Caracteriza????o da crotamina e seu efeito sobre a contratilidade da musculatura lisa do ducto deferente de rato
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Título da fonte: | Repositório Institucional do IPEN |
Texto Completo: | http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/28041 |
Resumo: | A crotamina, um pept??deo cati??nico que possui 42 amino??cidos e 4,88 kDa, ?? proveniente do veneno de Crotalus durissus terrificus. Ela apresenta caracter??sticas que permitem sua forte intera????o com alvos moleculares e membranas biol??gicas e assim foi o primeiro pept??deo de veneno a ser classificado como um CPP (cell penetrating peptide), justificando seus importantes efeitos biol??gicos e suas diversas atividades farmacol??gicas. A crotamina ?? descrita por sua atividade miot??xica, tendo como efeito a paralisia e espasmos das patas traseiras de ratos e camundongos. Esse fen??meno ?? descrito por a????es em canais de Na+ e/ou K+ e consequente aumento do influxo intracelular dos n??veis do ??on Ca2+. Estudos a descrevem como um agente despolarizante utilizando a musculatura esquel??tica como modelo experimental. Outra atividade descrita da crotamina ?? um aumento na libera????o basal de acetilcolina (ACh) e dopamina no sistema nervoso central de ratos. At?? o momento, pouco ou nenhum estudo foi realizado em musculatura lisa. A jun????o neuromuscular aut??noma difere em v??rios aspectos importantes da j?? conhecida jun????o neuromuscular esquel??tica. O ducto deferente de rato (DDR), um ??rg??o par e tubular pertencente ?? genit??lia acess??ria masculina, foi utilizado como modelo experimental por ser um dos ??rg??os perif??ricos mais densamente inervados pelo sistema nervoso aut??nomo simp??tico. Esse fato, o torna uma importante ferramenta para estudos que envolvam a neurotransmiss??o e a a????o de drogas adren??rgicas. O objetivo do presente trabalho ?? investigar o efeito da crotamina na contra????o da musculatura lisa. A crotamina foi isolada a partir do veneno de C. d. terrificus por cromatografia de exclus??o molecular seguida de troca i??nica. Os estudos em modelos animais foram realizados utilizando o DD (por????o prost??tica) de ratos Wistar com 5 meses de idade entre 350 g (protocolo CEUA 1261/14). O estudo de neurotransmiss??o foi feito em sistema de ??rg??o isolado (n=6) por estimula????o el??trica transmural com tens??o de 70V, 3ms de dura????o em frequ??ncias de 0,05 (30 min) e 1; 5 10 e 20Hz (30 seg). A contra????o isom??trica foi registrada em gramas de tens??o. Em todos os experimentos a crotamina (0,1;0,5 e 1g/ml) incubada 30 min antes da estimula????o. O efeito m??ximo de contra????o (Emax) do componente f??sico e t??nico foi usado como medida. O componente p??s-sin??ptico foi avaliado por meio de curvas dose-resposta de noradrenalina e dose ??nica de ATP (10-3M) na presen??a ou aus??ncia da crotamina. A diferen??a estat??stica foi avaliada pelo teste-t de student (P0,05). Os ensaios de estimula????o el??trica de baixa frequ??ncia (0,05Hz) revelaram que a crotamina (0,1 e 0,5g/ml) promoveu uma diminui????o da contra????o do DDR (95,7??4,6% e 85,4??5,9%, respectivamente) enquanto que na dose de 1 g/mL de crotamina este efeito n??o foi significativo. Na curva de freq????ncia observamos tamb??m com as mesmas concentra????es de crotamina uma tend??ncia ?? diminui????o da contra????o f??sica e t??nica enquanto que a dose de 1 g/mL promoveu um aumento na contra????o f??sica na freq????ncia de 20,0Hz ((3,2??0,3) em rela????o ao controle (2,2??0,2). O componente p??s-sin??ptico n??o foi alterado pela crotamina conforme evidenciado pela curva concentra????o-resposta de noradrenalina e concentra????o ??nica de ATP. Com base nos resultados obtidos, conclu??mos que a crotamina atua apenas no componente pr??-sin??ptico da contra????o do DDR, provavelmente interferindo na neurolibera????o de ATP e noradrenalina. Ela apresenta um efeito bif??sico, dependendo da dose utilizada, inibindo ou potencializando a resposta, efeito semelhante ao da -defensinas, uma prote??na cuja estrutura se assemelha bastante com a da crotamina. |
