Trajetória recente dos indicadores de inovação no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cavalcante, Luiz Ricardo
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: De Negri, Fernanda
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)
dARK ID: ark:/51990/0013000003s24
Texto Completo: http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/1178
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar a trajetória recente dos indicadores de inovação no Brasil, com base nos dados disponíveis nas quatro edições da Pesquisa de Inovação de Tecnológica (PINTEC), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com base na agregação dos 32 setores que compõem a indústria de transformação em quatro grupos de acordo com sua intensidade tecnológica (alta, média-alta, média-baixa e baixa), analisam-se, ainda, as razões que explicam o desempenho relativamente modesto do Brasil, no que diz respeito à relação entre os gastos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e a receita líquida de vendas (RLV). Do ponto de vista teórico, o trabalho ampara-se em uma discussão sobre os potenciais e as limitações dos indicadores de inovação e, em particular,dos surveys de inovação. Do ponto de vista metodológico, o trabalho apoia-se na coleta e sistematização e análise de um vasto conjunto de estatísticas descritivas dos indicadores de inovação. As principais conclusões do trabalho são: i) a taxa de inovação do setor industrial cresceu de forma sistemática nas quatro edições da PINTEC, passando de 31,52%, no período 1998-2000, para 38,11%, no período 2005-2008; ii) a relação entre os gastos empresariais em P&D e o produto interno bruto (PIB) alcançou 0,53% em 2008 – contra 0,49% em 2005; iii) a relação entre os gastos internos e externos em P&D e a RLV do setor industrial passou de 0,65%, em 2005, para 0,73%, em 2008 – ou 0,75% se a análise for limitada à indústria de transformação; iv) o crescimento da intensidade tecnológica e a redução do número de empresas que realizaram gastos em P&D interno e externo no setor industrial sugerem uma concentração das atividades de P&D em um número proporcionalmente menor de empresas; v) os setores de média-alta tecnologia são aqueles que mais contribuem para os gastos totais internos e externos em P&D da indústria de transformação no Brasil (0,37% em 0,75%); e vi) os setores de baixa intensidade tecnológica, por sua vez, embora representem pouco menos de um terço da RLV do conjunto, contribuem com apenas 0,08 pontos percentuais (p.p.) para a média da indústria de transformação. Após essa análise, contrapõemse alternativas para aumentar a relação entre os gastos em P&D e a RLV no Brasil com base: i) na ampliação dos esforços tecnológicos das empresas que atuam no Brasil, especialmente nos setores de alta e média-alta intensidade tecnológica; e ii) em mudanças na estrutura da indústria brasileira.
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