Ciclogêneses e ciclones sobre a América do Sul

• Autor(a) principal: Manoel Alonso Gan
• Data de Publicação: 1992
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do INPE
• Texto Completo: http://urlib.net/sid.inpe.br/MTC-m13@80/2005/08.19.11.11

A finalidade deste estudo e determinar as épocas e locais favoráveis a ciclogêneses, assim como descrever os mecanismos que causam ciclogêneses sobre a América do Sul. Um estudo climatológico das ciclogêneses em superfície e realizado para um período de 10 anos (1979-1988) de dados. Os resultados mostram que a maior frequência de ciclogêneses e no inverno e a menor no verão. Uma variação interanual também foi notada, sendo que os invernos dos anos de El Nino de 1983, 1986 e 1987, possuem um máximo de ciclogêneses e o inverno de 1981(de índice de Oscilação Sul positivo) um minimo de ciclogeneses. Os invernos de maxima (mínima) frequência de ciclogêneses estão associados com precipitação acima (abaixo) da normal na região sul do Brasil. Os resultados de um modelo linear, quase-geostrófico, multinível e com liberação de calor latente mostraram que as variações sazonais e interanuais da frequência de ciclogêneses associam-se aos mecanismos baroclínicos. Um estudo de dois casos de ciclogêneses (um de verão e outro de inverno), revelou que os mecanismos baroclínicos e orográficos são responsáveis pela geração de ciclones. O caso de inverno, mostrou que os mecanismos baroclínicos foram as causas da formação do ciclone. Durante o deslocamento inicial do ciclone, notou-se a interação da onda topográfica com o ciclone. No caso de verão, a formação do ciclone ocorreu por efeitos orográficos e a intensificação do ciclone por baroclínicos. As analises de correlação da altura geopotencial não filtrada e filtrada com passa alta exibiram um padrão tipo onda que se propaga para leste, inclina-se para oeste com a altura. Os efeitos orográficos aparecem quando a onda aproxima-se dos Andes. O padrão tipo onda dos dados filtrados com passa alta mostrou uma estrutura espacial e um deslocamento semelhante aos dos modos normais mais instáveis obtidos através de um modelo quase-geostrófico com uma montanha alongada.