Amazonian flora, palms, and how to conduct ontogenetic studies within the group be addressed in future works. We suggest working with different taxa in order to answer other questions related to the organogenesis of structures involved in plant growth, which may have phylogenetic, autoecological or adaptive importance.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPABotânicaAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessAnatomiaAnatomyGerminaçãoMorfologiaPlântulasGerminationMorphologySeedlingMorfogênese, caracterização temporal e efeito da remoção das reservas em estádios pós-embrionários de três espécies de palmeiras (Arecaceae: Arecoideae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPAORIGINALMarcos.pdfMarcos.pdfapplication/pdf9694853https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/12854/1/Marcos.pdf7980c58ef39b66f9e3056c9865ad9f3bMD511/128542020-03-02 15:35:16.839oai:repositorio:1/12854Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-03-02T19:35:16Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false |
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