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Estudos a descrevem como um agente despolarizante utilizando a musculatura esquel??tica como modelo experimental. Outra atividade descrita da crotamina ?? um aumento na libera????o basal de acetilcolina (ACh) e dopamina no sistema nervoso central de ratos. At?? o momento, pouco ou nenhum estudo foi realizado em musculatura lisa. A jun????o neuromuscular aut??noma difere em v??rios aspectos importantes da j?? conhecida jun????o neuromuscular esquel??tica. O ducto deferente de rato (DDR), um ??rg??o par e tubular pertencente ?? genit??lia acess??ria masculina, foi utilizado como modelo experimental por ser um dos ??rg??os perif??ricos mais densamente inervados pelo sistema nervoso aut??nomo simp??tico. Esse fato, o torna uma importante ferramenta para estudos que envolvam a neurotransmiss??o e a a????o de drogas adren??rgicas. O objetivo do presente trabalho ?? investigar o efeito da crotamina na contra????o da musculatura lisa. A crotamina foi isolada a partir do veneno de C. d. terrificus por cromatografia de exclus??o molecular seguida de troca i??nica. Os estudos em modelos animais foram realizados utilizando o DD (por????o prost??tica) de ratos Wistar com 5 meses de idade entre 350 g (protocolo CEUA 1261/14). O estudo de neurotransmiss??o foi feito em sistema de ??rg??o isolado (n=6) por estimula????o el??trica transmural com tens??o de 70V, 3ms de dura????o em frequ??ncias de 0,05 (30 min) e 1; 5 10 e 20Hz (30 seg). A contra????o isom??trica foi registrada em gramas de tens??o. Em todos os experimentos a crotamina (0,1;0,5 e 1g/ml) incubada 30 min antes da estimula????o. O efeito m??ximo de contra????o (Emax) do componente f??sico e t??nico foi usado como medida. O componente p??s-sin??ptico foi avaliado por meio de curvas dose-resposta de noradrenalina e dose ??nica de ATP (10-3M) na presen??a ou aus??ncia da crotamina. A diferen??a estat??stica foi avaliada pelo teste-t de student (P0,05). Os ensaios de estimula????o el??trica de baixa frequ??ncia (0,05Hz) revelaram que a crotamina (0,1 e 0,5g/ml) promoveu uma diminui????o da contra????o do DDR (95,7??4,6% e 85,4??5,9%, respectivamente) enquanto que na dose de 1 g/mL de crotamina este efeito n??o foi significativo. Na curva de freq????ncia observamos tamb??m com as mesmas concentra????es de crotamina uma tend??ncia ?? diminui????o da contra????o f??sica e t??nica enquanto que a dose de 1 g/mL promoveu um aumento na contra????o f??sica na freq????ncia de 20,0Hz ((3,2??0,3) em rela????o ao controle (2,2??0,2). O componente p??s-sin??ptico n??o foi alterado pela crotamina conforme evidenciado pela curva concentra????o-resposta de noradrenalina e concentra????o ??nica de ATP. Com base nos resultados obtidos, conclu??mos que a crotamina atua apenas no componente pr??-sin??ptico da contra????o do DDR, provavelmente interferindo na neurolibera????o de ATP e noradrenalina. Ela apresenta um efeito bif??sico, dependendo da dose utilizada, inibindo ou potencializando a resposta, efeito semelhante ao da -defensinas, uma prote??na cuja estrutura se assemelha bastante com a da crotamina.Submitted by Pedro Silva Filho (pfsilva@ipen.br) on 2017-11-22T17:22:11Z No. of bitstreams: 0Made available in DSpace on 2017-11-22T17:22:11Z (GMT). No. of bitstreams: 0Disserta????o (Mestrado em Tecnologia Nuclear)IPEN/DInstituto de Pesquisas Energ??ticas e Nucleares - IPEN-CNEN/SP58ratsin vitromusclescontractionsympatholyticsdrugsmembrane proteinstargetsprocess development unitsautonomic nervous system agentsautonomic nervous systemtoxinsvenomspeptidessite characterizationion exchange chromatographyCaracteriza????o da crotamina e seu efeito sobre a contratilidade da musculatura lisa do ducto deferente de ratoCharacterization of crotamine and its effect in the smooth muscle contraction of rat vas deferensinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisNS??o Pauloinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional do IPENinstname:Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN)instacron:IPEN23358EL-CORAB, MARIANA D.M.K.17-11http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/85/85131/tde-09012017-111213/pt-br.php9356EL-CORAB, MARIANA D.M.K.:9356:-1:SLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748http://repositorio.ipen.br/bitstream/123456789/28041/1/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD51123456789/280412020-06-08 20:07:36.95oai:repositorio.ipen.br:123456789/28041Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ipen.br/oai/requestbibl@ipen.bropendoar:45102020-06-08T20:07:36Repositório Institucional do IPEN - Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN)false |
