Concretos autocicatrizantes com cimentos brasileiros de escória de alto-forno ativados por catalisador cristalino

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Emilio Minoru Takagi
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do ITA
Texto Completo: http://www.bd.bibl.ita.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2879
Resumo: Em 1994, C. Dry foi a primeira pesquisadora a propor a introdução intencional de propriedades autocicatrizantes no concreto. A partir da criação do comitê técnico SHC 221 da RILEM em 2005, diferentes abordagens vêm sendo desenvolvidas para o estudo de um novo tipo de concreto que possua a capacidade de reparar suas próprias fissuras. Dentre estas abordagens, a cicatrização autógena se baseia em melhorar o mecanismo de colmatação natural do concreto. Neste estudo, a própria ocorrência da fissura é um dos mecanismos de gatilho, pois permite a penetração da água que ativa o catalisador cristalino, e expõe nas faces internas destas fissuras uma nova superfície formada por cimentos sub-hidratados e por escórias não ativadas. Este catalisador cristalino eleva a alcalinidade da água, dentro das fissuras, que favorecem a formação de produtos hidratados estáveis nas faces internas de fissuras estáticas com abertura de até 0,4 mm. Para a investigação deste mecanismo de gatilho, amostras de concreto foram moldadas utilizando a adição de catalisador cristalino, fibras de vidro e também três tipos de cimentos comerciais CP III RS, CP II-E e CP V ARI com percentuais distintos de escória de alto forno nas faixas de 55%, 34% e 0% respectivamente. Posteriormente, estes corpos de prova foram colocados na prensa e carregados com 90% da carga de ruptura, o que gerou fissuras no interior destes corpos de prova. Em seguida, foram mergulhados em água para disparar o mecanismo de autocicatrização, para então serem submetidos à ensaios de laboratório após 28 dias, 56 dias e 84 dias. Os resultados dos ensaios, tais como, de recuperação das propriedades mecânicas e da estanqueidade mostram uma maior autocicatrização nas amostras com cimento CP III, CP V e CP II respectivamente. Portanto, se existe a tendência para uma autocicatrização mais lenta nas amostras com escória de alto forno (cimento CPIII e CP II) nas idades mais jovens comparados com as amostras com 100% de cimento Portland (cimento CP V), o comportamento hidráulico latente da escória de alto forno nas amostras é essencial para a sua autocicatrização em longo prazo.
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