Estudo do comportamento mec??nico em baixas temperaturas do Inconel 625 encruado

• Autor(a) principal: OLIVEIRA JUNIOR, CLOVIS de
• Data de Publicação: 2018
• Tipo de documento: Dissertação
• Título da fonte: Repositório Institucional do IPEN
• Texto Completo: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/29788
• topic: inconel 625; nickel base alloys; heat resisting alloys; tensile properties; mechanical properties; dewars; temperature measurement; cold working; drawing; crack propagation; thermal cracking; defects; forging; heat treatments

As recentes descobertas de reservas de petr??leo no pr??-sal, representam uma grande oportunidade e desafio para a Petrobr??s e demais ind??strias de explora????o e extra????o do petr??leo. As exig??ncias quanto aos materiais mais resistentes ?? corros??o e que conciliam boa resist??ncia mec??nica s??o cada vez maiores, devido aos constantes esfor??os din??micos que os equipamentos estar??o sujeitos, pois os componentes estruturais ser??o submetidos ?? grande l??mina de ??gua, ocorr??ncia que as companhias exploradoras ter??o que superar. A otimiza????o de materiais e equipamentos que podem melhorar a performance nas explora????es do pr??-sal tem sido a grande busca do setor nos ??ltimos anos, muitos deles precisam ser testados e atestados quanto sua resist??ncia ?? propaga????o de trincas, uma vez que, ser??o submetidos a oscila????es devido as movimenta????es das mar??s e as condi????es de alta severidade a que ser??o expostos. Para suportar as condi????es de exposi????es com H2S, resist??ncia a corros??o por pitting e resist??ncia mec??nica, porcas e parafusos t??m sido fabricados com o Inconel 625, essas pe??as s??o estruturais e de extrema import??ncia para a prospec????o do petr??leo. Ap??s todas as etapas de fabrica????o, conforma????o, tratamento t??rmico e lamina????o a frio, o material foi caracterizado, realizou-se ensaio de metalografia que apresentou tamanhos de gr??o 7 e 8 conforme norma ASTM E112. Uma das premissas para a realiza????o desse trabalho est?? nas condi????es que o material ser?? exposto em situa????es acidentais, conforme informa????es da pr??pria Petrobr??s, em caso de vazamentos, os do tipo estruturais podem ser submetidos a temperaturas criog??nicas de -100??C, -120??C e at?? -190??C devido ao vazamento de gases. Assim, o material foi caracterizado em temperaturas criog??nicas atrav??s dos ensaios de tra????o, impacto e de CTOD. No ensaio de tra????o foi observado para as diferentes temperaturas criog??nicas que apesar do aumento na resist??ncia do material, da ordem de 787 MPa, o Inconel 625 manteve um alongamento acima de 40%. Nos resultados de Impacto a tenacidade se manteve acima de 200 J e n??o foi notada a curva de transi????o d??ctil-fr??gil, mesmo para temperaturas t??o baixas. No ensaio de CTOD utilizou-se corpos de prova de flex??o (SENB) no ensaio de tenacidade ?? fratura, de acordo com a norma ASTM E1290.A componente pl??stica da abertura da boca do entalhe na temperatura de -190??C, pior caso, se manteve em 1,52 mm em m??dia. Mediante a todos os resultados obtidos, pode-se afirmar que o aumento da resist??ncia do Inconel 625 pelo processo de encruamento, n??o impossibilita sua aplica????o para temperaturas criog??nicas, mantendo sua capacidade de se deformar apreciavelmente antes de se romper.