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Caracteriza????o da crotamina e seu efeito sobre a contratilidade da musculatura lisa do ducto deferente de rato EL-CORAB, MARIANA D.M.K. rats in vitro muscles contraction sympatholytics drugs membrane proteins targets process development units autonomic nervous system agents autonomic nervous system toxins venoms peptides site characterization ion exchange chromatography |
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A crotamina, um pept??deo cati??nico que possui 42 amino??cidos e 4,88 kDa, ?? proveniente do veneno de Crotalus durissus terrificus. Ela apresenta caracter??sticas que permitem sua forte intera????o com alvos moleculares e membranas biol??gicas e assim foi o primeiro pept??deo de veneno a ser classificado como um CPP (cell penetrating peptide), justificando seus importantes efeitos biol??gicos e suas diversas atividades farmacol??gicas. A crotamina ?? descrita por sua atividade miot??xica, tendo como efeito a paralisia e espasmos das patas traseiras de ratos e camundongos. Esse fen??meno ?? descrito por a????es em canais de Na+ e/ou K+ e consequente aumento do influxo intracelular dos n??veis do ??on Ca2+. Estudos a descrevem como um agente despolarizante utilizando a musculatura esquel??tica como modelo experimental. Outra atividade descrita da crotamina ?? um aumento na libera????o basal de acetilcolina (ACh) e dopamina no sistema nervoso central de ratos. At?? o momento, pouco ou nenhum estudo foi realizado em musculatura lisa. A jun????o neuromuscular aut??noma difere em v??rios aspectos importantes da j?? conhecida jun????o neuromuscular esquel??tica. O ducto deferente de rato (DDR), um ??rg??o par e tubular pertencente ?? genit??lia acess??ria masculina, foi utilizado como modelo experimental por ser um dos ??rg??os perif??ricos mais densamente inervados pelo sistema nervoso aut??nomo simp??tico. Esse fato, o torna uma importante ferramenta para estudos que envolvam a neurotransmiss??o e a a????o de drogas adren??rgicas. O objetivo do presente trabalho ?? investigar o efeito da crotamina na contra????o da musculatura lisa. A crotamina foi isolada a partir do veneno de C. d. terrificus por cromatografia de exclus??o molecular seguida de troca i??nica. Os estudos em modelos animais foram realizados utilizando o DD (por????o prost??tica) de ratos Wistar com 5 meses de idade entre 350 g (protocolo CEUA 1261/14). O estudo de neurotransmiss??o foi feito em sistema de ??rg??o isolado (n=6) por estimula????o el??trica transmural com tens??o de 70V, 3ms de dura????o em frequ??ncias de 0,05 (30 min) e 1; 5 10 e 20Hz (30 seg). A contra????o isom??trica foi registrada em gramas de tens??o. Em todos os experimentos a crotamina (0,1;0,5 e 1g/ml) incubada 30 min antes da estimula????o. O efeito m??ximo de contra????o (Emax) do componente f??sico e t??nico foi usado como medida. O componente p??s-sin??ptico foi avaliado por meio de curvas dose-resposta de noradrenalina e dose ??nica de ATP (10-3M) na presen??a ou aus??ncia da crotamina. A diferen??a estat??stica foi avaliada pelo teste-t de student (P0,05). Os ensaios de estimula????o el??trica de baixa frequ??ncia (0,05Hz) revelaram que a crotamina (0,1 e 0,5g/ml) promoveu uma diminui????o da contra????o do DDR (95,7??4,6% e 85,4??5,9%, respectivamente) enquanto que na dose de 1 g/mL de crotamina este efeito n??o foi significativo. Na curva de freq????ncia observamos tamb??m com as mesmas concentra????es de crotamina uma tend??ncia ?? diminui????o da contra????o f??sica e t??nica enquanto que a dose de 1 g/mL promoveu um aumento na contra????o f??sica na freq????ncia de 20,0Hz ((3,2??0,3) em rela????o ao controle (2,2??0,2). O componente p??s-sin??ptico n??o foi alterado pela crotamina conforme evidenciado pela curva concentra????o-resposta de noradrenalina e concentra????o ??nica de ATP. Com base nos resultados obtidos, conclu??mos que a crotamina atua apenas no componente pr??-sin??ptico da contra????o do DDR, provavelmente interferindo na neurolibera????o de ATP e noradrenalina. Ela apresenta um efeito bif??sico, dependendo da dose utilizada, inibindo ou potencializando a resposta, efeito semelhante ao da -defensinas, uma prote??na cuja estrutura se assemelha bastante com a da crotamina. |
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