Estratégias germinativas de sete espécies florestais de diferentes estágios sucessionais da várzea na Amazônia Central
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/12756 |
Resumo: | O principal objetivo deste trabalho foi identificar estratégias germinativas distintas de sete espécies florestais em relação aos diferentes estágios sucessionais da várzea. Há uma ausência de consenso acerca da distribuição destas espécies ao longo dos gradientes sucessionais nas florestas de várzea, como se segue: Junk (1989) classificou Salix martiana como pertencente à comunidade arbustiva baixa, enquanto Worbes et al. (1992) a registrou na comunidade pioneira. De acordo com Junk (1989), Cecropia latiloba ocorre na comunidade arbórea média, Worbes et al. (1992) a considera no estágio secundário inicial e Wittmann et al. (2002) registrou sua ocorrência no estágio secundário inicial e clímax da várzea baixa. Junk (1989) encontrou Pseudobombax munguba no nível arbóreo médio, enquanto Worbes et al. (1992) a classificou como secundária inicial, e Wittmann et al. (2002) constatou ampla ocorrência, nos estágios secundário inicial e tardio, e clímax da várzea baixa. Segundo Worbes et al. (1992),Vitex cymosa ocorre no estágio secundário inicial, enquanto na classificação de Wittmann et al. (2002) a espécie é encontrada no estágio secundário tardio. Junk (1989) encontrou Crataeva benthamii no nível arbóreo médio, enquanto Worbes et al. (1992) a classificou como secundária inicial e Wittmann et al. (2002) registrou sua ocorrência nos estágios secundário inicial e tardio, e também no clímax da várzea baixa. Crescentia amazonica foi encontrada por Wittmann et al. (2002) no estágio secundário tardio da várzea baixa. Já Guazuma ulmifolfa foi registrada apenas por Junk (1989), tendo sido encontrada na comunidade arbórea do nível alto. Para analisar a germinação, foi realizado teste de germinação e formação de plântulas nos substratos água e terra, registrando a taxa de germinação, índice de velocidade de germinação (I.V.G.) e porcentagem de formação de plântulas por um período de 150 dias. Foi determinada a biometria dos frutos e das sementes, massa seca e número de sementes por fruto. A germinação e a morfologia funcional dos cotilédones foi caracterizada. Foi também analisado o teor de açúcares solúveis totais e amido das sementes. Quanto ao substrato, Crataeva benthamii apresentou maior taxa de germinação na terra. Cecropia latiloba teve maior I.V.G. na água, enquanto Crataeva benthamii, Pseudobombax munguba, Vitex cymosa e Salix martiana tiveram maior I.V.G. na terra. Crataeva benthamii teve maior porcentual de formação de plântulas na terra. Entre as sete espécies estudadas, Cecropia latiloba, Pseudobombax munguba e Salix martiana apresentaram as maiores taxas de germinação nos dois substratos. O I.V.G. mais elevado foi de Pseudobombax munguba, seguido por Cecropia latiloba e depois Salix martiana. Crescentia amazonica não chegou a formar plântulas, e toda as demais foram significativamente semelhantes na terra. As maiores sementes são de Crataeva benthamii e Vitex cymosa, que também apresentam maior quantidade de açúcares solúveis totais e amido. De modo geral, as plantas dos estágios sucessionais iniciais, Salix martiana e Cecropia latiloba, apresentam características de pioneiras, estando mais adaptadas a colonizar estes ambientes. Crataeva benthamii e Vitex cymosa, de estágios sucessionais tardios, dispensam maior investimento em reservas para o desenvolvimento em locais onde há maior competição, principalmente por luz. Pseudobombax munguba e Guazuma ulmifolia não apresentam padrão definido relacionado a algum determinado estágio sucessional. |
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