Toxicidade ambiental de efluentes advindo de diferentes laboratórios de uma farmácia magistral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pinto,Luciano Henrique
Data de Publicação: 2016
Outros Autores: Cardozo,Gilberto, Soares,Julia Carolina, Erzinger,Gilmar Sidnei
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Ambiente & Água
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-993X2016000400819
Resumo: Há uma crescente preocupação com os chamados "poluentes emergentes" na produção de medicamentos. Eles chegam ao meio ambiente a partir do descarte doméstico ou a partir das sobras geradas na produção de fármacos. Em pequenas concentrações da ordem de microgramas por litro ou inferiores, ou seja, concentrações não efetivas a curto prazo em termos de resposta biológica em seres humanos, podem causar grandes impactos no meio ambiente pela exposição crônica. O objetivo deste trabalho foi avaliar o risco de contaminação de efluentes pelo lançamento dos dejetos brutos da produção de medicamentos em pequena escala, por farmácias de manipulação, com base na avaliação da ecotoxicicidade pelo biomonitoramento de algas Euglena gracilis, e investigar os impactos apresentados sobre o comportamento e as alterações no processo de fotossíntese. Amostras de quatro laboratórios de diferentes demandas foram analisadas. As alterações comportamentais (velocidade de subida à superfície, r-value e velocidade de movimento) das algas foram biomonitoradas pelo NG-TOX e os parâmetros de fotossíntese foram medidos com o fluorímetro de pulso e amplitude modulada (PAM). Os resultados demonstraram que o efluente do laboratório de hormônios, que teve uma baixa produção semestral, apresentou pouco impacto, já o efluente do laboratório de psicotrópicos, mesmo com demanda intermediária, apresentou impacto significante sobre o comportamento e a atividade fotossintética das algas. A diferença de comportamento observada entre os diferentes setores de fármacos demonstra que os impactos e os possíveis riscos ambientais são diferentes para cada setor. A demanda e as diferentes substâncias manipuladas podem ser determinantes na classificação de risco e na escolha dos métodos de descontaminação.
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