Compras governamentais para o Programa Nacional do Livro Didático: uma discussão sobre a eficiência do governo
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Data de Publicação: | 2007 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) |
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Texto Completo: | http://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/1414 |
Resumo: | O atual Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) foi criado em 1985, por meio do Decreto no 91.542, imprimindo alterações substanciais em relação ao programa anterior, como a que estabelece que a escolha do livro didático passe a ser feita diretamente pelo professor. A questão básica que o estudo busca responder é a seguinte: o governo, que adquire ao redor de 90% dos livros produzidos para o ensino fundamental, utiliza o seu poder de compra com relação às editoras de obras didáticas para ser eficiente na execução do PNLD? Constata-se aqui que o governo, no período de 1998 a 2006, realizou compras junto a 110 editoras, atingindo a cifra de R$ 4,5 bilhões, a preços de 2006, e que a oferta é oligopolizada: somente seis grupos editoriais (Abril, Santillana, FTD, Saraiva, IBEP e Ediouro, e mais a Editora Brasil) forneceram R$ 3.893,3 milhões do total, o que corresponde a 87% das compras. Sugere-se que a concentração das compras decorre dos gastos elevados que algumas editoras fazem com divulgação. O estudo conclui que o governo utiliza parcialmente o seu poder de compra na execução do PNLD, uma vez que, embora exija qualidade pedagógica dos livros didáticos, não os compra nas regiões que deles necessitam – o que permitiria diminuir os custos de distribuição –, e tampouco os adquire por meio de concorrência – o que viabilizaria sua compra a preços menores. Enfim, o trabalho considera que, para o governo ser mais eficiente na execução do PNLD, há necessidade de mudanças na atual sistemática de compra, estabelecendo novas condições de aquisição de livros didáticos. Neste sentido, o estudo propõe que o governo deve utilizar a seu favor a Lei do Direito Autoral, e/ou adotar um novo conceito de escolha de livros didáticos pelos professores, de modo a permitir a elaboração de um novo modelo de compra que opere por meio de concorrência entre editoras/gráficas. |
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Compras governamentais para o Programa Nacional do Livro Didático: uma discussão sobre a eficiência do governoTexto para Discussão (TD) 1307: Compras governamentais para o Programa Nacional do Livro Didático: uma discussão sobre a eficiência do governoGovernment procurement for the National Textbook Program: a discussion on the efficiency of governmentPrograma Nacional do Livro Didático (PNLD)Compras governamentaisAquisição de livros didáticosO atual Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) foi criado em 1985, por meio do Decreto no 91.542, imprimindo alterações substanciais em relação ao programa anterior, como a que estabelece que a escolha do livro didático passe a ser feita diretamente pelo professor. A questão básica que o estudo busca responder é a seguinte: o governo, que adquire ao redor de 90% dos livros produzidos para o ensino fundamental, utiliza o seu poder de compra com relação às editoras de obras didáticas para ser eficiente na execução do PNLD? Constata-se aqui que o governo, no período de 1998 a 2006, realizou compras junto a 110 editoras, atingindo a cifra de R$ 4,5 bilhões, a preços de 2006, e que a oferta é oligopolizada: somente seis grupos editoriais (Abril, Santillana, FTD, Saraiva, IBEP e Ediouro, e mais a Editora Brasil) forneceram R$ 3.893,3 milhões do total, o que corresponde a 87% das compras. Sugere-se que a concentração das compras decorre dos gastos elevados que algumas editoras fazem com divulgação. O estudo conclui que o governo utiliza parcialmente o seu poder de compra na execução do PNLD, uma vez que, embora exija qualidade pedagógica dos livros didáticos, não os compra nas regiões que deles necessitam – o que permitiria diminuir os custos de distribuição –, e tampouco os adquire por meio de concorrência – o que viabilizaria sua compra a preços menores. Enfim, o trabalho considera que, para o governo ser mais eficiente na execução do PNLD, há necessidade de mudanças na atual sistemática de compra, estabelecendo novas condições de aquisição de livros didáticos. Neste sentido, o estudo propõe que o governo deve utilizar a seu favor a Lei do Direito Autoral, e/ou adotar um novo conceito de escolha de livros didáticos pelos professores, de modo a permitir a elaboração de um novo modelo de compra que opere por meio de concorrência entre editoras/gráficas.37 p.Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)2013-07-11T14:19:39Z2013-07-11T14:19:39Z2007-11Texto para Discussão (TD)info:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://repositorio.ipea.gov.br/handle/11058/1414ark:/51990/001300000g66qwww.ipea.gov.brreponame:Repositório Institucional da IPEA (RCIpea)instname:Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)instacron:IPEABrasil1998-2006Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)É permitida a reprodução deste texto e dos dados nele contidos, desde que citada a fonte. Reproduções para fins comerciais são proibidas.info:eu-repo/semantics/openAccessSoares, Ricardo Pereirapor2024-02-23T13:11:12Zoai:repositorio.ipea.gov.br:11058/1414Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ipea.gov.br/oai/requestsuporte@ipea.gov.bropendoar:2024-02-23T13:11:12Repositório Institucional da IPEA (RCIpea) - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)false |
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