Fluxo de metano em cupinzeiros epígeos em florestas e ambientes alterados na Amazônia Central

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Queiroz, Juliete Maria Tomé de
Data de Publicação: 2004
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional do INPA
Texto Completo: https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/5012
Resumo: Entre os principais gases responsáveis pelo efeito estufa estão o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), produzido principalmente em solos naturalmente alagados, lavouras de arroz, gado, térmitas, desperdícios sólidos, oceanos e tundras. O metano merece destaque devido à quantidade emitida a à sua forte atividade desempenhada na absorção radiativa. No seu metabolismo, os cupins são grandes produtores de metano por meio dos microrganismos anaeróbios que vivem em simbiose com o cupim. O objetivo do presente estudo foi o de quantificar os fluxos de metano em cupinzeiros epígeos encontrados em pastagem ativa sistemas agroflorestais (SAFs), floresta secundária, e floresta primária e relaciona-los com a temperatura, umidade do solo e a compactação do substrato. As medidas foram conduzidas na região norte de Manaus (2°31' a 2° 32' S e 60° 01' e 60° 02' W). O tratamento com maior número de cupinzeiros epígeos foi a capoeira (81,6 cupinzeiros), seguido pelo sistema agroflorestal e a floresta primária (35,6 e 28,6 respectivamente). A floresta primária apresentou uma maior cobertura por cupinzeiros (21%), seguida pela capoeira (17,5%), SAFs (13%), e pastagem (11,5%). Há uma maior compactação no solo da pastagem em relação aos outros tratamentos: foi necessária uma média de 11,4 batidas para que o penetrômetro de impacto perfurasse o solo até 10 cm. Houve diferenças na umidade gravimétrica do solo (0-10 cm), no período de transição e no período chuvoso; no período de transição, a floresta secundária (capoeira) apresentou valores 26,1 e 34,5 % mais altos do que a pastagem e a floresta, respectivamente. No período de transição a floresta primária apresentou maior fluxo de CO2 em relação ao sistema agroflorestal, sem diferença deste para a floresta secundária (capoeira) e pastagem. Houve um maior fluxo CO2 na área de pastagem no período chuvoso em relação ao período seco sem diferença destes ara o período de transição (1,1 μmol CO2 m-2s-1). O fluxo de CO2 nos solos adjacentes aos cupinzeiros epígeos não registrou correlações estatisticamente significativas com a compactação (R2=0,07; p= 0,11). O fluxo de metano nos cupinzeiros epígeos não registrou correlações estatisticamente significativas com a umidade (R2= -0,05; p= 0,19). É necessário avaliar vários fatores que estão relacionados com o fluxo de metano emitido por cupins para se estimar melhor a contribuição dos cupins para o fluxo total de metano para a atmosfera, e relacioná-lo às mudanças na cobertura vegetal.
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As medidas foram conduzidas na região norte de Manaus (2°31' a 2° 32' S e 60° 01' e 60° 02' W). O tratamento com maior número de cupinzeiros epígeos foi a capoeira (81,6 cupinzeiros), seguido pelo sistema agroflorestal e a floresta primária (35,6 e 28,6 respectivamente). A floresta primária apresentou uma maior cobertura por cupinzeiros (21%), seguida pela capoeira (17,5%), SAFs (13%), e pastagem (11,5%). Há uma maior compactação no solo da pastagem em relação aos outros tratamentos: foi necessária uma média de 11,4 batidas para que o penetrômetro de impacto perfurasse o solo até 10 cm. Houve diferenças na umidade gravimétrica do solo (0-10 cm), no período de transição e no período chuvoso; no período de transição, a floresta secundária (capoeira) apresentou valores 26,1 e 34,5 % mais altos do que a pastagem e a floresta, respectivamente. No período de transição a floresta primária apresentou maior fluxo de CO2 em relação ao sistema agroflorestal, sem diferença deste para a floresta secundária (capoeira) e pastagem. Houve um maior fluxo CO2 na área de pastagem no período chuvoso em relação ao período seco sem diferença destes ara o período de transição (1,1 μmol CO2 m-2s-1). O fluxo de CO2 nos solos adjacentes aos cupinzeiros epígeos não registrou correlações estatisticamente significativas com a compactação (R2=0,07; p= 0,11). O fluxo de metano nos cupinzeiros epígeos não registrou correlações estatisticamente significativas com a umidade (R2= -0,05; p= 0,19). É necessário avaliar vários fatores que estão relacionados com o fluxo de metano emitido por cupins para se estimar melhor a contribuição dos cupins para o fluxo total de metano para a atmosfera, e relacioná-lo às mudanças na cobertura vegetal.The gases primarily responsible for the greenhouse effect are carbon dioxide (CO2) and methane (CH4), primarily produced by swampy areas, rice paddies, cattle, termites, solid waste, oceans, and tundra, among others. Methane deserves greater attention due to the large quantity emitted as well as its role in radiation absorption. In the process of metabolism, termites are a large producer of methane due to the anaerobic microorganisms that live in symbiosis with the termite. The objective of the present study was to quantify the methane release of mounds (ground termites) found in active pastures in agro-forestry systems, secondary forest, and primary forest, and evaluate this data with respect to temperature, soil humidity and soil compaction. The data were collected in the northern region of Manaus (2°31' to 2° 32' S and 60° 01' to 60° 02' W). The treatment with the largest number of termites was the secondary forest (81.6 termites), followed by the agro-forestry system and the primary forest (35.6 and 28.6 respectively). The primary forest showed a greater covering by termites (21%), followed by the secondary forest (17.5%), the agro-forestry system (13%), and the pasture (11.5%). The pasture showed greater soil compaction when compared to the other treatments: an average of 11.4 strikes was necessary for the impact penetrometer to reach 10 cm of depth. There were also differences in the gravimetric humidity of the soil (0-10 cm) in both the transitional and rainy periods; in the transitional period, the secondary forest (capoeira) had values 26.1 and 34.5% higher than the pasture and the forest, respectively. In the transitional period, the primary forest showed the greatest measured CO2 release when compared to the agro-forestry system, without any noted differences for the secondary forest or the pasture. There was greater measured CO2 release in the pasture area during the rainy period than in the dry period, with no noted difference found during the transitional period (1.1 μmol CO2 m-2s-1). The measured methane release from the termites showed no statistically significant relationship with soil maisture (R2= 0,05; p= 0,19). In order to find significant values concerning the termites’ contribution to the total percentage of methane found in the atmosphere, it is necessary to evaluate more factors that are linked to the release of methane by termites.porInstituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPACiências de Florestas Tropicais - CFTAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessFluxo de metanoCupinzeiros epígeosÁreas degradadasSistemas agroflorestaisFluxo de metano em cupinzeiros epígeos em florestas e ambientes alterados na Amazônia Centralinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional do INPAinstname:Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)instacron:INPACC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/5012/1/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD51ORIGINALJuliete_Queiroz.pdfJuliete_Queiroz.pdfapplication/pdf460913https://repositorio.inpa.gov.br/bitstream/1/5012/2/Juliete_Queiroz.pdf37816e2861c62ba4153ef08d76e34923MD521/50122020-01-20 16:01:32.394oai:repositorio:1/5012Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.inpa.gov.br/oai/requestopendoar:2020-01-20T20:01:32Repositório Institucional do INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)false
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