Estudo da marca????o e biodistribui????o da subst??ncia P utilizando lut??cio-177 como radiotra????dor

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: LIMA, CLARICE M. de
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Título da fonte: Repositório Institucional do IPEN
Texto Completo: http://repositorio.ipen.br/handle/123456789/9991
Resumo: Gliomas malignos s??o tumores cerebrais prim??rios, resistentes a v??rios tratamentos, como quimioterapia, radioterapia, indu????o de apoptose e cirurgia. Uma alternativa para o tratamento dos gliomas malignos ?? a terapia radionucl??dea. Essa t??cnica utiliza mol??culas radiomarcadas que se ligam seletivamente ??s c??lulas tumorais e nelas depositam dose citot??xica de radia????o, provocando a morte das c??lulas doentes. A maioria dos protocolos de terapia radionucl??dea para tumores cerebrais malignos envolve a administra????o de pept??deos marcados com radiois??topos emissores -. A subst??ncia P (SP) ?? um neuropept??deo de 11 amino??cidos, da fam??lia das taquicininas, caracterizada pela sequ??ncia C-terminal Phe-X-Gly-Leu-Met-NH2. A SP radiomarcada com diferentes radiois??topos, inclusive Lut??cio-177, tem sido descrita e proposta para tratamento in vivo de tumores. A SP ?? o ligante mais importante dos receptores de neuroquinina tipo 1, superexpressos em gliomas malignos. O objetivo deste trabalho foi estudar as condi????es de marca????o de SP-DOTA com 177Lu, a estabilidade do composto marcado e suas propriedades in vitro e in vivo, a fim de desenvolver um protocolo de produ????o e avaliar o potencial do radiof??rmaco para terapia de gliomas. As condi????es de marca????o foram otimizadas variando-se temperatura, tempo de rea????o, atividade de cloreto de lut??cio-177 e massa de SP-DOTA e analisou-se a pureza radioqu??mica das prepara????es por meio de t??cnicas cromatogr??ficas. A estabilidade da SP-DOTA-177Lu radiomarcada com baixa atividade de 177Lu foi avaliada por diferentes tempos a 2 - 8 ??C ou incubadas em soro humano a 37 ??C. A estabilidade das marca????es com alta atividade de 177Lu tamb??m foi analisada na presen??a de ??cido gent??sico (6 mg/mL) adicionado ap??s a rea????o de marca????o. As condi????es de marca????o em baixa e alta atividade foram submetidas ?? avalia????o quanto ?? possibilidade de oxida????o do res??duo de metionina, adicionando o amino??cido D-Lmetionina (6 mg/mL) ao meio de rea????o e posterior avalia????o cromatogr??fica. Estudo in vitro com SP-DOTA-177Lu, radiomarcada na aus??ncia e presen??a de metionina, utilizando c??lulas de glioma humano M059J e U-87 MG, verificou o efeito da oxida????o da metionina sobre a liga????o ??s c??lulas. Estudos de biodistribui????o foram realizados em camundongos Nude com modelo tumoral e em camundongos Balb-c sadios. Obteve-se a maior pureza radioqu??mica (> 95 %) associada ?? maior atividade espec??fica de SP-DOTA-177Lu quando o tempo de rea????o foi de 30 minutos, temperatura de 90 ??C, massa de SP-DOTA de 10 g e a atividade do 177Lu de 185 MBq. A SP radiomarcada em condi????es otimizadas manteve-se est??vel a 2 - 8 ??C e em soro humano por 4 horas. Os estudos in vitro demonstraram liga????o aos receptores celulares e essa liga????o mostrou-se reduzida quando o pept??deo apresenta-se em sua forma oxidada. A adi????o de metionina combinada com ??cido gent??sico preveniu a oxida????o pept??dica e assegurou-se a estabilidade do composto marcado, principalmente com alta atividade de 177Lu, quando se utilizou maior massa de SP-DOTA. Nos estudos in vivo, os resultados mostraram uma cin??tica de biodistribui????o favor??vel do composto e capacidade de liga????o ??s c??lulas tumorais. SP-DOTA-177Lu pode ser uma ferramenta ??til para estudos in vivo devido ?? facilidade de prepara????o, alta estabilidade e afinidade pelas c??lulas tumorais.
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