Bioacessibilidade in vitro de carotenoides e compostos fenólicos e capacidade antioxidante de farinhas do fruto pequi (Caryocar brasiliense Camb.)
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Brazilian Journal of Food Technology |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-67232022000100420 |
Resumo: | Resumo Este trabalho objetivou avaliar a bioacessibilidade in vitro de α-caroteno, β-caroteno, licopeno e de compostos fenólicos, e a capacidade antioxidante em farinhas de amêndoa, polpa e casca do fruto pequi. Além disso, inter-relacionar estes resultados com a atividade de água, acidez e parâmetros de cor, por meio da análise de componentes principais. Os frutos foram coletados no estado de Mato Grosso, sendo higienizados, descascados, despolpados e retiradas as amêndoas. A quantificação das concentrações totais e bioacessíveis dos carotenoides e compostos fenólicos e a capacidade antioxidante foram feitas por espectrofotometria UV-Visível. Os ensaios de bioacessibilidade in vitro foram feitos por meio de três etapas: digestão salivar, gástrica e intestinal. As maiores concentrações de α-caroteno (63,81 µg/g), β-caroteno (59,83 µg/g) e licopeno (40,66 µg/g) foram obtidas para farinha da polpa do pequi. Porém, as maiores porcentagens de bioacessibilidade de α-caroteno (59,69%), β-caroteno (96,14%) e licopeno (44,13%) foram encontradas na farinha da amêndoa. Os teores de compostos fenólicos totais foram: 210,50, 402,21 e 9475,69 mg GAE/100g, para as farinhas de amêndoa, polpa e casca, respectivamente, sendo a maior porcentagem de bioacessibilidade (86,68%) encontrada na farinha da polpa. A farinha da casca do pequi apresentou maior capacidade antioxidante (EC50) 45,71 g/g de DPPH. Os maiores resultados de L* (42,19), a* (4,17), b* (8,39) e acidez titulável (17,83 mL NaOH/100 g) foram verificados na farinha da polpa e o menor pH (3,34), na farinha da casca. A análise de componentes principais indicou que o pH e a acidez titulável podem influenciar na bioacessibilidade de compostos fenólicos e carotenoides, e na capacidade antioxidante. Os resultados sugerem que as farinhas do pequi apresentam compostos bioativos bioacessíveis e boa capacidade antioxidante, e podem ser uma alternativa tecnológica no enriquecimento de produtos alimentícios. |
id |
ITAL-1_d705ad9ea2ef056fc8d2b5a4330dee5d |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S1981-67232022000100420 |
network_acronym_str |
ITAL-1 |
network_name_str |
Brazilian Journal of Food Technology |
repository_id_str |
|
spelling |
Bioacessibilidade in vitro de carotenoides e compostos fenólicos e capacidade antioxidante de farinhas do fruto pequi (Caryocar brasiliense Camb.)Fruto do CerradoDigestão in vitroComposição de alimentosCompostos bioativosValor nutricionalDPPHα-carotenoResumo Este trabalho objetivou avaliar a bioacessibilidade in vitro de α-caroteno, β-caroteno, licopeno e de compostos fenólicos, e a capacidade antioxidante em farinhas de amêndoa, polpa e casca do fruto pequi. Além disso, inter-relacionar estes resultados com a atividade de água, acidez e parâmetros de cor, por meio da análise de componentes principais. Os frutos foram coletados no estado de Mato Grosso, sendo higienizados, descascados, despolpados e retiradas as amêndoas. A quantificação das concentrações totais e bioacessíveis dos carotenoides e compostos fenólicos e a capacidade antioxidante foram feitas por espectrofotometria UV-Visível. Os ensaios de bioacessibilidade in vitro foram feitos por meio de três etapas: digestão salivar, gástrica e intestinal. As maiores concentrações de α-caroteno (63,81 µg/g), β-caroteno (59,83 µg/g) e licopeno (40,66 µg/g) foram obtidas para farinha da