Otimização tecnológica do processamento de grãos de girassol alto oleico para a obtenção de óleo e biodiesel

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rabonato, Luana Cristina
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Morgano, Marcelo Antônio (Orientação), Ferrari, Roseli Aparecida (Coorientador)
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório do Instituto de Tecnologia de Alimentos
Texto Completo: http://repositorio.ital.sp.gov.br/jspui/handle/123456789/83
Resumo: A cultura do girassol vem apresentando considerável aumento de área cultivada no Brasil. Seus grãos são utilizados principalmente para obtenção de óleo refinado de baixa estabilidade oxidativa gerando, no processo de extração, farelo como subproduto, com elevado teor de fibras e compostos fenólicos de baixo valor comercial. O farelo gerado neste processo é frequentemente utilizado como componente da ração animal. O objetivo deste estudo foi a otimização do processamento para extração do óleo de girassol utilizando a variedade alto oleica, através do fracionamento dos grãos, para obtenção de coprodutos de alto valor comercial: óleo bruto de alta estabilidade oxidativa sem necessidade de refino; farinha proteica como ingrediente alimentício; biodiesel etílico a partir do óleo residual da torta e cascas para geração de energia. Para isso, foram realizados o descasque total dos grãos utilizando descascador por impacto, e a prensagem a frio das amêndoas utilizando prensa helicoidal contínua para a extração do óleo. Para o descasque dos grãos e sua otimização foi aplicado um delineamento composto central rotacional avaliando o teor de umidade na faixa de 5,4% a 10,4% (b.s.) e a frequência do rotor do descascador no intervalo de 45,9 a 74,1 Hz para determinar a máxima capacidade de descasque dos grãos obtendo mínimo conteúdo de finos, de grãos não descascados, alto rendimento de amêndoas e cascas. O biodiesel foi produzido por reação de transesterificação com etanol apresentando teor de ésteres etílicos de 99,2%. Foram determinados: a composição centesimal dos grãos, amêndoas, torta e farinha; a composição mineral dos grãos, amêndoas, cascas e óleo; e as análises físico-químicas de qualidade do óleo e biodiesel. A condição ótima de descasque foi obtida com frequência de 54,3 Hz e umidade de 7,9% (b.s.) e a máxima capacidade de descasque obtida foi de 87,9% (b.s.). Com a remoção total das cascas, o rendimento de óleo e proteínas nas amêndoas aumentou significativamente, obtendo 58% e 21%, respectivamente; e o teor proteico na farinha foi de 51,6%. O rendimento de óleo pós-prensagem foi de 40%. Nos grãos, amêndoas e cascas predominaram os elementos Ca, S, P, Mg e K. O óleo bruto e biodiesel apresentaram concentrações de metais abaixo dos valores estabelecidos pela legislação. As análises químicas indicaram alta qualidade do óleo bruto e estabilidade oxidativa, não sendo necessário o refino. O processo proposto permitiu a obtenção de produtos de alto valor agregado, como: óleo comestível, farinha e biodiesel.
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