Variação espacial e temporal em ocupação de aves em floresta de terra firme da Amazônia Central
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional do INPA |
Texto Completo: | https://repositorio.inpa.gov.br/handle/1/11971 http://lattes.cnpq.br/0762007268223489 |
Resumo: | A dinâmica populacional das espécies tem sido foco de estudos ecológicos durante muito tempo. Conhecer tal processo é relevante para descrever padrões naturais. Idealmente seria necessário conhecer todas as espécies, porém, a imensa diversidade amazônica torna isso inviável. Neste contexto, o conhecimento de padrões pode ser importante. Buscando responder se categorizações baseadas em características da história natural de aves podem ser usadas para entender padrões temporais e espaciais de ocupação, testamos hipóteses sobre diferenças em ocupação e turnover para 58 espécies classificadas a priori em quatro grupos funcionais (insetívoros de sub-bosque, insetívoros seguidores de formigas-de-correição, frugívoros, e frugívoros com sistema reprodutivo em lek). Os dados foram coletados entre 2005 e 2008 pelo Projeto TEAM (Tropical Ecology, Assessment and Monitoring) em três áreas de floresta primária de terra firme próximas a Manaus. Consideramos a heterogeneidade ambiental que pode existir em florestas primárias e verificamos que para algumas espécies a ocorrência foi diferenciada entre os locais estudados. Onze espécies mostram variação temporal. Nossos resultados apontaram que 11 espécies de insetívoros de sub-bosque são mais sensíveis às diferenças entre as áreas estudadas. Frugívoros e insetívoros seguidores de formigas-de-correição variaram amplamente quanto às estimativas de ocupação e a mudança temporal da proporção de pontos ocupados (turnover). Frugívoros com sistema reprodutivo em lek tiveram, em geral, as menores estimativas de ocupação. Apesar das tendências observadas, fortes padrões não foram revelados pelos grupos funcionais aqui adotados. Nossos resultados enfatizam a noção de que efeitos espaciais são preponderantes em relação a efeitos temporais na ocupação de espécies. |
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