Introdução
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Capítulo de livro |
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Título da fonte: | Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) |
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Texto Completo: | https://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/13127 |
Resumo: | Estudos habitacionais, em geral, e estudos da precariedade ou das carências dos domicílios, em particular, relacionam-se, como em qualquer ciência social, a problemas de classificação. Ao preparar-se para realizar o recenseamento das favelas do Rio de Janeiro, em 1950, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deparou-se com a seguinte questão: o que deveria ser considerado favela? Como resposta, a decisão metodológica foi considerar favelas “os aglomerados que o consenso público classifica como tal, estejam situados nos morros ou em qualquer outra parte” (IBGE, 1953, p. 17). Essa solução, aparentemente simples, não esgota o problema: como descrever, ou melhor, como construir tal “consenso público”? Além disso, quem deveria compor tal consenso? Talvez o consenso vislumbrado pelo IBGE se baseasse em alguns poucos estudos anteriores, pois, às vésperas do Censo Demográfico 1950, ainda eram raras as pessoas e instituições que se dedicavam ao estudo dos assentamentos precários, em um campo que apenas começava a se constituir no Brasil. |
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