polpa do pequi. Porém, as maiores porcentagens de bioacessibilidade de α-caroteno (59,69%), β-caroteno (96,14%) e licopeno (44,13%) foram encontradas na farinha da amêndoa. Os teores de compostos fenólicos totais foram: 210,50, 402,21 e 9475,69 mg GAE/100g, para as farinhas de amêndoa, polpa e casca, respectivamente, sendo a maior porcentagem de bioacessibilidade (86,68%) encontrada na farinha da polpa. A farinha da casca do pequi apresentou maior capacidade antioxidante (EC50) 45,71 g/g de DPPH. Os maiores resultados de L* (42,19), a* (4,17), b* (8,39) e acidez titulável (17,83 mL NaOH/100 g) foram verificados na farinha da polpa e o menor pH (3,34), na farinha da casca. A análise de componentes principais indicou que o pH e a acidez titulável podem influenciar na bioacessibilidade de compostos fenólicos e carotenoides, e na capacidade antioxidante. Os resultados sugerem que as farinhas do pequi apresentam compostos bioativos bioacessíveis e boa capacidade antioxidante, e podem ser uma alternativa tecnológica no enriquecimento de produtos alimentícios.Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL2022-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-67232022000100420Brazilian Journal of Food Technology v.25 2022reponame:Brazilian Journal of Food Technologyinstname:Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)instacron:ITAL10.1590/1981-6723.06821info:eu-repo/semantics/openAccessNarita,Isabela Mendes PachecoFilbido,Gabriel SilvérioFerreira,Bruno AraujoPinheiro,Ana Paula de OliveiraSilva,Daphane da Cruz eNascimento,EdgarVilla,Ricardo DallaOliveira,Adriana Paiva deeng2022-05-03T00:00:00Zoai:scielo:S1981-67232022000100420Revistahttp://bjft.ital.sp.gov.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpbjftsec@ital.sp.gov.br||bjftsec@ital.sp.gov.br1981-67231516-7275opendoar:2022-05-03T00:00Brazilian Journal of Food Technology - Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Bioacessibilidade in vitro de carotenoides e compostos fenólicos e capacidade antioxidante de farinhas do fruto pequi (Caryocar brasiliense Camb.) |
title |
Bioacessibilidade in vitro de carotenoides e compostos fenólicos e capacidade antioxidante de farinhas do fruto pequi (Caryocar brasiliense Camb.) |
spellingShingle |
Bioacessibilidade in vitro de carotenoides e compostos fenólicos e capacidade antioxidante de farinhas do fruto pequi (Caryocar brasiliense Camb.) Narita,Isabela Mendes Pacheco Fruto do Cerrado Digestão in vitro Composição de alimentos Compostos bioativos Valor nutricional DPPH α-caroteno |
title_short |
Bioacessibilidade in vitro de carotenoides e compostos fenólicos e capacidade antioxidante de farinhas do fruto pequi (Caryocar brasiliense Camb.) |
title_full |
Bioacessibilidade in vitro de carotenoides e compostos fenólicos e capacidade antioxidante de farinhas do fruto pequi (Caryocar brasiliense Camb.) |
title_fullStr |
Bioacessibilidade in vitro de carotenoides e compostos fenólicos e capacidade antioxidante de farinhas do fruto pequi (Caryocar brasiliense Camb.) |
title_full_unstemmed |
Bioacessibilidade in vitro de carotenoides e compostos fenólicos e capacidade antioxidante de farinhas do fruto pequi (Caryocar brasiliense Camb.) |
title_sort |
Bioacessibilidade in vitro de carotenoides e compostos fenólicos e capacidade antioxidante de farinhas do fruto pequi (Caryocar brasiliense Camb.) |
author |
Narita,Isabela Mendes Pacheco |
author_facet |
Narita,Isabela Mendes Pacheco Filbido,Gabriel Silvério Ferreira,Bruno Araujo Pinheiro,Ana Paula de Oliveira Silva,Daphane da Cruz e Nascimento,Edgar Villa,Ricardo Dalla Oliveira,Adriana Paiva de |
author_role |
author |
author2 |
Filbido,Gabriel Silvério Ferreira,Bruno Araujo Pinheiro,Ana Paula de Oliveira Silva,Daphane da Cruz e Nascimento,Edgar Villa,Ricardo Dalla Oliveira,Adriana Paiva de |
author2_role |
author author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Narita,Isabela Mendes Pacheco Filbido,Gabriel Silvério Ferreira,Bruno Araujo Pinheiro,Ana Paula de Oliveira Silva,Daphane da Cruz e Nascimento,Edgar Villa,Ricardo Dalla Oliveira,Adriana Paiva de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Fruto do Cerrado Digestão in vitro Composição de alimentos Compostos bioativos Valor nutricional DPPH α-caroteno |
topic |
Fruto do Cerrado Digestão in vitro Composição de alimentos Compostos bioativos Valor nutricional DPPH α-caroteno |
description |
Resumo Este trabalho objetivou avaliar a bioacessibilidade in vitro de α-caroteno, β-caroteno, licopeno e de compostos fenólicos, e a capacidade antioxidante em farinhas de amêndoa, polpa e casca do fruto pequi. Além disso, inter-relacionar estes resultados com a atividade de água, acidez e parâmetros de cor, por meio da análise de componentes principais. Os frutos foram coletados no estado de Mato Grosso, sendo higienizados, descascados, despolpados e retiradas as amêndoas. A quantificação das concentrações totais e bioacessíveis dos carotenoides e compostos fenólicos e a capacidade antioxidante foram feitas por espectrofotometria UV-Visível. Os ensaios de bioacessibilidade in vitro foram feitos por meio de três etapas: digestão salivar, gástrica e intestinal. As maiores concentrações de α-caroteno (63,81 µg/g), β-caroteno (59,83 µg/g) e licopeno (40,66 µg/g) foram obtidas para farinha da polpa do pequi. Porém, as maiores porcentagens de bioacessibilidade de α-caroteno (59,69%), β-caroteno (96,14%) e licopeno (44,13%) foram encontradas na farinha da amêndoa. Os teores de compostos fenólicos totais foram: 210,50, 402,21 e 9475,69 mg GAE/100g, para as farinhas de amêndoa, polpa e casca, respectivamente, sendo a maior porcentagem de bioacessibilidade (86,68%) encontrada na farinha da polpa. A farinha da casca do pequi apresentou maior capacidade antioxidante (EC50) 45,71 g/g de DPPH. Os maiores resultados de L* (42,19), a* (4,17), b* (8,39) e acidez titulável (17,83 mL NaOH/100 g) foram verificados na farinha da polpa e o menor pH (3,34), na farinha da casca. A análise de componentes principais indicou que o pH e a acidez titulável podem influenciar na bioacessibilidade de compostos fenólicos e carotenoides, e na capacidade antioxidante. Os resultados sugerem que as farinhas do pequi apresentam compostos bioativos bioacessíveis e boa capacidade antioxidante, e podem ser uma alternativa tecnológica no enriquecimento de produtos alimentícios. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-67232022000100420 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1981-67232022000100420 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/1981-6723.06821 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL |
publisher.none.fl_str_mv |
Instituto de Tecnologia de Alimentos - ITAL |
dc.source.none.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Food Technology v.25 2022 reponame:Brazilian Journal of Food Technology instname:Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) instacron:ITAL |
instname_str |
Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) |
instacron_str |
ITAL |
institution |
ITAL |
reponame_str |
Brazilian Journal of Food Technology |
collection |
Brazilian Journal of Food Technology |
repository.name.fl_str_mv |
Brazilian Journal of Food Technology - Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) |
repository.mail.fl_str_mv |
bjftsec@ital.sp.gov.br||bjftsec@ital.sp.gov.br |
_version_ |
1752128702961942528 |